08/07/08

G8 - Afinal quem é esta malta que dita a nossa sorte!

«G8

Estados Unidos
Presidente George W. Bush
Japão
Primeiro-ministro Yasuo Fukuda (Presidente do G8 para 2008)
Alemanha
Chanceler Angela Merkel
Reino Unido
Primeiro-ministro Gordon Brown
Itália
Primeiro-ministro Silvio Berlusconi
Canadá
Primeiro-ministro Stephen Harper
Rússia
Presidente Dmitry A. Medvedev
França
Presidente Nicolas Sarkozy
O Grupo dos Sete e a Rússia (inglês:Group of Seven and Russia, alemão:Sieben führende Industrieländer und Russland, antigo G7), mais conhecido como G8, é um grupo internacional que reúne os sete países mais industrializados e desenvolvidos economicamente do mundo, mais a Rússia.
Manifestantes da Oxfam em Rostock, caricaturando os chefes de governo participantes do G8. Na faixa, a frase "O mundo não pode esperar". Junho de 2007.Todos os países se dizem nações democráticas: Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e o Canadá (antigo G7), mais a Rússia - esta última não participando de todas as reuniões do grupo. Durante as reuniões, os dirigentes máximos de cada Estado membro discutem questões de alcance internacional.
O G8 é muito criticado por um grande número de movimentos sociais, normalmente integrados no movimento antiglobalização, que acusam o G8 de decidir uma grande parte das políticas globais, social e ecologicamente destrutivas, sem qualquer legitimidade nem transparência. Em 2001 na cimeira anual, em Génova, um manifestante foi morto a tiro pela polícia. Em Portugal, a associação ecologista GAIA e um conjunto de cidadãos na Rede G8 desenvolveram iniciativas de oposição à do G8 em Rostock, no Norte da Alemanha, em 2007.

Histórico do G8
Foi o presidente francês Valéry Giscard d’Estaing que, em 1975, tomou a iniciativa de reunir os chefes de Estado e de governo da Alemanha, dos Estados Unidos, do Japão, do Reino Unido e da Itália num encontro informal no Castelo de Rambouillet, não longe de Paris. A ideia era que esses dirigentes se reunissem sem o acompanhamento de um exército de conselheiros, para discutir a respeito das questões mundiais (dominadas na época pela crise do petróleo) com toda a franqueza e sem protocolo, num ambiente descontraído.
Depois do sucesso da reunião de Rambouillet, as reuniões passaram a ser anuais e o Canadá foi admitido como sétimo membro do grupo no encontro de Porto Rico, em 1976.
Os trabalhos do grupo evoluíram ao longo dos anos, levando em consideração novas necessidades e eventos políticos. Este fórum, que, originalmente, girava essencialmente em torno do ajuste das políticas económicas de curto prazo entre os países participantes, adoptou uma perspectiva mais geral e mais estrutural, acrescentando à sua ordem do dia um grande número de questões políticas e sociais, particularmente na área do desenvolvimento sustentável e da saúde em escala mundial. O caracter informal do grupo permitiu-lhe evoluir sem deixar de ser eficiente e adequado às necessidades.

Avanços das diferentes reuniões desde 1995
Cada uma das reuniões teve as suas particularidades e permitiu ao G7 continuar a evoluir. A reunião de Halifax (Canadá) em 1995 resultou em importantes mudanças no modo de funcionamento do Banco Mundial, do FMI e de outras organizações internacionais.
A reunião de Lyon, em 1996, possibilitou o lançamento da primeira iniciativa em favor dos países pobres muito endividados (PPTE). A de Denver, em 1997, trouxe a confirmação mais patente do fim da guerra fria, com o convite histórico feito à Rússia, de se unir ao grupo. Em 1998, a reunião de Birmingham foi a primeira do G8; foi nessa reunião também que se adoptou o princípio de uma separação entre a reunião dos chefes de Estado e de governo e as reuniões dos seus ministros das Relações Externas e das Finanças. A reunião de Colónia, em 1999, foi a da Iniciativa PPTE reforçada, com um acordo sobre a redução dos encargos da dívida de alguns países mais pobres, somando mais de 37 mil milhões de dólares.
Em Okinawa (Japão), em 2000, os chefes de Estado e de governo concordaram em conceder um financiamento maior para a luta contra as doenças infecciosas e adoptaram uma carta sobre as novas tecnologias de informação e o desnível entre os países na utilização da tecnologia digital. A reunião de Génova, em 2001, estabeleceu a criação de um Fundo Mundial de Luta contra o HIV, a malária e a tuberculose. Aos membros do grupo vieram reunir-se também os chefes de Estado de vários grandes países da África para o lançamento da Nova Iniciativa para a África, conhecida mais tarde como NEPAD (Nova Parceria para o Desenvolvimento da África). Com o objectivo de destacar o apoio concedido a essa importante decisão, cada um dos chefes de Estado ou de governo nomeou um representante pessoal para a África.
Estes últimos, em entendimento com os dirigentes africanos, elaboraram um Plano de Ação do G8, apresentado em 2002 na reunião de Kananaskis (Canadá), texto esse que permitiu a cada um dos membros do G8 comprometer-se firmemente em favor da África e que definiu as áreas prioritárias em matéria de ajuda para o desenvolvimento. Em Kananaskis, os chefes de Estado e de governo também anunciaram que seriam realizados importantes trabalhos em matéria de luta contra o terrorismo (particularmente com a implantação da Parceria Mundial contra a disseminação de armas e matériais de destruição em massa e a adopção de medidas a respeito da segurança dos transportes), de desenvolvimento sustentável e no acesso à educação extensivo a todos. Examinaram também um certo número de questões regionais (situação no Médio Oriente, Afeganistão, relações entre a Índia e o Paquistão).
Os ministros das Relações Externas do G-8 adoptaram um conjunto revisto de recomendações sobre o combate ao terrorismo que previa um compromisso para a total implementação da Resolução UNSCR 1373, da ONU - sobre repressão aos terroristas e das suas actividades - e oito recomendações especiais para a Força de Acção Financeira (Financial Action Task Force - FATF), voltadas para a prevenção e o combate à lavagem de dinheiro. Outras discussões estiveram voltadas para parcerias destinadas ao desenvolvimento da África.

