10/03/13

Poesia - O Meu Amigo e Poeta, Ângelo Ochôa, interpela-nos com o Poema: "Vítor Baptista"








"Vítor Baptista

Foste mesmo o maior na voragem:
O coveiro te olhou sublime, autêntico, camarada;
sob cinzenta farda, nó cego na gravata,
ao padre-nosso murmurado do cura,
te reconheceu, no íntimo, como és, seu e meu irmão;
lançou-te então boa pazada.
Tiveste uma vez a tua mãe.
Quando vinda manhã, por Sesimbra do sol,
o Jaguar estacionavas, junto ao bar,
pra beberes, co’a malta, os derradeiros copos.
Vitória Futebol Clube,
Lisboa e Benfica,
Desportivo Estrelas do Faralhão,
concitou-se maralha, feliz sociedade.
Jornais vomitaram teu nome em caixa alta,
com a verdadeira foto, em primeira página,
quando atiras duro para golo.
Achavas já o adereço d’orelha.
Olha, olha, louco varrido, quanto baste polido,
p’lo Bonfim galgas, Apolo montado num cavalo,
enquanto clareia além."

Ângelo Ochôa, Poeta



"Vítor Baptista", Ângelo Ochôa

2 comentários: