«Chineses investem na castanha portuguesa
Grupo internacional de capitais maioritariamente chineses instala-se em Vinhais, região onde se concentra a maior parte da produção portuguesa de castanha. A unidade, que cria 14 postos de trabalho, vai recolher e comercializar para o mercado europeu.
A empresa francesa Minerve, com capitais maioritariamente chineses, instalou-se em Vinhais, com o objectivo de comercializar a castanha portuguesa para o resto da Europa.
A unidade resulta da compra da Cacovin, uma empresa municipal, que foi vendida há três anos à Minerve, na altura com um accionista português, o Grupo Branco, e outro francês, que acabou por sair e deu lugar ao grupo American Lorain, com capitais maioritariamente chineses.
“O projecto que temos para Vinhais passa por desenvolver toda a área de negócio relacionada com a castanha”, diz à Renascença Filipe Pestana, representante do accionista português.
Pestana sublinha que, sendo a castanha a principal área de negócio em França, “faz todo o sentido investir, estar presente num sítio como Vinhais, onde a castanha é o principal produto”.
O negócio “abre também as portas do mercado europeu aos investidores chineses”, acrescenta.
Numa primeira fase, a unidade de Vinhais vai “satisfazer as necessidades da Minerve”. Posteriormente, é objectivo da empresa colocar o produto no território português e noutros países, como Espanha, Alemanha e Holanda, e no mercado do fresco, em França e Itália. A perspectiva de Filipe Pestana é a de a unidade de Vinhais vir a assegurar o milhão de quilos de castanha que é processado anualmente em França.
A unidade de Vinhais vai criar 14 postos de trabalho e, no próximo ano, deve começar também a trabalhar para o mercado do congelado. Na mira dos investidores, está ainda a possibilidade de exploração de outros produtos da região, nomeadamente, os frutos vermelhos, para poder laborar durante todo o ano.
A região de Vinhais, no distrito de Bragança, concentra quase metade da castanha nacional, com uma produção anual que ronda as 15 mil toneladas. É o produto com maior peso económico no concelho, estimando a autarquia local que a área actual de souto tem um potencial que ascenderá, futuramente, a 26 milhões de euros só na venda directa do fruto.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=24&did=165989
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