"MARGENS DA VIDA
Fui vê-la,
Nas margens de um rio,
E levava comigo palavras de sol,
Para cobrir
O frio
Do seu destino.
Estava despida,
Resignada,
E lamentava à corrente,
As suas folhas caídas,
Já quietas e molhadas.
Mas de repente,
Daquele outono sentido,
E de um sol proibido,
Fez-se a árvore da vida,
Porque um dia será primavera,
E as suas folhas serão mais verdes do que a esperança,
E agitadas,
Ao vento meigo e quente,
De um abril qualquer."
Eugénio Mourão.
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