«Museu Nacional de Soares dos Reis mostra exposição de pintura de António Cardoso
No Museu Nacional de Soares dos Reis está patente ao público, até ao dia 23 de fevereiro, a exposição “António Cardoso | Em paralelo - Arte, Memórias, Referências e Contextos”, da autoria do Diretor do Museu Amadeo de Souza-Cardoso. A mostra pretende ser um tributo à arte de António Cardoso.
A organização da exposição de pintura nasceu de uma iniciativa levada a cabo por um grupo de antigos alunos do Professor Doutor António Cardoso que teve como finalidade exprimir um gesto de amizade, consideração e reconhecimento, mas também, expressar a admiração pelo pedagogo, pelo investigador, pelo museólogo e pelo artista que de maneira genuína e rara o Professor António Cardoso nunca deixou de ser, culminando num percurso de vida notável que logrou transfigurar aquela quadratura, numa circularidade fundadora e intensificadora de sentido.
A exposição pode ser visitada à terça-feira, das 14:00 às 18:00 e de quarta-feira a Domingo das 10:00 às 18:00.
António Cardoso Pinheiro de Carvalho nasceu em Amarante em 1932. Concluiu o Curso do Magistério Primário em 1951. A sua formação artística iniciou-se com a frequência da Academia Alvarez (anos 50) e da Escola Superior de Belas Artes do Porto (1965-1966).
A sua ligação a Amarante e ao Museu Amadeo de Souza-Cardoso determina o convívio, nos anos 50, com Albano e Victor Sardoeira. Foi através dele que se realizaram em Amarante exposições de Arte Moderna, organizadas pela Galeria Alvarez e que se realizaram no Porto exposições de Amadeo de Souza-Cardoso, num intercâmbio cultural que se prolongaria tempo fora.
Nos anos 60 integrou o Instituto de Meios Audiovisuais e o Instituto de Tecnologia Educativa, apresentando programas de Televisão Escolar entre 1963 e 1965. Entre este ano e 1974, foi realizador da Televisão Educativa e da Telescola/ITE. Foi diretor do Curso do CPTV / ITE (1977-1981) e coordenou diversas ações de formação de Professores do Ensino Básico e Secundário, e de Professores do CPTV, difundidas pela RTP do Instituto de Tecnologia Educativa.
Paralelamente, frequentava a Faculdade de Letras da Universidade do Porto onde se licenciou em História, em 1974.
A partir de 1981 integrou o quadro de docentes do Curso de História, variante de Arte, da Faculdade de Letras, tendo lecionado, entre outras, as cadeiras de Sociologia da Arte e História da Arte do século XX. Lecionou ainda no Mestrado de História de Arte do Departamento de Ciências e Técnicas do Património, nos Seminários de Verão orientou teses de mestrado e de doutoramento e coordenou diversas visitas guiadas e exposições.
Em 1982, como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, visitava a Bienal de Veneza e a Documenta 7, de Kassel.
Doutorou-se em História da Arte com uma tese que viria a ser editada com o título "O Arquitecto José Marques da Silva e a arquitectura no Norte do país na primeira metade do século XX" (Faup Publicações, 1997). O trabalho desenvolvido para a tese de doutoramento conduziu à doação do legado de Marques da Silva à Universidade do Porto, que viria a dar origem ao Instituto Arquiteto José Marques da Silva, em 1994.
Representou a Faculdade de Letras da Universidade do Porto na Comissão do Património da Câmara Municipal do Porto, entre 1996 e 2001.
O seu interesse pelo património artístico e arquitetónico também tinham já determinado que ocupasse o lugar de delegado da Junta Nacional da Educação, em Amarante, tendo estado ligado à classificação do património arquitetónico daquela localidade.
É investigador na área da história da arquitetura e da pintura, tendo publicado numerosos textos e ensaios em catálogos de exposições. Foi responsável científico de importantes exposições na cidade do Porto: Marques da Silva/Arquiteto 1896/1947 (Casa do Infante, 1986); Casa de Serralves, retrato de uma época (Casa de Serralves 1988); e Aguarelas de Marques da Silva (Instituto Marques da Silva, 2001). Tem divulgado particularmente a obra de Amadeo de Souza-Cardoso, em Portugal e no estrangeiro.
Diretor do Museu Amadeo de Souza Cardoso, em Amarante, a partir dos anos 90, tendo sido responsável pelo catálogo da coleção do Museu, editado em 1997.
Realizou exposições individuais na Galeria Divulgação, em 1967, no Porto, e no Museu Amadeo de Souza-Cardoso, em 1979, em Amarante.
Participou em numerosas exposições coletivas. Recebeu o Prémio dos Críticos de Arte para a Representação Portuguesa na I Bienal de Paris, de 1959.
A sua atividade profissional é vasta e invulgar, uma vez que se reparte pelas áreas do ensino, da investigação histórica e da prática artística. Embora o seu empenho na área das humanidades possa ter ofuscado a sua atividade artística, António Cardoso nunca deixou de desenhar e de pintar, sendo certo que esta prática continuada que manteve foi, a partir de certa altura, menos divulgada do que o seu trabalho de professor universitário.
Professor, museólogo, conferencista e crítico de arte, António Cardoso foi membro da APOM (Associação Portuguesa de Museologia), da ARPPA (Associação Regional do Património Cultural e Natural) e é membro da Associação Internacional dos Críticos de Arte (Secção Portuguesa).» in http://www.cm-amarante.pt/index.php?info=YTozOntzOjQ6Im1lbnUiO3M6MzoiY2FtIjtzOjU6ImFjY2FvIjtzOjEyOiJub3RpY2lhc19sZXIiO3M6MjoiaWQiO3M6NDoiMTM2MyI7fQ==
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