28/04/11

Política Educativa - "Maria Alexandre Costa, do Instituto Superior de Engenharia do Porto, conclui que os professores não conseguem desligar-se do trabalho e recarregar baterias nos tempos livres!"




«“Profissão desgastante a nível psicológico”


João Grancho, Presidente da Associação Nacional de Professores, sobre estudo que aponta stress entre classe docente.



Correio da Manhã – Um estudo de Maria Alexandre Costa, do Instituto Superior de Engenharia do Porto, conclui que os professores não conseguem desligar-se do trabalho e recarregar baterias nos tempos livres, funcionando como "baterias viciadas".
– A ciência vem demonstrando que há elevados níveis de stress na profissão docente, uma das mais desgastantes a nível psicológico. Mas a percepção social é a oposta, como se fosse uma profissão com muitas férias e pouco exigente.
– Como explica essa diferença?
– Decorre do desconhecimento em relação às dificuldades dos professores. A heterogeneidade dos alunos, a indisciplina, a falta de empenho. Há professores que fazem centenas de quilómetros para dar aulas e ficam esgotados. E quando vão para casa transportam a profissão consigo.
– Defende que devia ser uma profissão de desgaste rápido?
– Apesar de oficialmente a carreira docente ser especial dentro da Função Pública, na prática tem um tratamento idêntico. E as pressões exercidas nos últimos seis anos a nível social e governativo criaram mais dificuldades. As expectativas em torno da profissão são muito elevadas.
– Como superar o problema?
– Reduzindo as turmas para um limite de 20 alunos; dando espaço e tempo para os docentes prepararem aulas na escola; dotando as escolas com psicólogos; dando estabilidade aos docentes, pois muitos não sabem se terão emprego no ano seguinte. Os docentes precisam de sentir confiança de quem governa e da sociedade.
– Com a crise actual não deverá ser fácil as coisas melhorarem?
– Sim, apesar de haver muito por onde cortar, para poder aplicar no essencial. Não faz sentido requalificações de escolas megalómanas. Há que investir mais nas pessoas e menos no cimento, reduzir os pequenos poderes intermédios e dar autonomia às escolas.» in http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/ensino/profissao-desgastante-a-nivel-psicologico
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Este estudo, com todo o respeito pelo seu autor, traz à colação um facto que é facilmente verificável, todos os dias, em qualquer escola portuguesa...
Aos Professores pede-se um esforço sobre-humano, pois para além da sua nobre missão de ensinar, que deveria ser o principal factor preocupação dos docentes, são bombardeados com um trabalho árduo desgastante ligado à componente excessivamente burocrática, que o Modelo de Avaliação de Desempenho Docente implica, num esforço inútil de tudo registar, de tudo medir, de tudo relatar, papeis, papeis, papeis... claro que o tempo da escola não chega e vem para casa muito trabalho, não se conseguindo desligar e descansar, o que seria natural para qualquer ser humano... mas isso que interessa a um Primeiro Ministro que fazia cadeiras ao Domingo, via fax... mas impoluto pelo mainstream comunicacional Português!

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