28/01/14

Amarante Pintura - No Museu Nacional de Soares dos Reis está patente ao público, até ao dia 23 de fevereiro, a exposição “António Cardoso | Em paralelo - Arte, Memórias, Referências e Contextos”, da autoria do Diretor do Museu Amadeo de Souza-Cardoso



«Museu Nacional de Soares dos Reis mostra exposição de pintura de António Cardoso

No Museu Nacional de Soares dos Reis está patente ao público, até ao dia 23 de fevereiro, a exposição “António Cardoso | Em paralelo - Arte, Memórias, Referências e Contextos”, da autoria do Diretor do Museu Amadeo de Souza-Cardoso. A mostra pretende ser um tributo à arte de António Cardoso.


A organização da exposição de pintura nasceu de uma iniciativa levada a cabo por um grupo de antigos alunos do Professor Doutor António Cardoso que teve como finalidade exprimir um gesto de amizade, consideração e reconhecimento, mas também, expressar a admiração pelo pedagogo, pelo investigador, pelo museólogo e pelo artista que de maneira genuína e rara o Professor António Cardoso nunca deixou de ser, culminando num percurso de vida notável que logrou transfigurar aquela quadratura, numa circularidade fundadora e intensificadora de sentido.

A exposição pode ser visitada à terça-feira, das 14:00 às 18:00 e de quarta-feira  a Domingo das 10:00 às 18:00.

António Cardoso Pinheiro de Carvalho nasceu em Amarante em 1932. Concluiu o Curso do Magistério Primário em 1951. A sua formação artística iniciou-se com a frequência da Academia Alvarez (anos 50) e da Escola Superior de Belas Artes do Porto (1965-1966).

A sua ligação a Amarante e ao Museu Amadeo de Souza-Cardoso determina o convívio, nos anos 50, com Albano e Victor Sardoeira. Foi através dele que se realizaram em Amarante exposições de Arte Moderna, organizadas pela Galeria Alvarez e que se realizaram no Porto exposições de Amadeo de Souza-Cardoso, num intercâmbio cultural que se prolongaria tempo fora.

Nos anos 60 integrou o Instituto de Meios Audiovisuais e o Instituto de Tecnologia Educativa, apresentando programas de Televisão Escolar entre 1963 e 1965. Entre este ano e 1974, foi realizador da Televisão Educativa e da Telescola/ITE. Foi diretor do Curso do CPTV / ITE (1977-1981) e coordenou diversas ações de formação de Professores do Ensino Básico e Secundário, e de Professores do CPTV, difundidas pela RTP do Instituto de Tecnologia Educativa.

Paralelamente, frequentava a Faculdade de Letras da Universidade do Porto onde se licenciou em História, em 1974.

A partir de 1981 integrou o quadro de docentes do Curso de História, variante de Arte, da Faculdade de Letras, tendo lecionado, entre outras, as cadeiras de Sociologia da Arte e História da Arte do século XX. Lecionou ainda no Mestrado de História de Arte do Departamento de Ciências e Técnicas do Património, nos Seminários de Verão orientou teses de mestrado e de doutoramento e coordenou diversas visitas guiadas e exposições.

Em 1982, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, visitava a Bienal de Veneza e a Documenta 7, de Kassel.

Doutorou-se em História da Arte com uma tese que viria a ser editada com o título "O Arquitecto José Marques da Silva e a arquitectura no Norte do país na primeira metade do século XX" (Faup Publicações, 1997). O trabalho desenvolvido para a tese de doutoramento conduziu à doação do legado de Marques da Silva à Universidade do Porto, que viria a dar origem ao Instituto Arquiteto José Marques da Silva, em 1994.

Representou a Faculdade de Letras da Universidade do Porto na Comissão do Património da Câmara Municipal do Porto, entre 1996 e 2001.

O seu interesse pelo património artístico e arquitetónico também tinham já determinado que ocupasse o lugar de delegado da Junta Nacional da Educação, em Amarante, tendo estado ligado à classificação do património arquitetónico daquela localidade.

É investigador na área da história da arquitetura e da pintura, tendo publicado numerosos textos e ensaios em catálogos de exposições. Foi responsável científico de importantes exposições na cidade do Porto: Marques da Silva/Arquiteto 1896/1947 (Casa do Infante, 1986); Casa de Serralves, retrato de uma época (Casa de Serralves 1988); e Aguarelas de Marques da Silva (Instituto Marques da Silva, 2001). Tem divulgado particularmente a obra de Amadeo de Souza-Cardoso, em Portugal e no estrangeiro.

Diretor do Museu Amadeo de Souza Cardoso, em Amarante, a partir dos anos 90, tendo sido responsável pelo catálogo da coleção do Museu, editado em 1997.

Realizou exposições individuais na Galeria Divulgação, em 1967, no Porto, e no Museu Amadeo de Souza-Cardoso, em 1979, em Amarante.

Participou em numerosas exposições coletivas. Recebeu o Prémio dos Críticos de Arte para a Representação Portuguesa na I Bienal de Paris, de 1959.

A sua atividade profissional é vasta e invulgar, uma vez que se reparte pelas áreas do ensino, da investigação histórica e da prática artística. Embora o seu empenho na área das humanidades possa ter ofuscado a sua atividade artística, António Cardoso nunca deixou de desenhar e de pintar, sendo certo que esta prática continuada que manteve foi, a partir de certa altura, menos divulgada do que o seu trabalho de professor universitário.

Professor, museólogo, conferencista e crítico de arte, António Cardoso foi membro da APOM (Associação Portuguesa de Museologia), da ARPPA (Associação Regional do Património Cultural e Natural) e é membro da Associação Internacional dos Críticos de Arte (Secção Portuguesa).» in http://www.cm-amarante.pt/index.php?info=YTozOntzOjQ6Im1lbnUiO3M6MzoiY2FtIjtzOjU6ImFjY2FvIjtzOjEyOiJub3RpY2lhc19sZXIiO3M6MjoiaWQiO3M6NDoiMTM2MyI7fQ==

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