Esta é a casa do Sr. Luís do "Tanque", da Eira Nova, Fregim, em Amarante.
Este Senhor já falecido, foi uma personalidade forte que me marcou em Fregim.
Contava o meu falecido Pai que, o Sr. Luís, ainda jovem, depois de chegar de mais um dia de trabalho, bastante transpirado pelo duro labor e pelo calor, bebeu água de uma mina muito gelada e ficou numa cadeira de rodas para o resto da sua vida.
Em miúdo, conheci-o no seu triciclo motorizado, quando este ia tomar o seu cafezinho, ao Café Amarantino, na Cidreira, em Fregim.
Homem humilde, mas com uma enorme cultura, era um orador entusiasmante. Fazia parte de tertúlias de conversa da aldeia, onde não deixava os seus créditos por mãos alheias.
Jogava muito bem cartas e damas. As cartas jogava muitas vezes com o meu Tio e Padrinho Domingos Barros e as damas com o Doutor Dinis Mesquita.
A Freguesia construiu-lhe esta simples casinha, onde viveu com a sua irmã, com um tanque ao lado; daí o nome: Luís do "Tanque". A História de uma Terra também, se faz de estórias de gente simples. Aqui fica a minha homenagem a este Senhor: Luís do "Tanque".
Nesta casa há um azulejo com o seguinte verso:
Meu Patrono, o Deus menino,
Fundo no peito gravado,
Tem o nome pequenino,
Deste seu larzinho amado.
Foi com saudade que aqui vejo falar de um homem (dois tendo em conta o Domínguinhos da cidreira) que me faz lembrar a minha infância. Para além de ser um bom jogador de cartas e de damas era um bom conversado e contador de histórias mas há uma faceta da sua vida que deve ser desconhecida da maior parte das pessoas. É que para além de tudo isso ele tinha uma habilidade especial para fazer versos e que pena foi se desapareceram após a sua morte.Lanço o desafio a senhor Barros para tentar saber se eles ainda estarão na posse da irmã e quem sabe se é que existem publica-los aqui em sua homenagem. Abraço. Quim da capela
ResponderEliminarAgradeço a sua intervenção enriquecedora e que vou seguir. Vou tentar junto de sua irmã obter os referidos versos para divulgar em honra da memória que guardo do Sr. Luís do Tanque! Afinal uma terra é feita pela riqueza dos seus habitantes e o sr. Luís era uma enciclopédia viva! Muito obrigado, Sr. Joaquim, Abraço Maltês de Fregim!
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