03/08/12

Amarante - Um empresário do Marco de Canaveses, engenheiro florestal, vai criar uma unidade de produção de mel, com 600 colmeias, em terrenos baldios da serra do Marão, território de Amarante!




«Amarante: Empresário vai montar 600 colmeias em baldios da serra do Marão

Amarante, 02 ago (Lusa) - Um empresário do Marco de Canaveses, engenheiro florestal, vai criar uma unidade de produção de mel, com 600 colmeias, em terrenos baldios da serra do Marão, território de Amarante.


Alexandre Vieira, de 38 anos, disse à Lusa que o seu projeto já se iniciou, "para ganhar experiência", na freguesia de Aboadela, com a instalação das primeiras 10 colmeias e outro equipamento, prevendo que até ao final do ano avancem mais 200.


"O Marão tem ótimas condições para este tipo de atividade", observou, destacando o tipo de vegetação e a exposição solar da serra, na vertente poente (voltada para Amarante), que garantem "mel com cores e sabores únicos".


Para comprovar a sua convicção, o engenheiro florestal garante que a zona de Aboadela tem condições naturais, nomeadamente urze e eucalipto, para proporcionar dois ciclos de produção por ano.


"Acredito que vamos conseguir, no pleno da produção, cerca de 12 toneladas de mel por ano", previu, acrescentando que há outros subprodutos, como cera e pólen, "até mais rentáveis do que o mel", que também serão comercializados.


O empresário, que tem como sócio neste projeto o presidente da Junta de Aboadela, António Gonçalves, explicou que a instalação de 600 colmeias deverá realizar-se ao longo de três anos, de acordo com uma candidatura que apresentou ao Leader+, no âmbito do PRODER - Programa de Desenvolvimento Rural.


Para já, está previsto um investimento de 110.000 euros, mas Alexandre Vieira acredita que a aposta poderá crescer, incluindo para outras freguesias da serra, aonde há terrenos baldios, se "o negócio corresponder às expectativas".


"Sentimos que o mel do Marão tem boa aceitação no mercado. Queremos recuperar a reputação que já teve, pondo no mercado um produto de qualidade", explicou.


Questionado sobre os postos de trabalho, Alexandre Vieira refere que, para já, estão previstos apenas os dos dois sócios. Contudo, admitiu, "se as coisas correrem bem", deverá haver necessidade de criar mais postos de trabalho, ajudando a economia das gentes da serra.


A empresa tem vindo a fazer contactos comerciais, em vários pontos do país, que dão boas perspetivas de escoamento do produto, incluindo com rótulo próprio.


Os dois sócios têm participado em ações de formação no setor da apicultura, procurando obter o máximo de conhecimentos que lhes garantam o melhor desempenho e um bom produto".


Alexandre Vieira integra há alguns anos o corpo de sapadores florestais que vigiam regularmente os recursos naturais da serra do Marão.


O engenheiro florestal disse à Lusa ter-se lembrado do projeto de apicultura como forma de rentabilizar o tempo que passa na serra e o conhecimento do território.


APM. Lusa/fim» in http://www.portocanal.pt/ler_noticia/22257/

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