06/07/08

Quarteto 1111 - Mais um Excelente Grupo Português dos Anos 60/70, do inicio da revolução musical Portuguesa!




José Cid/Quarteto 1111 - "El Rei D. Sebastião"

JOSE CID - QUARTETO 1111 @ MUSIC BOX

«Quarteto 1111

O Quarteto 1111 foi uma banda portuguesa, formada em 1967, no Estoril. Numa década de inovações e experimentalismos, muitas bandas tentavam copiar o que era difundido pela rádio e ouvido em ocasionais discos trazidos do estrangeiro. Começava-se com material rudimentar e terminava com a Censura. Os Beatles ou os Shadows eram a inspiração para a maioria das bandas.

História
Um dos muitos grupos inspirados nos Shadows era o Conjunto Mistério, mais tarde chamado Quarteto 1111. Este nome foi inspirado no número de telefone onde decorriam os ensaios. O grupo era formado por Miguel Artur da Silveira, José Cid, António Moniz Pereira e Jorge Moniz Pereira.

Primeiro EP
O primeiro EP é A Lenda de El-Rei D. Sebastião, que conseguiu ser o primeiro disco português a tocar no programa "Em Órbita" do Rádio Clube Português. Os trabalhos seguintes do Quarteto 1111 seguem o caminho iniciado com a A Lenda de El-Rei D. Sebastião. Em 1968 concorrem ao festival RTP da Canção interpretando Balada para D. Inês, que se classifica em 3.º lugar.

Primeiros Singles
Em 1968, já com Mário Rui Terra no lugar de Jorge Moniz Pereira, é publicado o single Meu Irmão / Ababilah, e no ano seguinte saem dois outros trabalhos no mesmo formato (Nas Terras do Fim do Mundo e Génese/Monstros Sagrados)

Primeiro Album e Censura
O grupo teve bastantes problemas com a Censura, por causa de canções que tinham uma forte carga política e contestária. Em 1970 é assim publicado o primeiro LP, simplesmente intitulado Quarteto 1111. Este álbum foi mandado retirar do mercado, pela Comissão de Censura, devido a temas como Lenda de Nambuangongo e Pigmentação.
Ainda em 1970, Tozé Brito, proveniente dos Pop Five Music Incorporated, entra para o lugar de Mário Rui Terra. Logo de seguida, o grupo começa também a cantar em inglês.

Evolução
Em 1971, o grupo actua no Festival de Vilar de Mouros. Um ano depois, surge a oportunidade de ir gravar a Inglaterra as canções que tinham apresentado ao vivo no Festival dos Dois Mundos, em Lisboa. Surgem assim os Green Windows, grupo de cariz mais ligeiro que o Quarteto 1111 e que co-existe com este.
Em 1973, o Quarteto 1111 grava com Frei Hermano da Câmara o LP Bruma Azul do Desejado. Um ano depois, é publicado o LP Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas - Obra-Ensaio de José Cid, um trabalho nitidamente influenciado pelo rock progressivo de grupos como os King Crimson ou os Renaissance.

Final do Grupo
Depois do abandono de José Cid, em 1975, o Quarteto 1111 continua, chegando a participar de novo no Festival RTP da Canção, em 1977, com o tema O Que Custar. A formação de então já não tinha, no entanto, nenhum membro da original, dissolvendo-se pouco depois. José Cid, Mike Sergeant, Tózé Brito e Michel ainda voltariam a juntar-se em 1987, para gravar o single Memo / Os Rios Nasceram Nossos, que marca o final da carreira discográfica do grupo.

Discografia

EP's
1967 - A Lenda de El-Rei D.Sebastião
1967 - Balada para D. Inês
1968 - Dona Vitória
1970 - Domingo Em Bidonville

Singles
1968 - Meu Irmão / Ababilah
1969 - Nas Terras do Fim do Mundo
1969 - Génese / Os Monstros Sagrados
1970 - Todo o Mundo e Ninguém
1970 - Back to the Country
1971 - Ode to the Beatles
1972 - Sabor a Povo
1976 - Lisboa À Noite/Canção do Mar
1977 - O Que Custar
1987 - Memo / Os Rios Nasceram Nossos

LP's
1970 - Quarteto 1111
1973 - Bruma Azul do Desejado (com Frei Hermano da Câmara)
1974 - Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas - Obra-Ensaio de José Cid» in Wikipédia.

