Foi em cima do último apito do árbitro que Guarín, numa jogada de insistência, fez o 2-2 final. Se é verdade que o colombiano garantiu um ponto para o FC Porto, também é verdade que fica, acima de tudo, um sabor amargo. Os portistas, depois de um começo infeliz, carregaram durante todo o jogo e justificavam outro resultado, mas apenas conseguiram o empate. Pelo meio, há duas bolas nos ferros e um penálti por assinalar sobre Rúben Micael, aos 67 minutos.
Estranho jogo este, em que o guarda-redes do FC Porto sofreu dois golos sem ter feito qualquer defesa. Os algarvios tiveram sorte, misturada com alguma argúcia, para chegar ao 2-0, aos 17 minutos. Raramente uma equipa consegue este grau de felicidade; ainda mais raro é ser capaz de o manter durante o resto do encontro. O Olhanense foi capaz deste feito: meteu trancas à porta, assistiu a alguns milagres e quase levava um injustíssimo jackpot para casa.
Falcao e Maicon até indiciaram um bom início de jogo, com oportunidades para marcar nos primeiros 10 minutos, mas a situação inverteu-se. A partir daí, há que valorizar a atitude azul e branca. A equipa assumiu a responsabilidade e partiu para cima do adversário, num assalto que só teve o seu agridoce epílogo no último fôlego. Ainda na primeira parte, Rúben Micael esteve por duas vezes perto de marcar, aos 28 e aos 40 minutos, quando, depois de combinação com Alvaro Pereira, atirou para defesa de último recurso de Ventura.
Este desafio num só sentido prolongou-se na etapa complementar, onde houve lances em que os deuses usaram todos os seus poderes para proteger a equipa forasteira. Aos 67 minutos, Falcao atira ao poste, depois de um desvio de Ventura. Na disputa de uma possível recarga, no meio da confusão, Carlos Fernandes derruba Rúben Micael na grande área. Mais um penálti por assinalar para a conta desta época. Sete minutos depois, Belluschi acerta na barra, com o guarda-redes contrário completamente batido.
Esgotava-se o tempo para o FC Porto reduzir a vantagem do Olhanense e recuperar o fôlego para o último assalto. Porém, ninguém baixou os braços e Falcao, aos 81 minutos, no 15.º canto portista – contra apenas um contrário – quebrou o enguiço. No último instante, Varela cruzou na direita, Falcao saltou entre os centrais e Guarín atirou para o empate. Ainda há metas a atingir nesta temporada e a atitude da equipa nunca será de desistência.
FICHA DE JOGO
FC Porto-Olhanense, 2-2
Liga 2009/10, 22.ª jornada
6 de Março de 2010
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 32.809 espectadores
Árbitro: Cosme Machado (AF Braga)
Assistentes: Alfredo Braga e Henrique Parente
Quarto árbitro: Hugo Pacheco
FC PORTO: Helton; Miguel Lopes, Maicon, Bruno Alves e Alvaro Pereira; Tomás Costa, Ruben Micael e Belluschi; Mariano, Falcao e Rodriguez
Substituições: Tomás Costa por Varela (39m), Miguel Lopes por Valeri (64m) e Ruben Micael por Guarín (78m)
Não utilizados: Beto, Nuno André Coelho, Addy e Sérgio Oliveira
Treinador: Jesualdo Ferreira
OLHANENSE: Ventura; João Gonçalves, Miguel Ângelo, Tengarrinha e Carlos Fernandes; Rui Duarte, Castro e Rui Baião; Paulo Sérgio, Djalmir e Ukra
Substituições: Rui Baião por Lionn (52m), Djalmir por Yazalde (79m) e Paulo Sérgio por Rabiola (88m)
Não utilizados: Bruno Veríssimo, Anselmo, Toy e Delson
Treinador: Jorge Costa
Ao intervalo: 0-2
Marcadores: Djalmir (13m e 17m), Falcao (81m) e Guarín (94m)
Disciplina: cartão amarelo para Miguel Lopes (22m), João Gonçalves (36m), Belluschi (42m), Djalmir (60m), Bruno Alves (84m), Falcao (91m) e Ventura (92m)» in site F.C. do Porto.
Resumo de um Jogo em que o F.C. do Porto, além de jogar mal, foi azarado...
«Dragon Force marcou presença
Cerca de 600 alunos da escola de futebol Dragon Force marcaram presença este sábado, no Estádio do Dragão, e constituíram uma «nova claque» no apoio aos Tetracampeões. Os jovens pintaram a bancada de azul e branco e participaram em todos os cânticos que se escutaram no desafio com o Olhanense.» in site F.C. do Porto.
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