27/08/15

Dolmen - Segundo o seu Presidente de Direção e Coordenador da Equipa Técnica, a situação não é para menos já que a instituição prevê um corte nas verbas que vai poder gerir no próximo quadro comunitário Portugal 2020, agora sob a designação de DLBC - Desenvolvimento Local de Base Comunitária.



«Dolmen manifesta-se "contra" corte previsto de 50% das verbas atribuídas para a região do Douro Verde
27/08/2015, 09:37

"Estamos tristes e revoltados pela falta de respeito pela nossa instituição e pelo trabalho desenvolvido ao longo de duas décadas", assim define Telmo Pinto o ambiente que se vive por estes dias na Dolmen.

Segundo o seu Presidente de Direção e Coordenador da Equipa Técnica, a situação não é para menos já que a instituição prevê um corte nas verbas que vai poder gerir no próximo quadro comunitário Portugal 2020, agora sob a designação de DLBC - Desenvolvimento Local de Base Comunitária.

Ou seja, menos 50 por cento dos 11 milhões de euros que foram geridos no âmbito do Subprograma 3 do PRODER, destinado à dinamização das zonas rurais, durante o último quadro comunitário e que resultaram em 150 projetos de investimento apoiados pela Dolmen, gerando mais de 260 postos de trabalho diretos nos concelhos de Amarante, Baião, Cinfães, Marco de Canaveses, Penafiel e Resende.

"A expetativa que este território criou, fruto do nosso trabalho em rede sob a designação de Douro Verde, está agora em vias de se perder devido a este corte que nos querem impôr", referiu Telmo Pinto. "Somos nós quem melhor conhece a região, e somos nós quem tem apoiado as pequenas iniciativas de promoção territorial, assentes na valorização dos produtos endógenos, seja a gastronomia, vinhos ou o património cultural e natural, tendo canalizado verbas para o apoio à criação e desenvolvimento de negócios em áreas como o turismo em espaço rural, agroturismo, restauração e transformação de produtos agrícolas, aliás, arrisco-me a dizer que 90% dos projetos avançaram porque tiveram o nosso apoio,financeiro e técnico, regendo-se a nossa atuação pela proximidade à economia e ao investidor, acompanhando-o ao longo de todo o processo", acrescentado que "é nesta proximidade que reside a diferenciação do trabalho realizado pela Dolmen, enquanto Associação de Desenvolvimento Local".

O corte de verbas poderá igualmente pôr em causa o quadro de pessoal da Dolmen, onde se incluem 12 técnicos. "São pessoas qualificadas, com um grande conhecimento do território e que agora arriscam-se a ir para  o desemprego", indica o coordenador.

Quanto aos centros de promoção local criados pela Dolmen em Amarante, Baião, Marco de Canaveses e mais recentemente em Cinfães, Telmo Pinto acredita que os mesmos não terão de encerrar, "até porque iremos envolver as autarquias para que colaborem na sua manutenção". Segundo o coordenador, através destes centros, são apoiados diretamente 149 produtores de vinho da região, bem como muitos artesãos locais que desta forma conseguem escoar os seus produtos.

O coordenador-geral salientou ainda que a Dolmen não desistiu de voltar a integrar os centros urbanos de Amarante e Marco de Canaveses na sua área de gestão, decisão que justificou "pela intransigência do governo em limitar a atuação das DLBC a territórios que tenham no máximo 150 mil habitantes, apesar dos regulamentos comunitários preverem a aceitação de exceções, como aliás a Dolmen já o era no passado, abrangendo um total de 161 mil habitantes”.

A situação não é pacífica e tem colocado frente a frente o Governo e a Federação Minha Terra, que congrega as 54 associações portuguesas de desenvolvimento local.

A reunião de negociação das verbas aconteceu a 13 de agosto, sem resultados favoráveis para as pretensões das associações de desenvolvimento local. A decisão final do governo deverá ser tomada hoje, 27 de agosto.

Telmo Pinto acredita que a situação irá ser resolvida a contento de todos, até porque a região precisa de um reforço de verbas face ao número de intenções de candidatura que todos os dias chegam à cooperativa Dolmen. Até ontem eram 125 os empresários que se dispunham a investir na região segundo divulgou o coordenador da Dolmen.» in http://www.averdade.com/pagina/seccao/3/noticia/11053

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