"A Lenda D'el Rei D. Sebastião

Fugiu de Alcácer Quibir
El Rei D. Sebastião
Perdeu-se num labirinto
Com seu cavalo real

As bruxas e adivinhos
Nas altas serras beirãs
Juravam que nas manhãs
De cerrado de Nevoeiro
Vinha D. Sebastião

Pastoras e trovadores
Das regiões litorais
Afirmaram terem visto
Perdido entre os pinhais
El Rei D. Sebastião

Ciganos vindos de longe
Falcatos desconhecidos
Tentando iludir o povo
Afirmaram serem eles
El Rei D. Sebastião
E que voltava de novo

Todos foram desmentidos
Condenados às gales
Pois nas praias dos Algarves
Trazidos pelas marés
Encontraram o cavalo
Farrapos do seu gibão
Pedaços de nevoeiro
A espada e o coração
de El Rei D. Sebastião

Fugiu de Alcácer Quibir
virá D. Sebastião
E uma lenda nasceu
Entre a bruma do passado
Chamam-lhe o desejado
Pois que nunca mais voltou
El Rei D. Sebastião
El Rei D. Sebastião"

«Sebastião de Portugal

Ordem: 16.º Monarca de Portugal
Cognome(s): O Desejado
Início do Reinado: 11 de Junho de 1557, regência até 20 de Janeiro de 1568
Término do Reinado: 4 de Agosto de 1578
Aclamação: Lisboa, 16 de Junho de 1557
Predecessor: D.João III
Sucessor: Cardeal D.Henrique
Pai: Príncipe D.João
Mãe: Princesa D.Joana
Data de Nascimento: 20 de Janeiro de 1554
Local de Nascimento: Palácio da Ribeira, Lisboa
Data de Falecimento: 4 de Agosto de 1578
Local de Falecimento: Alcácer Quibir, Marrocos
Local de Enterro: Mosteiro de Santa Maria de Belém, Lisboa (?)
Consorte(s):
Príncipe Herdeiro: Cardeal D.Henrique (tio-avô)
Dinastia: Avis-Beja
D. Sebastião I (Lisboa, 20 de Janeiro de 1554 — Alcácer-Quibir, 4 de Agosto de 1578), décimo-sexto rei de Portugal, e sétimo da Dinastia de Avis.
O rei Sebastião foi um rapaz frágil, um resultado de casamentos entre a mesma família desde várias gerações. Por exemplo, só tinha quatro bisavós (em vez dos normais 8), e todos eles descendentes do rei D. João I. Havia casos de demência na família (a sua bisavó foi a rainha Joana, a Louca, de Espanha).

Herdeiro do trono

Litografia representando D. Sebastião quando criançaEra neto do rei João III, tornou-se herdeiro do trono depois da morte do seu pai, o príncipe João de Portugal duas semanas antes do seu nascimento, e rei com apenas três anos, em 1557. Em virtude de ser um herdeiro tão esperado para dar continuidade à Dinastia de Avis, ficou conhecido como O Desejado; alternativamente, é também memorado como O Encoberto ou O Adormecido, devido à lenda que se refere ao seu regresso numa manhã de nevoeiro, para salvar a nação.
Durante a sua menoridade, a regência foi assegurada primeiro pela sua avó, Catarina da Áustria, princesa de Espanha, e depois pelo tio-avô, o Cardeal Henrique de Évora. Neste período, para além da aquisição de Macau em 1557 e Damão em 1559, a expansão colonial foi interrompida. A premência era a conjugação de esforços para preservar, fortalecer e defender os territórios conquistados.
Durante a regência de D. Catarina e do cardeal D. Henrique e o curto reinado de D. Sebastião, a Igreja continuou a sua ascensão ao poder. A actividade legislativa centrou-se em assuntos do foro religioso, como por exemplo a consolidação da Inquisição e sua expansão até à Índia, a criação de novos bispados na metrópole e nas colónias. A única realização cultural importante foi o estabelecimento de uma nova universidade em Évora – e também aqui a influência religiosa na corte se fez sentir, pois foi entregue aos Jesuítas.
Investiu-se muito na defesa militar dos territórios. Na rota para o Brasil e a Índia, os ataques dos piratas eram constantes e os muçulmanos ameaçavam as possessões em Marrocos, atacando, por exemplo, Mazagão em 1562. Procurou-se assim proteger a marinha mercante e construir ou restaurar fortalezas ao longo do litoral.
Os bastiões no Norte de África, pouco interessantes em termos comerciais e estratégicos, eram autênticos sorvedouros de dinheiro, sendo necessário importar quase tudo, além do que, sujeitos a constantes ataques, custavam muito em armamento e homens. Assim, Filipe II viria prudentemente a devolver aos mouros Arzila, conquistada por D. Sebastião.
De facto, a preservação das praças em Marrocos devia-se sobretudo as questão de prestígio e tradição. No entanto, estas evidências pouco interessavam a D. Sebastião. Temerário até às raias da insensatez, a sua grande ambição era conquistar Marrocos.
O jovem rei cresceu educado por Jesuítas e tornou-se num adolescente de grande fervor religioso, que distribuía o seu tempo entre jejuns e caçadas. Rodeado de bajuladores, Sebastião desenvolveu uma personalidade mimada e teimosa.

