20/02/17

Arte Pintura - A autenticidade da pintura “A Rua Nova dos Mercadores”, peça central da exposição que o Museu Nacional de Arte Antiga inaugura na próxima quinta-feira, está a ser colocada em causa por dois historiadores.



«O quadro é verdadeiro ou falso? A polémica que está a preceder a nova exposição do MNAA

A autenticidade da pintura “A Rua Nova dos Mercadores”, peça central da exposição que o Museu Nacional de Arte Antiga inaugura na próxima quinta-feira, está a ser colocada em causa por dois historiadores.

O Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) inaugura na próxima quinta-feira a exposição “A Cidade Global — Lisboa no Renascimento”, uma exibição que tem como peça central a pintura “A Rua Nova dos Mercadores”, um quadro do século XVI do pintor Dante Gabriel Rossetti, que mostra uma rua renascentista que se considerou ser a Rua Nova dos Mercadores, na baixa da Lisboa manuelina.

A autenticidade do quadro é agora questionada pelos historiadores João Alves Dias e Diogo Ramada Curto, de acordo com notícia avançada pelo Expresso na sua edição deste fim de semana. João Alves Dias afirmou que se trata de “um quadro forjado no século XX a imitar o passado” e Ramada Curto escreveu num ensaio publicado na revista do semanário que a finalidade da pintura é perpetuar a ideia “patrioteira” de um Portugal neotropicalista.

A história desta pintura tinha sido contada no SAPO 24 em abril de 2016 a partir da descoberta de  duas historiadoras inglesas, Kate Lowe e Annemarie Jordan Gschwend. Foram elas que numa visita a uma mansão do século XIX, Kelmscott Manor, localizada perto de Oxford, repararam num quadro do século XVI que o pintor Dante Gabriel Rossetti teria oferecido, ou vendido, ao proprietário dessa casa, o escritor, artista e filósofo socialista William Morris.

As duas historiadoras investigaram referências, tanto em livros e documentos, e chegaram à conclusão de que se  tratava da Rua Nova dos Mercadores, na baixa da Lisboa manuelina, localizada onde agora se situa a Rua da Alfândega. A Rua Nova dos Mercadores foi destruída pelo terramoto de 1755 e o que resta hoje é a fachada manuelina da Conceição Velha, reconstruída com um interior já pombalino.» in http://24.sapo.pt/vida/artigos/o-quadro-e-verdadeiro-ou-falso-a-polemica-que-esta-a-preceder-a-nova-exposicao-do-mnaa

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