«Autarca de Amarante exigirá a Governo devolução de 750 mil euros se novo hospital não corresponder ao acordado
O presidente da Câmara de Amarante, Armindo Abreu, garantiu hoje que se a programação funcional do novo hospital não for cumprida a autarquia exigirá ao Governo a devolução dos 750 mil euros investidos pelo município.
"Se esses acordos não forem cumpridos, evidentemente que o mínimo de decência obriga a que o Estado pague ao município o terreno e os acessos", afirmou.
Armindo Abreu (PS) referia-se à reprogramação funcional do hospital de Amarante acordada em 2006 entre a autarquia e o então ministro da Saúde, Correia de Campos.
Nesse acordo, o ministério comprometia-se a construir uma nova unidade hospitalar de proximidade, com hospital de dia e cirurgia de ambulatório, num investimento de cerca de 40 milhões de euros. Em contrapartida, a autarquia aceitava disponibilizar o terreno e assumir a construção dos acessos, num investimento de cerca de 750 mil euros.
O autarca reafirma a exigência de que o novo hospital tenha uma urgência básica, com apoio médico-cirúrgico até às 22:00, conforme ficou acordado com o ministério liderado por Correia de Campos.
Contudo, a atual administração tem reafirmado que o novo hospital terá apenas uma urgência básica.
"A política de saúde é definida pelo Governo. Se não cumprir os acordos estabelecidos, o esforço que a autarquia fez para ter o hospital tem de ser compensado", insistiu o edil.
No final de maio, foi anunciada a abertura da nova unidade hospitalar, mas apenas com hospital de dia e consulta externa de psiquiatria.
À Lusa, Armindo Abreu admitiu estar descontente com a evolução do processo, nomeadamente o facto de o hospital ter sido concluído com mais de um ano de atraso face à programação inicial.
"Isto está a passo de caracol e não vejo grande vontade de que a coisa evolua favoravelmente", observou.
O edil também não esconde o incómodo de ter tomado conhecimento, pela administração, de que não foi ainda adquirido o equipamento para o funcionamento da maioria das valências, nomeadamente as cirurgias de ambulatório.
"A administração diz-me que o orçamento do centro hospitalar para este ano ainda não está aprovado e que falta isso para continuar a equipar o hospital de Amarante", revelou o edil, acrescentando:
"O hospital está construído, mas ainda não está equipado".
Armindo Abreu espera que a administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa tenha condições para, até setembro, ter operacional a totalidade das valências do novo hospital de Amarante.
No entanto, o autarca insiste que, apesar de oficialmente o hospital já ter sido aberto, a administração "não sabe ainda com que dinheiro é que conta para poder equipar o hospital".
Armindo Abreu lembra, por outro lado, que pediu uma audiência com o secretário de Estado da Saúde, em abril, e que ainda nem sequer recebeu uma resposta. O autarca lamentou também que o novo presidente da ARS-N não tenha ainda apresentado cumprimentos ao município de Amarante.
"Isto é um desprezo absoluto pelos poderes autárquicos com quem se diz que se quer cooperar", concluiu.» in http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=560430&tm=8&layout=121&visual=49
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Muito bem Dr. Armindo Abreu, Amarante tem que estar em primeiro lugar, é que para confiar no poder central, já bastou acreditar na boa fé da Dra. Ana Paula Vitorino que mandou levantar os carris da linha do Tâmega, que o sucateiro de Ovar levou... e depois ficar à espera das obras da requalificação da linha até hoje... Amarante deve estar sempre em primeiro lugar da política autárquica, seja qual for a cor que nos governa...
(Hospital S. Gonçalo)
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