08/02/09

F.C. do Porto 1 vs S. L. Benfica 1 - Resultado Lisonjeiro para os encarnados!



«Empate desenhou ilusão do equilíbrio


Tudo rigorosamente como antes. O F.C. Porto continua na frente, apontado ao «tetra», propósito do qual poderia ter-se aproximado inexoravelmente. Bastava que o clássico lhe tivesse feito justiça ou que o futebol, célebre pelos seus imponderáveis, desse crédito a uma lógica harmoniosa. A uma ponta de coerência, pelo menos, que ditasse a vitória de quem joga melhor. Não foi o caso e, por isso, deu empate.O equilíbrio inicial, que não tinha como resistir muito para além do décimo minuto, não foi mais do que aparente, assumindo a mera condição de falsa promessa que o Benfica não poderia cumprir, na insuficiência de argumentos perante um adversário superior e mais dotado.
Mas as incidências e caprichos do jogo revelar-se-iam extremamente simpáticos para o menos ousado dos opositores, que, investindo quase nada, dando pouco ao encontro, chegaria à vantagem na sequência de um pontapé de canto, já depois de se assumir como uma equipa de contra-ataque, faceta que o seu treinador acentuaria, sem rodeios, ao prescindir de Suazo ainda com meia hora para jogar.
Antes, muito antes, o F.C. Porto desenhara o golo, concebera-o repetidamente, recorrendo a uma variedade de processos e recursos que, em vez de lhe fazer justiça, insistia em mantê-lo distante do proveito. Questões de pormenor mantinham o tricampeão a par e, mais tarde, até atrás do adversário, que quase podia agradecer aos céus por ver Lucho subir sem marcar, Hulk arrancar sem gelar e Lisandro cabecear sem festejar.O golo libertador, apesar de escasso e inadequado (pela insuficiência, obviamente) à produtividade revelada pelos Dragões, surgiria da marca de penalty, onde Lucho não perdoou, minimizando os efeitos de um resultado que agradava muito mais ao adversário, conforme se perceberia mais tarde, terminado o jogo, com os jogadores a demorarem-se no relvado, lançando camisolas para os seus adeptos e, depois, num mini-treino «encarnado» proporcionado pelas fantásticas condições do relvado do Dragão, diante o qual a efervescente claque benfiquista entoou cânticos ardentes e excessivos ao «campeão».


FICHA DE JOGO


Liga, 17ª jornada
8 de Fevereiro de 2009
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 50.110 espectadores


Árbitro: Pedro Proença (Lisboa)
Assistentes: Tiago Trigo e Ricardo Santos
4º árbitro: João Capela


F.C. PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Lucho «cap», Fernando e Raul Meireles; Lisandro, Hulk e Rodriguez
Substituições: Raul Meireles por Mariano (65m) e Lisandro por Farías (87m)
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Stepanov, Guarin e Tomás Costa
Treinador: Jesualdo Ferreira


BENFICA: Moreira; Maxi Pereira, Luisão «cap», Sidnei e David Luiz; Ruben Amorim, Yebda, Katsouranis e Reyes; Aimar e Suazo
Substituições: Suazo por Di Maria (61m), Reyes por Nuno Gomes (86m) e Aimar por Carlos Martins (90m)
Não utilizados: Quim, Cardozo, Binya e Jorge Ribeiro
Treinador: Quique Flores
Ao intervalo: 0-1
Marcadores: Yebda (45m) e Lucho (72m, g.p.)
Disciplina: cartão amarelo a Fernando (50m), Maxi Pereira (51m), Katsouranis (63m) e Yebda (70m)» in site F.C. do Porto.

Resumo de um jogo onde o F.C. do Porto teve muito mais oportunidades de vencer!

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