«SEXTA A FUNDO PARA O PRIMEIRO LUGAR
Goleada sobre o Tondela (4-0) na jornada 22 da Liga NOS. Marcaram Soares, André Silva, Rúben Neves e Diogo Jota.
O comando da Liga NOS voltou a mudar do dono, como tem sido tradição nestas últimas semanas. Volta a estar nas mãos do FC Porto depois de ter somado, frente ao Tondela, a sexta vitória consecutiva no campeonato (4-0), que assim se torna a sequência mais positiva da época. E no topo da tabela mantém-se a espécie de pressão pingue-pongue que se tem vivido desde os inícios deste fevereiro, e que agora está do lado do segundo classificado, o Benfica, que no domingo, em casa do Sporting de Braga, tentará anular a desvantagem de dois pontos para os azuis e brancos.
A jornada 22 da Liga inaugurou-se na noite desta sexta-feira no Estádio do Dragão, em casa de uma equipa que já não perde há 18 jogos, há quase meio ano e que lidera a lista de invencibilidade entre as dez ligas mais cotadas no ranking da UEFA. E de uma equipa que em campo se apresenta cada vez mais versátil, como disse Nuno Espírito Santo na antevisão do jogo. O treinador voltou a mexer em três peças do xadrez e fez regressar à titularidade Rúben Neves, Corona e ainda Otávio, o que significou a aposta num 4-4-2 clássico.
Tal como já tinha acontecido no clássico frente ao Sporting e em Guimarães, frente ao Vitória, o FC Porto entrou em campo forte e pressionante, tentando aproximar-se das zonas de finalização através de transições rápidas e aproveitar os momentos de desorganização do adversário. Aos quatro minutos já espreitava o golo - um cabeceamento de Soares só não teve êxito, porque Cláudio Ramos, com uma boa defesa, não o permitiu. Mais tarde, voltou a ameaçar novamente o golo: primeiro, num lance de insistência de André Silva ao qual Soares não conseguiu dar o melhor seguimento; depois, num remate de Otávio que o guarda-redes tondelense defendeu com uma grande defesa para canto.
Foram 15 minutos muito intensos dos azuis e brancos que colocaram dificuldades ao Tondela, que depressa se recompôs, apresentou com um bloco subido e compacto que procurava condicionar as perigosas combinações portistas e com dois homens velozes na frente, que ensaiaram algumas incursões perigosas à baliza do FC Porto. Na mais perigosa, Casillas, que aqui cumpria o jogo número 70 com a camisola azul e branca, não permitiu que Heliardo festejasse (41m). Quem festejou, dois minutos depois, foi André Silva na conversão de uma grande penalidade a castigar uma falta sobre Soares, o que permitiu ao internacional português assinar o 13.º golo no campeonato, o 18.º desta temporada.
Os instantes finais da primeira parte, aliás, foram fatais para o Tondela, que se viu reduzido a dez jogadores após Osório receber o segundo cartão amarelo e o consequente vermelho. Os primeiros minutos da segunda também. O FC Porto entrou a todo o gás em busca de um conforto maior no resultado, que podia ter se Soares e depois André Silva tivessem tido mais pontaria na hora do remate ou se Cláudio Ramos não tivesse numa noite inspirada e voltasse a negar, de novo, o golo ao avançado brasileiro.
O 2-0 parecia iminente e chegou mesmo no lance seguinte com uma bomba monumental do capitão Rúben Neves que fez levantar da cadeira os mais de 35 mil espetadores presentes no Estádio do Dragão – o médio tem uma apetência especial para os golos bonitos, como o último que marcou, em Coimbra, frente à Académica, na época passada. O Tondela sentia muitas dificuldades em organizar-se em inferioridade numérica e concedia espaços que os portistas aproveitaram da melhor forma para alargar a vantagem. O culpado foi o inevitável Soares que, servido por Otávio, atirou em arco para fora do alcance de Cláudio Ramos – foi o quarto golo de “Tiquinho” nos três jogos que realizou ao serviço do FC Porto.
Estava cumprida uma hora de jogo, os três pontos estavam praticamente garantidos e Nuno começou a refrescar a equipa, até porque na quarta-feira há encontro com a Juventus no Dragão, para começar a discutir o acesso aos quartos de final da Liga dos Campeões. O treinador começou por lançar Óliver Torres e Diogo Jota, e pouco depois Layún, mas nem por isso os portistas deixaram de controlar o jogo a seu bel-prazer, acelerando-o e pausando-o nos momentos certos, e sempre com uma boa reação à perda que não permitiu qualquer possibilidade ao adversário de causar problemas à defesa que apresenta a melhor média de golos sofridos entre as principais Ligas europeias. Lá na frente, os espaços iam aparecendo na defesa do Tondela, o quarto golo foi pairando no ar, mas só surgiu no último minuto de compensação: Diogo Jota fixou o resultado final com um remate de primeira, indefensável para Cláudio Ramos.
VER FICHA DE JOGO» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/2016%20-%202017/sexta-a-fundo-para-o-primeiro-lugar-2-17-2017.aspx
(Goleada deixa o Dragão a olhar para Braga)
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