
«Ano novo, regresso a hábitos antigos
Decidida a não permitir que os desenlaces da época passada contra o Nacional se repetissem, a equipa de Jesualdo Ferreira irrompeu destemida no encontro deste domingo, com Lisandro a enviar uma bola à barra, logo aos três minutos. O avançado recebeu o esférico do compatriota Lucho, dominou de peito, e rematou, convicto, com o pé esquerdo, esbarrando a sua determinação no ferro da baliza contrária.
Resume-se assim, de resto, a história da primeira parte do encontro. Apesar de o F.C. Porto ter construído jogadas atrás de jogadas (destaque para uma arrancada brilhante de Rodríguez pela esquerda, aos 27 minutos, que só não deu golo porque Bracalli travou o esférico pontapeado por Lucho), foi o Nacional que, sem material de qualidade, ergueu o primeiro alicerce da partida. Muito pouco, contudo, para oferecer consistência a um resultado que viria, naturalmente, a alterar-se até ao final. Os Dragões voltaram do intervalo ainda mais ofensivos e encostaram, ao longo de praticamente toda a etapa complementar, o Nacional à sua área, pressionando de tal forma, que o golo apareceria bem cedo, na sequência de uma excelente iniciativa de Lisandro. O nº 9 procurou a melhor posição, atirou à baliza de Bracalli, o guardião afastou a bola e esta sobrou para Hulk, que não perdoou.
E quando parecia que a supremacia do F.C. Porto não mais sofreria contestação, eis que Miguel Fidalgo empatou para o Nacional. O lance surgiu, mais uma vez, fortuitamente e obrigou os visitantes a remarem novamente contra a maré. A tarefa complicou-se, muito por responsabilidade de Bracalli, que pretendeu assumir-se como o homem do jogo, mas esse papel encontrava-se reservado para os senhores que vestiam de azul e branco.
Todos foram determinantes para o desfecho do encontro, que conheceu contornos decisivos já em cima dos 90 minutos. O defesa Felipe Lopes interceptou com a mão, dentro da sua grande área, um remate de Guarin e o árbitro assinalou, logicamente, grande penalidade. Lucho converteu, de maneira exímia.
FICHA DE JOGO
Liga 2008/09 (13ª jornada)
Estádio da Madeira (4 de Janeiro de 2009)
Árbitro: Pedro Proença (AF Lisboa)
Árbitros Assistentes: Tiago Trigo e Ricardo Santos
4º Árbitro: João Capela
Nacional: Bracalli; Patacas «cap.», Maicon, Felipe Lopes e Nuno Pinto; Cléber, Edson Sitta, Luis Alberto e Ruben Micael; Mateus e Fabiano Oliveira
Substituições: Edson Sitta por Halliche (58m), Nuno Pinto por Miguel Fidalgo (73m) e Cléber por Bruno Amaro (75m)
Não utilizados: Douglas; Igor Pita, João Aurélio e Juliano
Treinador: Manuel Machado
F.C. Porto: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Pedro Emanuel «cap.»; Fernando, Lucho González e Raul Meireles; Hulk, Lisandro e Rodríguez
Substituições: Pedro Emanuel por Mariano (46m), Raul Meireles por Guarin (71m) e Hulk por Benítez (93m)
Não utilizados: Nuno; Stepanov, Pelé e Farías
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 1-0
Disciplina: cartão amarelo para Fernando (13m), Felipe Lopes (23m), Maicon (55m), Raul Meireles (64m), Mariano (86m); cartão vermelho para Felipe Lopes (90m), por acumulação de amarelos
Marcadores: Edson Sitta (14m), Hulk (51m e 92m), Rodríguez (72m), Miguel Fidalgo (78m) e Lucho González (90m)» in site F.C. Porto.
Resumo deste jogo espectacular, com mais uma grande e justa vitória do F.C. do Porto!
Sem comentários:
Enviar um comentário