09/03/12

Política Educativa - O ministro da Educação acaba de demitir a administração da Parque Escolar, liderada por João Sintra Nunes!

Crato demite administração da Parque Escolar (Sol)


«Crato demite administração da Parque Escolar


O ministro da Educação acaba de demitir a administração da Parque Escolar, liderada por João Sintra Nunes. A decisão surgiu no dia em que o SOL noticiou que a empresa está a ser investigada pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP).


A semana ficou marcada por uma guerra de números entre Nuno Crato e a Parque Escolar. Crato foi ao Parlamento explicar que as obras da empresa tinham tido uma derrapagem de 400% em relação ao custo médio por escola inicialmente estimado. A empresa reagiu com um comunicado que acusava as notícias feitas acerca das declarações do ministro de serem um ataque ao «seu bom nome, e a honra e reputação dos seus dirigentes e colaboradores».


O gabinete de Nuno Crato não deixou sem resposta os números avançados pela administração da empresa pública e enviou às redacções um comunicado lembrando que «aquando da apresentação pública do Programa de Modernização da rede escolar, a 19/03/2007, foi referida pela empresa Parque Escolar a intervenção em 332 escolas, pelo valor total de 940 M€», mas que em 2011 se percebeu que as obras em apenas 205 escolas tinham custado de 3,168 milhões de euros.


Ou seja, o custo médio estimado por obra em 2007 era de 2,82 milhões de euros. Mas no ano passado constatou-se que o valor médio gasto em cada escola tinha sido de 15,45 milhões de euros.


Esta sexta-feira, o SOL avançou que o DIAP de Lisboa abriu um inquérito à Parque Escolar, depois de uma auditoria da Inspecção-Geral de Finanças ter revelado várias irregularidades.


Segundo o relatório a que o SOL teve acesso, existem suspeitas de que a fiscalização de algumas obras tenha sido feita com base em documentos falsificados, tendo sido pagos alguns trabalhos que não foram realizados.


Mas há outras decisões da administração liderada por Sintra Nunes, que estão a ser investigadas no inquérito. Entre elas está a má planificação das obras e o desvio financeiro que se verificou em relação ao plano inicial.


Entretanto, o Tribunal de Contas está a realizar também uma auditoria à empresa criada pelo Governo de José Sócrates, que se encontra em fase de contraditório.


margarida.davim@sol.pt» in http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=43627





«Parque Escolar: Inspecção de Finanças critica escolha de materiais de luxo

Mobiliários de luxo, materiais de construção excessivamente caros, deficiente funcionamento dos equipamentos de clilmatização instalados e desperdício energético – são queixas conhecidas de alunos e professores das escolas modernizadas pela Parque Escolar. A censura sai agora reforçada com conclusões idênticas da auditoria da Inspecção-Geral de Finanças (IGF).


Só nas chamadas instalações especiais (equipamentos eléctricos, climatização, gás e água), a Parque Escolar já gastou mais de 325 milhões de euros. Este valor representa 27% do custo total (1,1 mil milhões de euros) da 3.ª fase do Programa de Modernização das Escolas do Ensino Secundário.

Parte desse valor explica-se, segundo os auditores, «por terem sido utilizadas algumas soluções com custo ou qualidade excessivos ao nível das instalações especiais».

A aplicação de iluminação decorativa, a utilização exagerada de equipamentos de halogéneo, a duplicação dos sistemas móveis de audiovisuais, o uso massivo de estores eléctricos (que nem sempre funcionam), a iluminação de parede quando já existe no tecto, são alguns dos muitos exemplos de desperdício dados pela IGF.

Rega em espaços sem jardim

Tal como o SOL já noticiou, foram instalados sistemas de rega em espaços que não têm jardins ou quadros electrónicos que não podem ser usados por falta de canetas especiais. Na Secundária de Pombal, por outro lado, foi construída uma biblioteca com um pé-direito de dois andares para colocar estantes que, por lei, não podem ter mais de dois metros.

Já na Escola Secundária de Tomar, foram instalados 12 candeeiros do arquitecto Siza Vieira – que custaram 20 mil euros –, pelo simples facto de constarem no projecto de arquitectura. Apesar desse artigo de luxo, os responsáveis pela gestão explicaram ao SOL, em Outubro, que não tinham dinheiro para pagar a conta da electricidade – problema que se multiplica um pouco por todo o país.

Os auditores constataram também nas visitas que realizaram às escolas já modernizadas que, tal como os alunos e professores referiram em diversas reportagens publicadas no SOL, existe «uma excessiva dependência de sistemas de ventilação mecânicos», por deficiente ventilação natural. Isso faz com que existam muitas queixas sobre a temperatura das salas, que são geladas no Inverno e um ‘forno’ no Verão.

luis.rosa@sol.pt
margarida.davim@sol.pt» in 
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=43625




(Custo estimado de cada obra da Parque Escolar subiu mais de 400% em cinco anos, diz ministro)




(Obras do Parque Escolar custaram mais cinco vezes que o orçamentado)

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