19/02/13

Liga dos Campeões - F.C. do Porto 1 vs Málaga CF 0 - Dragões liderados por João Moutinho, revelaram um domínio avassalador sob espanhóis aturdidos pela força destes Dragões!

«O GOLO AO FUNDO DO TÚNEL

Um golo de vantagem, para a exibição, é escasso, mas poderá ser diferença de sobra para a eliminatória. No Dragão, onde só Moutinho marcou e o FC Porto justificou um desfecho mais amplo, o campeão português deu por si a jogar "sozinho". Mas, no "La Rosaleda", o Málaga será forçado a ir a jogo, depois de o caminho para os "quartos" da Champions ter sido aberto com um túnel. Subtil.

Colar o rótulo de "sentido único" ao jogo não é difícil. Pega sem esforço, com a facilidade expressa estatisticamente. O Málaga fez um único remate em 90 minutos, o que diz quase tudo do desempenho ofensivo da equipa andaluz e, mais do que isso, da abordagem ao encontro de Manuel Pellegrini, o seu técnico chileno, que terá reservado todos os segredos e trunfos para a segunda mão.

Há, no entanto, outras formas possíveis e plausíveis de explicar o nulo ao intervalo, que ultrapassam as razões da propensão defensiva da equipa com menos golos sofridos do campeonato espanhol. Perceber o que fez o FC Porto durante os 64 por cento do tempo em que teve a bola é um bom começo. Jogou incomparavelmente mais e melhor, mas sem provocar os desequilíbrios profundos de que nascem os golos.

Um metro, um deslize literal ou uma má opção entre o momento do passe e do remate afastavam os Dragões da vantagem. A Willy, o guarda-redes do Málaga, bastou estar atento. Até ao momento em que assistir foi tudo o que pôde fazer. Aos 56 minutos, viu, de local privilegiado, a bola passar-lhe entre as pernas, num ataque relâmpago em que João Moutinho desviou, com subtileza, um cruzamento de Alex Sandro. E dispensou-se de confirmar o desenlace, porque já não restava obstáculo ou imponderável que pudesse evitar o golo.

O jogo tinha, então, tudo para assumir outra configuração, ganhando com ela um interesse renovado. Mas não. O Málaga não quis, recusou-se. À excepção do resultado, continuou tudo igual, só com uma das partes intervenientes a… intervir. Mais velocidade e mais cruzamentos e (por vezes, também) mais lateralizações não resultaram na vantagem que o FC Porto merecia. Porque no Porto, de volta à cidade onde tinha sofrido, até então, a sua única derrota europeia, o Málaga não veio a jogo. Fá-lo-á, forçosamente, na segunda mão. Como em 2003, frente ao Boavista, voltou a perder por 1-0.

FICHA DE JOGO

FC Porto-Málaga CF, 1-0
Liga dos Campeões, oitavos-de-final, primeira mão
19 de Fevereiro de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 42.209 espectadores

Árbitro: Mark Clattenburg (Inglaterra)
Assistentes: Simon Beck e Stuart Burt
Quarto árbitro: Simon Long
Assistentes adicionais: Lee Probert e Mike Dean

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Lucho (cap.) e João Moutinho; Varela, Jackson e Izmaylov
Substituições: Varela por James (58m), Izmaylov por Atsu (70m) e Lucho por Castro (90m+1)
Não utilizados: Fabiano, Maicon, Liedson e Sebá
Treinador: Vítor Pereira

MÁLAGA CF: Willy; Sergio Sánchez, Demichelis, Weligton (cap) e Antunes; Iturra e Toulalan; Joaquín, Júlio Baptista e Isco; Santa Cruz
Substituições: Joaquín por Portillo (63m), Júlio Baptista por Piazón (78m) e Iturra por Camacho (78m)
Não utilizados: Kameni, Lugano, Saviola e Duda
Treinador: Manuel Pellegrini

Ao intervalo: 0-0
Marcador: João Moutinho (56m)
Cartão amarelo: Iturra (75m).» in http://www.fcporto.pt/Noticias/Futebol/noticiafutebol_futfcpmalagacro_190213_73885.asp



(2013.02.19 (19h45) - FC Porto 1-0 Malaga)

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