Reinado
Aos 14 anos, D. Sebastião assume a governação. De saúde débil e fraco de espírito, sonhava apenas com batalhas, conquistas e a expansão da Fé, dedicando pouco tempo à governação de tão vasto império, profundamente convicto de que seria o capitão de Cristo numa nova cruzada contra os mouros do Norte de África.
Sebastião começou a preparar a expedição contra os marroquinos da cidade de Fez. Filipe II de Espanha, seu tio, recusou participar naquilo que considerava uma loucura e adiou o casamento de Sebastião com uma das suas filhas para depois da campanha.
O exército português desembarcou em Marrocos em 1578 e, ignorando os conselhos dos seus generais, Sebastião rumou imediatamente para o interior. Tinha 24 anos de idade.

Desaparecimento e lenda

Na subsequente batalha de Alcácer-Quibir, o campo dos três reis, os portugueses sofreram uma derrota humilhante às mãos do sultão Ahmed Mohammed de Fez e perderam uma boa parte do seu exército. Quanto a Sebastião, provavelmente morreu na batalha ou foi morto depois desta terminar. Mas para o povo português de então o rei havia apenas desaparecido. Este desastre teria as piores consequências para o país, colocando em perigo a sua independência. O resgate dos sobreviventes ainda mais agravou as dificuldades financeiras do país.
Representação da batalha de Alcácer-Quibir no Museu do Forte da Ponta da Bandeira, Lagos, Portugal. Em 1581, Filipe I de Portugal, mandou transladar para o Mosteiro dos Jerónimos em Lisboa um corpo que alegava ser o do rei desaparecido, na esperança de acabar com o sebastianismo, o que não resultou, nem se pôde comprovar ser o corpo realmente o de Sebastião I. O Túmulo de Mármore que repousa sobre dois elefantes, pode ainda hoje ser observado em Lisboa. A dúvida que persiste há mais de 425 anos poderia provavelmente hoje ser resolvida com um simples teste de ADN (DNA).
Tornou-se então numa lenda do grande patriota português - o "rei dormente" (ou um Messias) que iria regressar para ajudar Portugal nas suas horas mais sombrias, uma imagem semelhante à que o Rei Artur tem em Inglaterra ou Frederico Barbarossa na Alemanha.
Durante o subsequente domínio espanhol (1580-1640) da coroa portuguesa, três pretendentes afirmaram ser o rei D. Sebastião, tendo o último deles - um italiano - sido enforcado em 1619.
Já em fins do século XIX, no Brasil, lavradores sebastianistas no sertão da Bahia acreditavam que o rei iria regressar para ajudá-los na luta contra a "república ateia brasileira", durante a chamada Guerra de Canudos.
Em conclusão, a dinastia de Avis, popular entre o povo após ter guiado Portugal a sua época de ouro, acabou por submergir na busca de um sonho: a União Peninsular. As mesmas complicações causadas pela procriação consanguínea causou as mortes das crianças de D. João III e de Catarina de Áustria, além da loucura e desespero dos seus netos Sebastião e Carlos, os últimos príncipes de Avis-Habsburgo.» in Wikipédia.

Mais informações sobre este Rei Português, no seguinte link:
http://www.citi.pt/cultura/historia/personalidades/d_sebastiao/index.html

Mais informações sobre o Quarteto 1111, no seguinte link:
http://q1111.no.sapo.pt/menu.htm

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