O Comendador dos Novos Ricos!
«Enquanto perdurar esta geração de reformados e de pré-reformados à frente dos destinos do país, nunca iremos a lado nenhum! É inacreditável a notícia publicada no jornal Público de hoje!
Público (2008-01-04)
“Armando Vara tinha o pelouro do crédito bancário na Caixa quando foram concedidos os empréstimos a Alguns accionistas do Banco Comercial Português (BCP) que apoiam a candidatura do ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos Carlos Santos Ferreira têm vindo a reforçar o seu investimento em acções daquela instituição privada com crédito concedido pelo próprio banco do Estado.
O PÚBLICO apurou que Joe Berardo, a família Moniz da Maia (Sogema), Manuel Fino, Pedro Teixeira Duarte e José Goes Ferreira receberam crédito da CGD para comprarem acções do BCP, o que lhes tem permitido ter uma palavra a dizer nos destinos do maior banco português.
Em causa estão operações de financiamento que, só no primeiro semestre de 2007, totalizaram mais de 500 milhões de euros, e serviram para adquirir o equivalente a cerca de cinco por cento do capital do BCP por um total de 22 accionistas, mediante recurso a financiamento da CGD.
Desta fatia, cerca de quatro por cento do capital foram adquiridos pelo grupo de cinco accionistas principais referidos durante aquele período. Neste grupo encontram-se os primeiros proponentes de Carlos Santos Ferreira para a presidência do BCP - Berardo e Moniz da Maia.
Conselho aprovou
A garantia destes financiamentos é feita em primeira linha pelos títulos adquiridos, sendo, nalguns casos, reforçada com outros activos de menor volatilidade, segundo informações apuradas pelo PÚBLICO.
Estas operações, que são legais, foram autorizadas pelo Conselho Alargado de Crédito da Caixa formado por cinco administradores: Carlos Santos Ferreira, o então CEO, o seu vice, Maldonado Gonelha, Armando Vara, Celeste Cardona e Francisco Bandeira. Com excepção de Bandeira, que vai integrar a equipa da CGD encabeçada por Faria de Oliveira, todos os restantes já saíram ou vão sair da gestão do banco público. Armando Vara tinha o pelouro do crédito bancário.
Além das dúvidas que podem levantar em termos de gestão de risco - uma vez que estão em causa clientes com carteiras de títulos de grande dimensão e cuja volatilidade envolve o risco de queda da cotação, como tem acontecido com o BCP -, estas operações resultaram em compromissos financeiros de accionistas do BCP aprovados, entre outros, por aqueles que agora são por eles apoiados na luta pela presidência do banco privado: Santos Ferreira e Vara. Todavia, quando o grupo estatal emprestou o dinheiro a Berardo, a Moniz da Maia, a Goes Ferreira e à Teixeira Duarte, não se previa ainda os acontecimentos mais recentes.
Reforço de posições
Este grupo de investidores tem vindo a reforçar a sua presença no BCP, o que lhes têm assegurado uma palavra a dizer no combate que se trava pelo controlo do poder no maior banco privado português. Atualmente, no quadro da assembleia geral de acionistas de 15 de Janeiro, todos eles subscreveram a lista que Santos Ferreira e Vara candidatam ao conselho de administração executivo (CAE). Admite-se ainda que Manuel Fino (que apoia Santos Ferreira) tenha igualmente financiamento da CGD.
No lote alargado de investidores do BCP com financiamento da CGD está mesmo José Goes Ferreira, um dos acionistas sob investigação das autoridades, dada a sua ligação a uma offshore que comprou ações do BCP com crédito do próprio banco e que se suspeita que possa ser um testa-de-ferro do grupo fundado por Jardim Gonçalves (pelo que as ações não serão suas).
No primeiro semestre de 2007 a Sogema (holding Moniz da Maia) comprou dois por cento do BCP, reentrando no grupo que fundou em 1986, o que lhe permitiu posicionar-se na luta pelo banco, procurando travar Jardim Gonçalves (com o qual se incompatibilizou). Já a Teixeira Duarte, que tinha cinco por cento do BCP, aumentou nos últimos meses para 6,6 por cento, mas tem mantido um comportamento dúbio.
Por sua vez, Berado, que se opõe a Jardim, reforçou a sua presença em dois por cento, passando a deter sete por cento no primeiro semestre de 2007. Fonte ligada ao investidor admitiu ao PÚBLICO que Berardo tenha pedido um empréstimo adicional à CGD, equivalente a mais de um por cento do BCP, mas menos de dois por cento. Mas não confirmou a informação do PÚBLICO segundo a qual Berardo tinha já substituído na CGD a garantia de acções PT por acções BCP, o que implicaria, na prática, que os sete por cento que possui estivessem hipotecados ao grupo estatal. O mesmo responsável revelou que o crédito que Berardo recebeu tem uma cobertura acima de 100 por cento.
O PÚBLICO confrontou a CGD com estas informações, mas o banco preferiu não as comentar nem confirmar se alguns destes accionistas é seu cliente.”
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Obrigada Escorpião Azul, por tanta informação negra para este nosso depauperado património nacional! Não me admirava nada que o candidato do PS para a Madeira fosse um certo senhor com tiques de ditador, para substituir ouro igual... a ver vamos.
Acho que para esta malta, que manipula como quer o nosso dinheiro, o ano de 2008 deve ser um ano de grande esperança. Eles já fizeram o caldinho, está agora na hora de se sentarem na mesa a comer tudo o que resta deste pobre país, ossos e migalhas, inclusive.
Os reformados que auferem pensões de duzentos e poucos euros, esses coitados, que passem fome, para ver se morrem mais depressa, é que duzentos dum, duzentos doutro, dá para manipular muitas ações e fazer muito especulação fraudulenta e mais caldinhos madeirenses...
Grande socialismo este, desculpem xuxalismo, é muito mais adequado este termo! Onde parará o direito à indignação do Dr. Manuel Alegre, do Dr. Soares, do Dr. Jorge Sampaio, entre outros, que estranho silêncio este! Quem salva esta República das bananas?
Tens razão, é mesmo informação negra.
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