«DRAGÃO PERFUMADO EM COLÓNIA
FC Porto venceu o Valência nos penáltis e somou três pontos no torneio quadrangular da pré-temporada.
Na cidade onde nasceu a água-de-colónia, o FC Porto mostrou o futebol mais perfumado nesta pré-temporada e somou os três primeiros pontos na Colónia Cup, frente ao Valência. O empate no tempo regulamentar (0-0, apesar de três remates nos ferros da baliza espanhola) foi desfeito através da marcação das grandes penalidades, tendo Casillas defendido o último pontapé da marca dos 11 metros. No fim da primeira jornada, os Dragões são segundos, com menos dois pontos do que o Colónia, que venceu o Stoke City por 2-1, num torneio em que cada golo marcado no tempo regulamentar vale mais um ponto.
Em fase de testes, Julen Lopetegui voltou a apresentar um onze diferente do que fez alinhar no jogo particular frente ao Schalke 04, da passada segunda-feira: no ataque, Brahimi e Aboubakar tiveram, desta vez, a companhia de Tello; mais atrás, André André e Danilo também voltaram para formar o trio do meio-campo com Evandro, um dos seis jogadores que repetiu a titularidade. Maxi Pereira foi titular pela segunda vez, numa defesa à qual regressou o capitão Maicon para fazer dupla com Marcano.
A primeira grande oportunidade de golo do encontro nasceu, curiosamente, de um passe perfeito do lateral uruguaio para Aboubakar, que aguentou a pressão, rodou e rematou à trave. Estavam decorridos dois minutos e os Dragões não demoraram muito a voltar a ameaçar a baliza valenciana: logo a seguir, após um canto, Danilo soltou-se na esquerda do ataque, puxou a bola para o pé direito e disparou ligeiramente por cima da trave.
Contrariando a tendência das duas últimas partidas, o FC Porto entrou melhor do que o adversário, circulando bem a bola até à área contrária, ora pelas faixas, ora pelo corredor central, muito trabalhado pelos três médios, rápidos na recuperação e decisivos na superioridade portista no meio-campo. Num torneio em que o número de remates à baliza constitui um dos critérios de desempate, os azuis e brancos tentaram-no várias vezes, como aos 28 minutos, quando, desmarcado por um passe de Maxi e depois de fugir ao ex-portista Otamendi, Aboubakar, já em desequilíbrio, atirou ao lado. Nessa altura já Herrera estava em campo - e estreava-se nesta pré-época -, no lugar de Evandro, lesionado
Durante a primeira parte, a bola praticamente não saiu do meio-campo do Valência, que nunca incomodou verdadeiramente Iker Casillas, aplaudido pelo público alemão sempre que tocava na bola - o guardião espanhol é, de facto, um fenómeno de popularidade à escala mundial. Ao FC Porto só faltou eficácia e definir melhor o último passe para ir para o intervalo em vantagem.
O segundo tempo começou com o lance mais perigoso do Valência em todo o encontro, num remate de Parejo que Martins Indi evitou que chegasse à baliza de Casillas. O sinal mais do jogo continuou a ser dos portistas, que viram os ferros da baliza de Ryan devolver dois remates: primeiro foi Otamendi a acertar na trave da própria baliza, após um belo cruzamento de José Angel (77m); depois, em cima do minuto 90, foi a vez de Sérgio Oliveira imitar o argentino com um poderoso remate à entrada da área. Faltou sorte para dar justiça ao resultado de um jogo em que os Dragões terminaram com 58 por cento de posse de bola e com 11 remates contra cinco do adversário.
A vitória acabou por chegar apenas na lotaria das grandes penalidades, em que do lado dos Dragões apenas Sérgio Oliveira não teve sorte. À sexta tentativa, Casillas deteve o remate de Cancelo, deu a vitória aos Dragões e retribuiu o carinho que o público da casa lhe ofereceu durante toda a partida.
FICHA DO JOGO» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/Valencia-FCPorto.aspx
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