"Natal triste
Está frio neste Natal
Não se vêm pessoas
Os corações estão dilacerados
Humanos seres são rochas
Olhos abertos estão fechados
Apagadas todas as tochas
Não se vislumbra qualquer chama
Seres vivos que estão mortos
Só pode viver quem ama
A esperança não vive de fogachos
Verdade é querer ser Tudo
Até o mar se alimenta de riachos
Calados silêncios ruidosos
São verdade na mentira
De quem não intenta o Infinito
Uma força que não tem guarida
Desespero da impotência
De uma vida não vivida
Natal que não tem clemência
Da nossa presença perdida..."
(Helder Barros, 21-12-2014)
Rui Veloso - "Presépio de lata"
"Presépio De Lata
Rui Veloso
Três estrelas de alumínio
A luzir num céu de querosene
Um bêbedo julgando-se césar
Faz um discurso solene
Sombras chinesas nas ruas
Esmeram-se aranhas nas teias
Impacientam-se gazuas
Corre o cavalo nas veias
Há uma luz branca na barraca
Lá dentro uma sagrada família
À porta um velho pneu com terra
Onde cresce uma buganvília
É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,
Oiçam um choro de criança
Será branca negra ou mulata
Toquem as trompas da esperança
E assentem bem qual a data
A lua leva a boa nova
Aos arrabaldes mais distantes
Avisa os pastores sem tecto
Tristes reis magos errantes
E vem um sol de chapa fina
Subindo a anunciar o dia
Dois anjinhos de cartolina
Vão cantando aleluia
É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,
Nasceu enfim o menino
Foi posto aqui à falsa fé
A mãe deixou-o sozinho
E o pai não se sabe quem é
É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells"
Está frio neste Natal
Não se vêm pessoas
Os corações estão dilacerados
Humanos seres são rochas
Olhos abertos estão fechados
Apagadas todas as tochas
Não se vislumbra qualquer chama
Seres vivos que estão mortos
Só pode viver quem ama
A esperança não vive de fogachos
Verdade é querer ser Tudo
Até o mar se alimenta de riachos
Calados silêncios ruidosos
São verdade na mentira
De quem não intenta o Infinito
Uma força que não tem guarida
Desespero da impotência
De uma vida não vivida
Natal que não tem clemência
Da nossa presença perdida..."
(Helder Barros, 21-12-2014)
Rui Veloso - "Presépio de lata"
"Presépio De Lata
Rui Veloso
Três estrelas de alumínio
A luzir num céu de querosene
Um bêbedo julgando-se césar
Faz um discurso solene
Sombras chinesas nas ruas
Esmeram-se aranhas nas teias
Impacientam-se gazuas
Corre o cavalo nas veias
Há uma luz branca na barraca
Lá dentro uma sagrada família
À porta um velho pneu com terra
Onde cresce uma buganvília
É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,
Oiçam um choro de criança
Será branca negra ou mulata
Toquem as trompas da esperança
E assentem bem qual a data
A lua leva a boa nova
Aos arrabaldes mais distantes
Avisa os pastores sem tecto
Tristes reis magos errantes
E vem um sol de chapa fina
Subindo a anunciar o dia
Dois anjinhos de cartolina
Vão cantando aleluia
É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells,
Nasceu enfim o menino
Foi posto aqui à falsa fé
A mãe deixou-o sozinho
E o pai não se sabe quem é
É o presépio de lata
Jingle bells, jingle bells"
Sem comentários:
Enviar um comentário