«Um dia, Pascoaes encontrou num elétrico da Foz uma loira inglesinha que o perturbou... Seguiu-a e passou a ir vê-la patinar, numa garagem, onde se reuniam vários jovens praticantes desse desporto, sobretudo ingleses. De regresso entrava no mesmo carro elétrico e contentava-se com esta romântica contemplação...
De repente, a rapariga desapareceu. O Poeta, aflito e alarmado, procurou saber o que se passava. E soube, então, que ela tinha ido para Inglaterra. Não hesitou. Foi procurá-la a Londres.
Embarcou no navio «Augustine», em Novembro de 1909.
Mal desembarcou, bateu à porta do 2 Hall Road, Str. John's Stood. Levava uma carta de apresentação. Foi bem recebido.
Pascoaes regressou feliz, quinze dias depois. Seguiu-se um período de troca de correspondência e de enternecido enlevo.
Depois, o Poeta adoeceu. Não tem esperança na cura. Não quer prendê-la. Deixa de escrever. Mais tarde, ela acaba por morrer tuberculosa.» in Fotobiografia "Na sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos.
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