«Muita destruição e um ferido após minitornado na Póvoa de Varzim
Não há desalojados, mas as habitações ficaram com danos avultados, como constatou a Renascença no local. Há também algumas viaturas ligeiras danificadas e estufas destruídas. Faz-se agora as contas aos prejuízos.
Um minitornado atingiu, no sábado à noite, a Póvoa de Varzim, deixando um rasto de destruição, sobretudo, em duas freguesias. Uma pessoa foi atingida por destroços e ficou com ferimentos ligeiros.
“Os danos são fundamentalmente materiais. Houve só um ferido em Amorim, ligeiro e que foi transportado para o hospital ontem à noite”, indica à Renascença o vice-presidente da Câmara de Póvoa de Varzim, Aires Pereira.
As freguesias de A-Ver-o-Mar e Amorim foram as mais atingidas: “Foram cerca de 10 casas em A-Ver-o-Mar e cinco em Amorim as mais danificadas, por força do vento. Há, portanto, muitos vidros partidos, as telhas foram arrancadas”, afirmou o mesmo responsável, desta vez à RTP-N.
Já esta manhã, à Renascença, Aires Pereira, também responsável pela Protecção Civil, prosseguiu o balanço: “Desde a hora do acidente, que foi cerca das 23h00, que estamos no terreno com pessoal a fazer as reparações, porque sabemos que o tempo vai continuar muito mau e é preciso criar condições para que as pessoas continuem dentro de casa. Fizemos a reparação dos telhados, a substituição das telhas e naqueles casos maiores, como janelas e portas, estamos com os nossos serviços a reparar”.
“Ninguém ficou desalojado. Essa era a nossa preocupação, porque as pessoas ficam muito fragilizadas quando acontece este tipo de incidente e estão mais confortáveis dentro de casa”, sublinhou ainda.
Algumas viaturas ligeiras ficaram danificadas.
Também no sábado à noite, mas antes, um fenómeno meteorológico do tipo de um minitornado foi registado na foz do rio Douro, provocando o abalroamento de uma embarcação privada.
“Está tudo destruído, não aproveito nada”.
Em Amorim, Rui Gonçalves, proprietário de estufas de horticultura, ficou com sem o rendimento previsto para o Verão.
“Passou aqui um minitornado, levantou e desfez as minhas estufas todas. Nem 20% tem de ferros direitos. O prejuízo é elevadíssimo, porque tinha plantações já a contar com o Verão, para ter produto nessa altura. Estava tudo plantado, desde pimento, nabos, tomate, feijão. Está tudo destruído, não aproveito nada”, revela à Renascença.
Rui Gonçalves diz ainda pretender recorrer ao fundo de ajuda criado há dois meses, por altura de outro temporal, para fazer face aos estragos de agora.
O vice-presidente da Câmara Aires Pereira afirma à Renascença que tudo fará para que tal aconteça.
“As candidaturas estão em aberto e há um financiamento de 75%. Na altura, os prejuízos foram calculados em cerca de quatro milhões de euros na zona afectada e não vejo nenhum inconveniente a que as pessoas possam recorrer a esse fundo, porque não é um fundo fechado. Uma vez que há esses prejuízos – são cinco ou seis estufas afectadas – faremos toda a força necessária para que sejam incluídos”, garante.
[Notícia actualizada às 11h56 com declarações do vice-presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, o testemunho do proprietário de uma estufa destruída e mais fotos]» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=25&did=99667
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