"O Diabo tem cornos?
Ele nunca foi casado.
Usa forquilha?
Ele nunca trabalhou.
Diabo e Ana Pandilha tramaram abrupto filhote que não tinha coração.
Disto, Dom Diabo interpela bom Deus:
Vais mesmo deixar nosso filhote vir a mundos sem coração?
Desliga o bom Deus, sem retorquir.
Nasce, e cresce, e se faz algo o cornudo cachopo descorçoado.
Num baque dos Seus, bom Deus ao estranho petiz vai notificar:
Rabino Moço, sabes, dentre sideral espaço que com bondade administro,
dum astro chamado Terra? Queres tu ir pra lá?
Promete portares-te bem e cuidares vidinha.
Prometo, prometo, corresponde à prédica o enfeitado rebento.
De quejando trato resultou
aqui cair o famoso Filho do Diabo.
A que chegou a sinistra criaturinha das trevas?
A dar-se à singular empresa
de gerir um porco tasco
numa frequentada esquina."
(Ângelo Ochôa, Poeta)
(Historieta do filho do Diabo e de Ana Pandilha re-contada p'lo Ochôa, Ângelo)
...amigo, confesso o meu cansaço a esta hora já tardia. estou reconhecido desde há muito ao amigo por se prestar a fazer eco de meus pobres poemas. daqui lhe deixo bem sincero o meu abraço, extensivo a seus todos familiares. boa noite haja. até amanhã.
ResponderEliminarVale, Amigo Poeta, Ochôa!
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