11/08/22

Arte Literatura - O conto do flautista de Hamelin foi inspirado por eventos reais (e 130 crianças desapareceram).


«O conto do flautista de Hamelin foi inspirado por eventos reais (e 130 crianças desapareceram)

Há vários registos que indicam que o famoso conto dos irmãos Grimm foi inspirado por uma história real — e 130 crianças terão sido roubadas pelo flautista.

É um dos contos mais famosos dos irmãos Grimm. O ano era 1284 e a cidade alemã de Hamelin estava a sofrer com uma infestação de ratos.

Foi nessa altura que apareceu um herói desconhecido, um flautista que dizia ser um “caçador de ratos” e que prometeu aos habitantes livrar-lhes da praga em troca de uma moeda por cada animal que conseguisse afugentar.

O flautista cumpriu a sua parte, tendo hipnotizado os ratos com a sua flauta e levando-os até um rio, onde estes se afogaram. Mas os aldeões não cumpriram a sua parte do acordo e recusaram pagar-lhe pelo serviço — e, como vingança, o flautista voltou à vila semanas mais tarde para hipnotizar e roubar todas as crianças da cidade.

E esta história não é só mais uma “história”. Na verdade, este conto sinistro tem um pingo de verdade e foi inspirado por um evento verdadeiro que teve lugar há mais de 700 anos, escreve o Ancient Origins.

O registo mais antigo da história vem da própria vila de Hamelin, onde uma janela de vitrais na igreja retratava o sucedido, datada de 1300. A igreja foi destruída em 1660, mas muitos relatos escritos das imagens na janela sobreviveram.

O mais antigo é um manuscrito de Lueneburg, onde se lê: “No ano de 1284, no dia dos Santos João e Paulo a 26 de Junho, por um flautista, vestido com muitas cores, 130 crianças nascidas em Hamelin foram seduzidas e perdidas no lugar de execução, perto do Köppen”.

Um outro registo da cidade datado de 1384 também é de arrepiar, escrevendo que “já passaram 100 anos desde que as nossas crianças partiram”.

A rua onde as crianças terão sido vistas pela última vez ainda se chama Bungelosenstrasse — rua sem tambores — já que ninguém tinha autorização para tocar música ou dançar num local que ficou manchado pela tragédia.

Adriana Peixoto, ZAP //» in https://zap.aeiou.pt/flautista-hamelin-inspirado-factos-reais-492149

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