«Há um ano que José Sócrates ganhou as eleições a Manuela Ferreira Leite. Ganhou porque os portugueses preferiram o que ele lhes dizia ao que ela dizia. Ganhou porque os portugueses preferiram o status quo socialista ao temor das mudanças e da austeridade que então o PSD oferecia. Ganhou porque os portugueses preferiram a exuberância de plástico do engenheiro à severidade magoada da economista. Ganhou porque dizia que iria haver dinheiro para tudo e a sua contraparte dizia que não havia dinheiro para nada. Ganhou porque prometeu dinheiro aos bebés, medicamentos gratuitos aos velhos, subsídios para os desempregados, muitas obras públicas para as empresas e os bancos, e não aumentar os impostos. Ganhou porque os interesses estavam com a situação dentro do PS e com a oposição dentro do PSD. Ganhou porque tinha consigo a comunicação social, nalguns casos por simpatia genuína com a esquerda e o PS, em muitos casos por antipatia genuína com Manuela Ferreira Leite. Ganhou porque existiram e existem mecanismos de controlo e manipulação, operações de desinformação, intervenção escondida na comunicação social, na margem da lei ou mesmo na ilegalidade. Ganhou porque do ponto de vista da eficácia política o PS fez tudo certo e o PSD fez muito de errado. Ganhou porque Sócrates mentiu sobre Portugal e os portugueses todos os dias da campanha eleitoral e porque Manuel Ferreira Leite disse a verdade.Depois de ganhar seguiu-se um ano desastroso para a mentira, sem ser um ano bom para a verdade. É por isso que estamos como estamos.» in http://abrupto.blogspot.com/
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Brilhante esta análise realizada pelo Dr. Pacheco Pereira, que de uma forma sumária e clara, traduz a MENTIRA OBSESSIVA que se consubstancia na governação xuxalista de Sócrates e seus compadres, com a conivência da comunicação social e dos fabricadores de opinião, que obedecem a todos os dislates de uma governação à vista, caótica, que substima as consequências dos seus actos e que se diz de esquerda...
Olha, Amigo, desde os tempos da jacobina e sanguinária República, que agora comemoramos, e que -- como Pulido Valente nos fez ver -- tudo tentou para acabar com o catolicismo em Terra de Santa Maria que vem vingando uma nefasta ideia de que verdade é esquerda e mentira direita. E estamos assim. Repetidas vezes acusado de catastrofismo, Pacheco Pereira, que sempre acompanhei, alertou para o abismo em que estávamos, mas que coloriam de falso arco-iris os socráticos e quejandos. Manuela Ferreira Leite em quem votei e publicamente por vez primeira o disse era a austeridade da seriedade incómoda da verdade. Não quiseram dar-lhe ouvidos e preferiram deslumbrarem-se falsamente com quimeras, e agora temos o que temos, e vai se tornando cada vez mais tarde para arrepiar caminho… E, verdade final, psd está agora bem mais in-autêntico do que com Ferreira Leite. Para não dizer outra palavra. Há muito há que como Herculano passe a enormidade da comparação me revejo em Vale de Lobos. Lobos vorazes estes que se aperram contra nós e o interesse bem superior de um povo todo que somos isto.
ResponderEliminarOchoa.
Que te abraça, Hélder.
Amigo Poeta, Ângelo Ôchoa:
ResponderEliminarA verdade parece não interessar aos portugueses, que preferem os malabaristas da mentira, que vendem ilusões e escondem em vão, a cruel realidade...
Abraço,
Helder Barros