«DRAGÃO NÃO ACABOU COM A MALDIÇÃO
FC Porto empatou a um golo em casa do Marítimo, na segunda jornada da Liga. Herrera marcou o golo portista.
O FC Porto continua sem conseguir dobrar o cabo das tormentas que tem encontrado nos últimos anos quando joga na ilha da Madeira. Este sábado, frente ao Marítimo, somou o primeiro empate na Liga (1-1), na segunda jornada, numa partida em que começou praticamente a perder, chegou ao empate por Herrera ainda na primeira parte (34m) e em que até podia ter ganho não fosse um cabeceamento de Maxi esbarrar na trave no último suspiro do encontro.
Nesta partida, Julen Lopetegui fez duas alterações à equipa que há uma semana se estreou na Liga: mais de seis anos depois, Cissokho voltou a vestir a camisola azul e branca em jogos oficiais para assumir o lugar de defesa no corredor esquerdo que partilhou com Brahimi, que tinha sido suplente frente ao Vitória de Guimarães.
A verdade é que o fantasma da ilha maldita começou a pairar bem cedo, em bom rigor aos cinco minutos, quando Edgar Costa cabeceou com sucesso para inaugurar o marcador, sem hipóteses para Casillas. O Marítimo entrava a ganhar e passava a ter um conforto no marcador que lhe permitia dar corpo à estratégia que trazia para o jogo: meio-campo preenchido, o que dificultava a circulação de bola da equipa portista e que a obrigava muitas vezes a apostar, sem êxito, no jogo directo.
Para além disso, aos Dragões faltava velocidade, qualidade no passe e alguma agressividade na reacção à perda da bola para provocar desequilíbrios ao adversário, nomeadamente nos corredores laterais, onde tem por hábito ser muito forte. Foram 25 minutos em que o FC Porto só por duas vezes conseguiu levar algum perigo à área insular: primeiro num remate cruzado de Brahimi que não passou longe da baliza de Sallin (11m) e depois numa jogada em que Varela, em boa posição, deixou a bola escapar para o guarda-redes francês (17m).
A partir daí, os azuis e brancos cresceram no jogo, em intensidade e em velocidade, passaram a tomar conta das operações e chegaram ao golo num cruzamento de Brahimi para Imbula, que assistiu, de cabeça, para Herrera rematar forte com o pé esquerdo e assinar primeiro golo da época (34m). O Marítimo, nesta altura, só chegava a Casillas de bola parada, sem nunca assustar, mas o empate persistiu até ao intervalo.
Na segunda parte, Lopetegui começou por mexer no xadrez logo aos dez minutos, subtraindo Herrera e Varela e acrescentando Tello e André André. E foi dos pés do médio português que saiu a primeira grande oportunidade de golo neste período, num cruzamento para um remate de Aboubakar a que Salin se opôs de forma brilhante. Estavam decorridos 78 minutos e, até então, a partida foi jogada longe das balizas e somou poucos motivos de interesse: ao FC Porto não saía o último passe e ao Marítimo interessava-lhe o empate.
O rumo dos acontecimentos só se alterou nos últimos momentos do jogo, numa altura em que Osvaldo já tinha entrado para o lugar de Aboubakar. Primeiro foram os verde-rubros a assustar Casillas, num remate de fora da área de Marega (92m), e na jogada seguinte os Dragões responderam num cabeceamento de Maxi que foi devolvido pela face interior da maldita trave para a linha de golo. Logo a seguir, Hugo Miguel apitava para o fim da partida.
Ficha do Jogo» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/Maritimo-FCPorto_1516.aspx
(Dois pontos desperdiçados e Madeira continua a ser "maldita" para o Dragão)
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