«No Tribunal, a sua estreia foi brilhante. Defendeu uma rapariga solteira acusada de ter morto o filho recém-nascido e conseguiu absolvê-la, pondo os jurando e a assistência a chorar de piedade.
O Dr. Alpoim, famoso advogado da época, disse ao Pai: «Há muito que eu não assistia a uma estreia tão brilhante!»
Pouco depois, o Pai é nomeado governador civil do Porto e vai viver para a Foz.
Então, Pascoaes abandona a pensão na Rua das Flores e muda-se para casa dos pais, à beira-mar.
Costumava nadar, na Praia do Molhe, com António Patrício e outros amigos. Era o seu desporto favorito.
Um dia, o mar revolto e encapelado atirou com o António Patrício contra um rochedo. Ficou bastante maltratado e foi preciso o banheiro ir buscá-lo com uma bóia de salvação. Quando chegou à praia, ainda ofegante, gracejou: «Ó Pascoaes, olha como eu ia morrendo sem acabar de ler o "D. Pedro e Dona Inês" do Antero de Figueiredo!» in Fotobiografia "Na sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos.
https://alpha.sib.uc.pt/?q=content/o-teatro-po%C3%A9tico-de-ra%C3%BAl-brand%C3%A3o-teixeira-de-pascoais-e-ant%C3%B3nio-patr%C3%ADcio-o-teatro-de-1890-19
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