«A IMPLACÁVEL TEORIA DAS PROBABILIDADES
Vitória por 3-0 sobre o Guimarães na quarta jornada da Liga, com golos de Marcano, Óliver e um autogolo de João Aurélio.
É certo que o futebol não é uma ciência matemática ou estatística, mas no mundo dos números as probabilidades de o Vitória de Guimarães fazer jus ao nome nesta quarta jornada da Liga NOS eram quase residuais se dentro do campo jogassem os resultados obtidos nos quase 12 anos de história do Estádio do Dragão: 12 jogos, 11 derrotas e um empate. A verdade é que no campo se confirmou a teoria: o FC Porto juntou à coleção mais uma vitória sobre os minhotos (3-0), construída com golos de Iván Marcano, de Óliver Torres e com um autogolo de João Aurélio, num jogo em que os azuis e brancos foram claramente superiores, entrando assim com o pé direito em setembro, o mês de aniversário.
Nuno Espírito Santo apresentou algumas novidades neste encontro: na constituição do onze inicial - Óliver e Depoitre estrearam-se a titulares, ocupando os lugares de Herrera e de Corona, titulares no clássico de Alvalade –, mas também na forma como a dispôs em campo. Os Dragões defendiam e pressionavam na primeira fase de construção do adversário em 4-4-2, com Óliver e Otávio nas alas e Danilo e André André no meio, que se transformava praticamente no 4-2-4 garantido pela largura dos laterais, cujo posicionamento fazia depender a movimentação dos alas, ora por dentro, ora por fora. Pela frente estava um Guimarães que defendia e se posicionava da mesma forma, mas num bloco claramente médio/baixo.
Ambas as equipas começaram por descobrir a baliza através de lances de bola parada: primeiro foi Hurtado que num livre obrigou Casillas a uma defesa atenta (7m); depois, na sequência de um canto, André Silva ganhou a bola na grande área e rematou para o fundo das redes (19m). O Estádio do Dragão levantou-se para festejar, mas sentou-se no instante seguinte, porque o golo foi anulado pela equipa de arbitragem liderada por Jorge Sousa, que viu uma suposta mão na bola do internacional português. Nesta altura o FC Porto crescia no jogo e voltava a ameaçar Douglas em dose dupla, num cabeceamento de Depoitre que obrigou o guarda-redes a sacudir com classe a bola para canto, na sequência do qual André Silva esteve também muito perto de inaugurar o marcador (30m).
Era o prenúncio para o que viria a acontecer oito minutos depois, novamente na sequência de um canto, que desta vez terminaria com êxito: desvio decisivo de Depoitre ao primeiro poste, com Iván Marcano a surgir a fazer a emenda na grande área, sem hipótese de defesa para Douglas. Já não faltava muito para o intervalo, mas ainda houve tempo para um livre convertido de forma superior por Layún levar a bola a embater numa das quinas da baliza vitoriana. Os cerca de 40 mil espectadores presentes no Dragão esboçaram mais uma festa, que ficou adiada para o primeiro minuto da segunda parte, quando uma bola rematada por Otávio desviou em Óliver e bateu Douglas. Foi o primeiro golo neste regresso ao FC Porto do médio espanhol, que voltaria a ser decisivo dez minutos mais tarde, quando cruzou rasteiro para a pequena área para João Aurélio introduzir a bola na própria baliza (56m).
Ainda havia muito para jogar, mas vitória azul e branca parecia praticamente garantida, até porque eram raras as incursões do Vitória até à área portista, ainda que numa delas Bernard tenha obrigado Casillas a uma das defesas da noite. Com a mira na estreia na fase de grupos da Liga dos Campeões, com a receção ao Copenhaga já na quarta-feira, Nuno Espírito Santo aproveitou para gerir a equipa e conceder os primeiros minutos de jogo ao avançado Diogo Jota, um dos últimos reforços do mercado de verão.
Crónica do Jogo» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/fc-porto-vitoria-guimaraes-16-17.aspx
LIGA (4ªJ): RESUMO FC PORTO 3-0 V. GUIMARÃES
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