Do G7 ao G8
O grupo foi composto por sete membros até a Rússia, presente como observadora desde o início dos anos 1990, ter sido convidada em 1997 a oficializar a sua participação. A primeira cúpula a oito membros ocorreu, portanto, em 1998.
Em Kananaskis, os chefes de Estado e de governo tomaram uma decisão histórica ao convidar a Rússia a exercer, em 2006, a presidência do G8 e a receber pela primeira vez a reunião de cúpula, levando em consideração importantes mudanças económicas e democráticas ocorridas nesse país nos últimos anos, além do arsenal bélico que possui. A União Europeia também ocupa uma posição de observadora nas reuniões do G8, onde é representada pelo Presidente da Comissão Europeia e ainda pelo chefe de Estado e de governo do país que estiver a exercer a presidência da União.

Estrutura dos encontros
Apesar de uma agenda cada vez mais carregada, o G8 conseguiu manter um carácter informal e evitar uma ampla burocratização. Não possui secretaria ou regulamento interno aprovado. É o membro do grupo encarregado de exercer a presidência que define a ordem do dia e decide qual o modo mais apropriado de tratar cada assunto. A presidência recebe e organiza a reunião, age como porta-voz do grupo durante o ano e coordena os trabalhos dos grupos de trabalho; é a ela, por fim, que cabe associar aos trabalhos do G8 organizações não-governamentais (ONGs), instituições financeiras internacionais e outros sectores da sociedade civil.
Os preparativos para as cimeiras são realizados por meio de reuniões ao longo do ano, das quais participam os representantes pessoais dos chefes de Estado e de governo, os chamados "sherpas" (termo usado para designar os carregadores que, no Himalaia, ajudam os alpinistas a escalar os cumes). O sherpa francês é o conselheiro diplomático do Presidente da República, Gourdault-Montagne. Juntamente com os sherpas dos outros países do G8, durante o ano trata dos temas que possam fazer parte da ordem do dia, de forma a que os chefes de Estado e de governo possam concentrar a sua atenção nos pontos essenciais durante a sua reunião. Os sherpas também estão encarregados de supervisionar a execução das decisões tomadas na reunião de cúpula.
Cada sherpa é assessorado por duas pessoas do seu país, os "sub-sherpas": um sub-sherpa para as finanças e outro para as questões externas, encarregados de tratar dos novos dossiês e analisar o estado de evolução dos compromissos anteriores. Além disso, o director de assuntos políticos do ministério das Relações Externas está encarregado de preparar os dossiês políticos e de segurança destinados à reunião de cúpula. Outras reuniões técnicas específicas do G8 podem ser realizadas no decorrer do ano sobre os assuntos tratados.

Encontro Anual
Participam na reunião os oito líderes dos países mais ricos do mundo e a Rússia. Assim, é um evento internacional, observado e acompanhado pelos média. O país-membro que tem a presidência do G8 é responsável por organizar e ser o palco da reunião naquele ano, que acontece em até três dias, a meio do ano.

