FC Porto venceu o Valongo por 5-4 num encontro muito emotivo e polémico.
O FC Porto chegou ao intervalo da 16.ª jornada do campeonato nacional a vencer por 2-0 com um jogo disputado em condições normais. Os azuis e brancos chegaram ao final do mesmo encontro a vencer por 5-4 após uma segunda parte muito polémica, em que só a imensa qualidade do plantel azul e branco conseguiu inverter alguns critérios extraordinários. Gonçalo Alves foi o protagonista, pela positiva, da partida ao assinar um hat-trick.
O Valongo entrou destemido no clássico e até teve a primeira oportunidade para inaugurar o marcador – Gonçalo Alves foi punido com cartão azul por uma falta sobre Diogo Abreu e os forasteiros dispuseram de um livre direto –, mas Facundo Navarro não acertou na baliza.
Em power play durante dois minutos, os quintos classificados do campeonato pressionaram o FC Porto, mas não tiveram sucesso e acabaram mesmo por sofrer. Aos sete minutos, Rafa foi expedito após um remate de Carlo Di Benedetto e aproveitou para fazer o primeiro da partida. À procura de empatar, o Valongo voltou à carga e Xavi Malián assumiu importância redobrada ao defender três remates que levavam perigo para os azuis e brancos.
Aos 15 minutos, os campeões nacionais voltaram a castigar a ineficácia adversária e aumentaram a diferença no jogo por Roc Pujadas. O espanhol recebeu à esquerda e disferiu um autêntico tiro que não deu hipótese a Alejandro Edo (2-0). Assim recolheram as equipas aos balneários.
O início da etapa complementar trouxe muita polémica e emoção à mistura. Logo no primeiro minuto de jogo, Carlo Di Benedetto foi punido com um cartão azul e Diogo Abreu foi chamado a bater o livre direto, que Xavi Malián até defendeu numa primeira instância, mas a equipa de arbitragem mandou repetir a marcação da falta com o argumento de que o guardião portista se havia mexido antes de o poder fazer.
Para a repetição do lance, Xavi Malián encaminhava-se para o banco para trocar com Tiago Rodrigues, mas novamente a dupla de árbitros considerou que o 82 havia entrado dentro de campo antes de o 1 sair e, por isso, mostrou o cartão azul a Rodrigues. Malián voltou para entre os postes, defendeu de forma magnífica com a máscara o remate valonguense, o pavilhão entrou em ebulição, mas de imediato as atenções centraram-se no banco portista, de que se acercou um dos juízes para expulsar Carlos Monteiro, mecânico azul e branco.
A jogar com menos um elemento, os pupilos de Ricardo Ares viram o Valongo reduzir por Rafael Bessa (27m), mas nem assim a igualdade numérica ficou reposta devido às exclusões acumuladas. Neste cenário, os forasteiros empataram mesmo a partida por Miguel Moura (32m), mas apenas por breves segundos, já que Gonçalo Alves nem deixou o adversário respirar e escassos segundos depois devolveu a vantagem ao FC Porto.
Quatro minutos depois, Rui Leitão e Fernando Vasconcelos voltaram a ser protagonistas pelos piores motivos. Após Rafa perder o esférico, Facundo Bridge, desequilibrado e em contacto com o chão, prosseguiu com a bola – segundo as leis, os atletas não podem tocar na bola enquanto estão em contacto com o solo – e, na sequência da jogada Miguel Moura tornou a igualar o embate (3-3). Após um momento de conferência, em que todos os presentes pensavam que a dupla de arbitragem iria anular o golo ilegal, eis que o mesmo foi validado.
Nem todos esses fatores extraordinários impediram os campeoníssimos do hóquei em patins de lutarem por mais três pontos. Aos 40 minutos, Miguel Moura rasteirou Roc Pujadas na área com o stick e foi assinalada grande penalidade. Na conversão, após uma primeira tentativa em que Alejandro Edo se moveu antes do regulamentado, Gonçalo Alves bisou (4-3).
A menos de três minutos do final, o Valongo cometeu a décima falta e Gonçalo Alves, chamado a converter o livre direto, colocou a bola por baixo das pernas do guardião oponente e festejou o hat-trick no encontro. Quando se pensava que o destino do encontro poderia estar fechado, Diogo Abreu reduziu (5-4) com um remate forte e muito colocado. A incerteza pairou até ao soar da buzina, mas os três pontos ficaram mesmo no Dragão.
“Na primeira parte, merecíamos que o marcador estivesse mais avultado. A segunda parte foi muito esquisita, nunca tinha estado durante nove minutos com menos um, sabemos o que aconteceu e no que temos de melhorar, mas a equipa reagiu bem nos momentos complicados. O Valongo está a fazer uma grande época, é um grande adversário. Sabemos para onde temos de ir, hoje foi mais uma confirmação disso, e por isso vamos trabalhar. O foco desta equipa e do clube é ganhar títulos. As vitórias são importantes, mas em fevereiro não se ganham títulos. Temos muito claro o que temos de fazer e onde queremos chegar”, disse Ricardo Ares no final do embate.
Na próxima quinta-feira, o FC Porto desloca-se à Catalunha para defrontar o Noia na segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões (20h00, FC Porto TV).
FICHA DE JOGO
FC PORTO-VALONGO, 5-4
Campeonato Nacional, 16.ª jornada
4 de fevereiro de 2023
Dragão Arena
Árbitros: Rui Leitão e Fernando Vasconcelos
FC PORTO: Xavier Malián (g.r.), Xavier Barroso, Rafa (cap.), Gonçalo Alves e Carlo Di Benedetto
Suplentes: Tiago Rodrigues (g.r.), Telmo Pinto, Ezequiel Mena, Diogo Barata e Roc Pujadas
Treinador: Ricardo Ares
VALONGO: Alejandro Edo (g.r.), Rafael Bessa, Nuno Santos (cap.), Facundo Navarro e Diogo Abreu
Suplentes: Gonçalo Bento (g.r.), Vítor Oliveira, Miguel Moura, Francisco Silva e Facundo Bridge
Treinador: Edo Bosch
Ao intervalo: 2-0
Marcadores: Rafa (7m), Roc Pujadas (15m), Rafael Bessa (27m), Miguel Moura (32m e 36m), Gonçalo Alves (32m, 40m e 47m) e Diogo Abreu (47m)» in https://www.fcporto.pt/pt/noticias/20230204-pt-qualidade-que-chegue-para-contrariar-tanta-anormalidade
Sem comentários:
Enviar um comentário