«Pascoaes não pára de escrever. Em 1901, publicou «À Ventura» - um poemeto onde se afirma o seu humanismo.
Escrevia: «Quem tem um coração é o Deus de um firmamento.»
Nesse mesmo ano, o Poeta veio advogar para Amarante. Abriu banca com carlos Babo. Depressa arranjou uma boa clientela.
O povo procurava aquele jovem defensor dos caseiros rurais.
Em 1903, publicou um novo livro de versos: «Jesus e Pan», uma obra com preocupações filosóficas em que o Paganismo e o Cristianismo se confundem no mesmo credo... O Poeta é um visionário que, contudo, não se afasta da realidade. Viva num íntimo deslumbramento e exaltação, «tocando o fundo das almas», «tocando o sonho e o nada». E afirmava: «Sou, em futuro, o tempo que passou. Em mim, o antigo tempo, é nova idade.»
Foi neste mesmo ano de 1903 que um rude golpe o atingiu cobrindo de dor e amargura toda a família - o suicídio do irmão António, em Coimbra.
Chocadíssimo com esta terrível tragédia, Pascoaes publicou, em 1904, o livro de versos magoados e inconformistas - «Para a luz».
É um grito de dor e de revolta contra a injustiça.
Nesse mesmo ano, Pascoaes foi a Salamanca, onde Eugénio de Castro lhe apresentou D. Miguel Unamuno.
Entre o Poeta Lusíada e o poeta espanhol ia estabelecer-se uma forte e recíproca amizade e mútuo apreço.» in Fotobiografia "Na sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos
Mais sobre o assunto:
http://www.almedina.net/catalog/product_info.php?products_id=6366
http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/3252
http://www.joaquimdecarvalho.org/artigos/artigo/120-3.-Teixeira-de-Pascoais-e-Miguel-de-Unamuno-no-seu-epistolario-
https://books.google.pt/books/about/Miguel_de_Unamuno_e_Teixeira_de_Pascoaes.html?id=eLYqAQAAMAAJ&redir_esc=y&hl=pt-PT
http://cvc.instituto-camoes.pt/seculo-xx/teixeira-de-pascoaes-dp1.html#.WOqh72nyu70
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