Data Pais anfitrião Líder anfitrião Local Website
1° Novembro 15–17, 1975 França Valéry Giscard d'Estaing Rambouillet
2° Junho 27–28, 1976 Estados Unidos Gerald R. Ford San Juan, Porto Rico
3° Maio 7–8, 1977 Reino Unido James Callaghan Londres
4° Julho 16–17, 1978 Alemanha Ocidental Helmut Schmidt Bonn
5° Junho 28–29, 1979 Japão Masayoshi Ohira Tóquio
6° Junho 22–3, 1980 Itália Francesco Cossiga Veneza
7° Julho 20–21, 1981 Canadá Pierre E. Trudeau Montebello, Quebec
8° Junho 4–6, 1982 França François Mitterrand Versalhes
9° Maio 28–30, 1983 Estados Unidos Ronald Reagan Williamsburg, Virgínia
10° Junho 7–9, 1984 Reino Unido Margaret Thatcher Londres
11° Maio 2–4, 1985 Alemanha Ocidental Helmut Kohl Bonn
12° Maio 4–6, 1986 Japão Yasuhiro Nakasone Tóquio
13° Junho 8–10, 1987 Itália Amintore Fanfani Veneza
14° Junho 19–21, 1988 Canadá Brian Mulroney Toronto
15° Julho 14–16, 1989 França François Mitterrand Grande Arche, Paris
16° Julho 9–11, 1990 Estados Unidos George H. W. Bush Houston, Texas
17° Julho 15–17, 1991 Reino Unido John Major Londres
18° Julho 6–8, 1992 Alemanha Helmut Kohl Munique
19° Julho 7–9, 1993 Japão Kiichi Miyazawa Tóquio
20° July 8–10, 1994 Itália Silvio Berlusconi Nápoles
21° Junho 15–17, 1995 Canadá Jean Chrétien Halifax, Nova Escócia
- Abril 19–20, 1996
(Reunião especial sobre segurança nuclear) Rússia Boris Iéltsin Moscovo
22° Junho 27–29, 1996 França Jacques Chirac Lyon
23° June 20–22, 1997
(Primeira reunião como G8) Estados Unidos Bill Clinton Denver, Colorado [1]
24° Maio 15–17, 1998 Reino Unido Tony Blair Birmingham [2] (archive)
25° Junho 18–20, 1999 Alemanha Gerhard Schröder Colónia
26° Julho 21–23, 2000 Japão Yoshiro Mori Nago, Okinawa [3]
27° Julho 20–22, 2001 Itália Silvio Berlusconi Génova [4]
28° Junho 26–27, 2002 Canadá Jean Chrétien Kananaskis, Alberta [5]
29° Junho 2–3, 2003 França Jacques Chirac Évian-les-Bains [6]
30°] Junho 8–10, 2004 Estados Unidos George W. Bush Sea Island (Geórgia) [7]
31° Julho 6–8, 2005 Reino Unido Tony Blair Gleneagles, Escócia [8]
32° Julho 15–17, 2006 Rússia Vladimir Putin Strelna, São Petersburgo [9]
33° Junho 6–8, 2007 Alemanha Angela Merkel Heiligendamm,
Mecklenburg-Vorpommern [10]
34° 2008 Japão Toyako, Hokkaidō [11]
35° 2009 Itália La Maddalena [12]
36° 2010 Canadá
37° 2011 França
38° 2012 Estados Unidos Harrisburg (Pensilvânia)
39° 2013 Reino Unido
40° 2014 Rússia

Criticas ao G8

Protestantes tentam impedir que os membros do G8 cheguem ao 27° encontro em Génova, na Itália, queimando veículos no caminho principal para a reunião.As maiores críticas ao G8 referem que o grupo é culpado por problemas como pobreza na África e em países em desenvolvimento, pelas políticas de comércio, aquecimento global devido à emissão de monóxido de carbono, o problema da SIDA devido à severa política de patentes de medicamentos e outros problemas relacionados com a globalização. Os líderes do G8 são pressionados a tomar conta dos problemas que são acusados de criar.
Outra crítica envolve os membros. Com a exclusão da China, a quarta maior economia do mundo, o G8 não mais representa o poder económico, como quando foi criado. A falta de representantes do hemisfério sul levanta muitas críticas que afirmam que o G8 na verdade só quer manter o seu poder e influência sobre o mundo.
Dos movimentos de antiglobalização, o maior foi o do vigésimo sétimo encontro em Génova em 2001. Desde então, as reuniões foram realizadas em cidades de menor importância. O dia de abertura da reunião de 2005, na Escócia, foi acompanhado por uma série de bombardeamentos sincronizados levados a cabo por terroristas, em Londres.» in http://saber.sapo.pt/wiki/G8
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Porque será que tanta gente ilustre e tão poderosa no Mundo contemporâneo, que em pleno Século XXI, que devria ser um Mundo muito mais civilizado, onde não se assistisse às barbaridades mais próprias de outras épocas mais ancetrais, não consequem encontrar saídas parta a crise energética actual? Com as soluções técnicas existentes, se amanhã acabasse o petróleo, existiriam centenas de alternativas energéticas e tecnológicas! Todos sabemos disso, muito mais o G8! Deixem-se de conversas para a fotografia, deixem de de promover encontros de grupos priveligiados, do género jantares de meninos bem, donde não saem ideias concretas e direccionadas para a resolução dos problemas do Mundo: Crise Alimentar e Energética. Todos sabemos quem ganha com esta especulação, com estas crises, por isso estou pessimista quanto ao que estes clubes de países ricos possam ou não, eventualmente fazer.

Mais informações sobre o G8 no seguinte link:
http://www.g8online.org/

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