07/01/22

História e Arqueologia - Arqueólogos encontraram restos de ovos de vermes intestinais, com cerca de 2.700 anos, no assento de uma sanita de pedra descoberto numa antiga vila de Jerusalém.



«“Casa de banho” revela que a antiga elite de Jerusalém sofria de doenças infeciosas

Arqueólogos encontraram restos de ovos de vermes intestinais, com cerca de 2.700 anos, no assento de uma sanita de pedra descoberto numa antiga vila de Jerusalém. É uma prova de que, nessa altura, a população sofria de doenças infeciosas causadas pelas más condições de higiene.

O estudo da Universidade de Tel Aviv e da Autoridade de Antiguidades de Israel revelou que os restos de ovos pertencem a quatro tipos diferentes de parasitas intestinais: lombrigas, ténias, vermes nemátodos e oxiúros.

De acordo com o EurekAlert, esta descoberta revela que mesmo os residentes mais ricos da vila sofriam de doenças e epidemias há 2.700 anos.

“As descobertas deste estudo estão entre as primeiras observadas em Israel até à data”, disse Dafna Langgut, líder do estudo cujo artigo científico foi recentemente publicado no International Journal of Paleopathology.

Os vermes intestinais são parasitas que causam sintomas como dor abdominal, náuseas, diarreia e prurido. Alguns são especialmente perigosos para as crianças e podem causar desnutrição, atrasos de desenvolvimento, danos no sistema nervoso e, em casos extremos, a morte.

Os cientistas acreditam que, naquela altura, a doença intestinal pode ter sido causada pelas más condições sanitárias, de água potável ou pela falta de consciência higiénica.

Entre outras possíveis fontes de infeção está a utilização de fezes humanas para fertilizar as culturas dos campos e o consumo de carne de vaca ou de porco mal cozinhada.

Na ausência de medicamentos, era muito difícil a população recuperar de uma doença infeciosa. Aliás, a equipa admite a possibilidade de ter existido uma patologia infeciosa de longa duração.

Estes parasitas existem ainda hoje, mas o mundo ocidental moderno desenvolveu meios de diagnóstico e fármacos eficazes para os combater, de forma a impedir que precipitassem uma epidemia.

Ya’akov Billig, diretor da escavação, revelou que a sanita foi descoberta numa propriedade luxuosa em Armon Hanatziv, que remonta a meados do século VII a.C. (final da Idade do Ferro).» in https://zap.aeiou.pt/elite-jerusalem-sofria-doencas-infecciosas-455002


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