01/01/14

Poesia - O Meu Amigo e Poeta, Ângelo Ochôa, interpela-nos com o Poema: "Os mortos se apartam deslumbrados"



"Os mortos se apartam deslumbrados,
deixando-nos bens aqui colhidos.
Sinto perto demais o dia certo
de deixar pender a chão
meu pobre fruto.
Mas mais e mais me agarra a vida,
a desfrutar o terno amor que te devoto:
Eterno reinício, acto incerto,
fogo de o teu corpo amar por fado,
como eterno meu devotamento
à anímica raiz, só puro indício.
O desenlace ache a hora boa, que até
à vivaz luz prossigo enquanto pasmo."

Manuel Ângelo Ochôa, Poeta



"Os mortos deslumbrados", por Manuel Ângelo Ochôa

2 comentários: