«DRAGÃO NÃO DESCOBRIU A LUZ
Num estádio onde já conseguiu tantas vitórias saborosas, o FC Porto não foi desta vez feliz. No clássico que encerrou a primeira volta da Liga portuguesa, os Dragões perderam por 2-0 no Estádio do Luz. O jogo foi muito equilibrado na primeira parte, enquanto que na segunda os portistas foram traídos por um golo madrugador e pela vista grossa do árbitro Artur Soares Dias, que encontrou maneira de expulsar Danilo e perdoar dois penáltis aos lisboetas.
A primeira parte foi marcada pelo equilíbrio, com ambas as equipas a neutralizarem-se. Nem Benfica nem FC Porto conseguiram dominar o meio-campo e pressionar o adversário com consistência. Os números mostram um jogo completamente repartido: três remates para cada lado e os Dragões com maior posse de bola (54 por cento). O golo dos lisboetas, no seu primeiro remate, acabou por fazer a diferença: logo aos 13 minutos, uma perda de bola resultou num lance rápido finalizado por Rodrigo.
Esse golo permitiu ao Benfica recuar e defender dentro do seu meio-campo, procurando contra-ataques para incomodar a defesa azul e branca. O FC Porto teve naturais dificuldades em dominar um adversário que se mostra confortável nesse modelo, mas esteve perto de empatar já nos descontos: Jackson, à boca da baliza, atirou para fora, após passe de Licá. De resto, o colombiano já tinha falhado por centímetros o primeiro golo, logo aos nove minutos, ao chegar tarde a um cruzamento de Carlos Eduardo.
Na segunda parte, o FC Porto parecia capaz de tomar conta da partida, em busca da igualdade. Carlos Eduardo, aos 49 minutos, dispôs de um livre à entrada da área benfiquista, mas a bola foi à figura de Oblak. Os minutos seguintes foram fatais para os Dragões: apostando cada vez mais nas transições rápidas, o Benfica começou por pôr Helton à prova, num remate de Markovic, mas o 2-0 surgiria mesmo na sequência de um pontapé de canto, em que Garay saltou mais alto. Antes, Mangala tinha tocado a bola com a mão na grande área, tendo Artur Soares Dias deixado passar em claro uma falta para penálti. Porém, esse foi o único lance em que o FC Porto foi beneficiado, já que a partir daí o juiz prejudicou muito mais os Dragões.
O golo foi um rude golpe, ainda para mais quando, pouco depois, o árbitro interrompeu uma jogada em que Jackson se isolava, para mostrar um cartão amarelo a Matic. A indignação dos portistas valeria ainda um amarelo a Danilo, que seria depois determinante para a sua expulsão, num lance anedótico: aos 74 minutos, o lateral brasileiro isolou-se pela direita e sofreu um toque de Garay. A falta foi evidente, mas o juiz descortinou uma simulação que mais ninguém viu. Reduzido a dez jogadores, o FC Porto ficou praticamente sem hipótese de discutir a partida. Curiosamente, aos 78 minutos, o critério de Artur Soares Dias não foi o mesmo para uma simulação de Siqueira.
Houve ainda um lance de grande penalidade de Garay sobre Quaresma, que passou novamente em claro. Até ao final, mesmo com menos um homem, o FC Porto procorou o golo, enquanto o Benfica segurou o resultado. Os Dragões saíram derrotados, mas lutaram até ao fim.» in http://www.fcporto.pt/pt/futebol/fichas-de-jogo/Pages/Benfica-FC-Porto.aspx
(Resumo do Benfica 2 vs F.C. do Porto 0)
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