«Brasil: Descendente de D. Pedro mostra imagens inéditas da família real
27 de Fevereiro de 2011, 11:20
Um acervo guardado pelo tetraneto do imperador D. Pedro I, revela pela primeira vez numa exposição fotos da vida privada da família real no período de exílio e factos marcantes da história brasileira.
Um conjunto de 150 fotos que ficaram guardadas durante anos pelo herdeiro da família real, o príncipe D. João de Orleans e Bragança, 56 anos, mais conhecido como D. Joãozinho, foi tornado público pela primeira vez na exposição ‘Retratos do Império e do exílio’ no Instituto Moreira Salles, inaugurada no dia 22 no Rio de Janeiro.
“Antes essas fotos estavam comigo na minha casa. Quando a família real foi para o exílio na França, D. Pedro II deixou 25 mil fotos para a Biblioteca Nacional, mas guardou com ele as fotos de família”, disse à Lusa D. João, um dos organizadores da exposição.
O acervo que o príncipe herdou e confiou em 2009, em regime de comodato, ao Instituto Moreira Salles para que fosse preservado e restaurado, soma quase 800 imagens de cerca de 80 fotógrafos.
Segundo o descendente real, este é um registo da rotina e do quotidiano sob um ângulo que pouco se conhece da família imperial.
“Tem uma característica de fotos mais de família, de pessoas, de momentos mais descontraídos. Eu tinha isso em casa como foto de família mesmo. Esta é a primeira vez que estão a ser expostas dessa forma”, contou.
Compõem a exposição retratos da família imperial brasileira ainda inéditos como do período do exílio após a proclamação da República (1889), além de importantes imagens associadas a eventos que marcaram o império, como as comemorações do fim da guerra do Paraguai e a abolição da escravatura.
Para D. João, há uma falta de conhecimento do período do fim do Império e começo da República no Brasil (1889) para quem as fotos tentam resgatar esse passado desconhecido para muitos.
“D. Pedro II foi imperador do Brasil durante 49 anos e a Princesa Isabel foi princesa regente e a primeira chefe de Estado mulher das Américas. Ela assinou a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei Áurea (1888) porque D. Pedro II estava a viajar naquele momento. E a família ainda viveu 33 anos de exílio na França, foi o maior tempo de exílio da história política brasileira”, afirmou D. João.
Os fotógrafos como Marc Ferrez e Revert Henry Klumb – professor de fotografia das princesas Isabel e Leopoldina – “gozaram da informalidade da família imperial para tirar retratos ímpares dentro da aristocracia do século XIX”, definiu o especialista em fotografia Pedro Vasquez.
Tanto Ferrez como Klumb mantiveram uma relação próxima com a família imperial e fotografaram momentos de privacidade no interior dos palácios, registando imagens menos formais e sem pose.
Também estão na mostra imagens de fotógrafos como Alberto Henschel, Joaquim Insley Pacheco, Luiz Terragno e Otto Hess.
“D. Pedro II foi o primeiro fotógrafo de origem brasileira e um dos primeiros colecionadores de fotos do mundo a reunir sistematicamente fotografias. Já a princesa Isabel era vista sempre como uma princesa carinhosa com as crianças”, contou Vasquez.
Aos 56 anos, o republicano João de Orleans e Bragança divide seu tempo entre o Rio de Janeiro e Paraty. É empresário e, nos momentos livres também fotógrafo e surfista, atua como articulador na coordenação de projetos ambientais.
Na maior tragédia do Brasil que ocorreu em janeiro na Região Serrana do Rio, onde morreram pelo menos mil pessoas, João, como prefere ser chamado, cancelou os seus compromissos para se dedicar à ajuda humanitária.» in http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1132981.html
27 de Fevereiro de 2011, 11:20
Um acervo guardado pelo tetraneto do imperador D. Pedro I, revela pela primeira vez numa exposição fotos da vida privada da família real no período de exílio e factos marcantes da história brasileira.
Um conjunto de 150 fotos que ficaram guardadas durante anos pelo herdeiro da família real, o príncipe D. João de Orleans e Bragança, 56 anos, mais conhecido como D. Joãozinho, foi tornado público pela primeira vez na exposição ‘Retratos do Império e do exílio’ no Instituto Moreira Salles, inaugurada no dia 22 no Rio de Janeiro.
“Antes essas fotos estavam comigo na minha casa. Quando a família real foi para o exílio na França, D. Pedro II deixou 25 mil fotos para a Biblioteca Nacional, mas guardou com ele as fotos de família”, disse à Lusa D. João, um dos organizadores da exposição.
O acervo que o príncipe herdou e confiou em 2009, em regime de comodato, ao Instituto Moreira Salles para que fosse preservado e restaurado, soma quase 800 imagens de cerca de 80 fotógrafos.
Segundo o descendente real, este é um registo da rotina e do quotidiano sob um ângulo que pouco se conhece da família imperial.
“Tem uma característica de fotos mais de família, de pessoas, de momentos mais descontraídos. Eu tinha isso em casa como foto de família mesmo. Esta é a primeira vez que estão a ser expostas dessa forma”, contou.
Compõem a exposição retratos da família imperial brasileira ainda inéditos como do período do exílio após a proclamação da República (1889), além de importantes imagens associadas a eventos que marcaram o império, como as comemorações do fim da guerra do Paraguai e a abolição da escravatura.
Para D. João, há uma falta de conhecimento do período do fim do Império e começo da República no Brasil (1889) para quem as fotos tentam resgatar esse passado desconhecido para muitos.
“D. Pedro II foi imperador do Brasil durante 49 anos e a Princesa Isabel foi princesa regente e a primeira chefe de Estado mulher das Américas. Ela assinou a Lei do Ventre Livre (1871) e a Lei Áurea (1888) porque D. Pedro II estava a viajar naquele momento. E a família ainda viveu 33 anos de exílio na França, foi o maior tempo de exílio da história política brasileira”, afirmou D. João.
Os fotógrafos como Marc Ferrez e Revert Henry Klumb – professor de fotografia das princesas Isabel e Leopoldina – “gozaram da informalidade da família imperial para tirar retratos ímpares dentro da aristocracia do século XIX”, definiu o especialista em fotografia Pedro Vasquez.
Tanto Ferrez como Klumb mantiveram uma relação próxima com a família imperial e fotografaram momentos de privacidade no interior dos palácios, registando imagens menos formais e sem pose.
Também estão na mostra imagens de fotógrafos como Alberto Henschel, Joaquim Insley Pacheco, Luiz Terragno e Otto Hess.
“D. Pedro II foi o primeiro fotógrafo de origem brasileira e um dos primeiros colecionadores de fotos do mundo a reunir sistematicamente fotografias. Já a princesa Isabel era vista sempre como uma princesa carinhosa com as crianças”, contou Vasquez.
Aos 56 anos, o republicano João de Orleans e Bragança divide seu tempo entre o Rio de Janeiro e Paraty. É empresário e, nos momentos livres também fotógrafo e surfista, atua como articulador na coordenação de projetos ambientais.
Na maior tragédia do Brasil que ocorreu em janeiro na Região Serrana do Rio, onde morreram pelo menos mil pessoas, João, como prefere ser chamado, cancelou os seus compromissos para se dedicar à ajuda humanitária.» in http://noticias.sapo.pt/info/artigo/1132981.html
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