12/08/12

História de Portugal - Mais de 2.500 pessoas assistiram hoje à recriação histórica da Batalha de Aljubarrota, disse o diretor do Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota (CIBA), João Mareco, à Agência Lusa!



«Recriação da Batalha de Aljubarrota foi vista por mais de 2500 pessoas

Mais de 2.500 pessoas assistiram hoje à recriação histórica da Batalha de Aljubarrota, disse o diretor do Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota (CIBA), João Mareco, à Agência Lusa.

Trajados e rigor e armados com artefactos do século XIV, mais de 120 voluntários e 45 figurantes, da Associação Companhia Livre, foram distribuídos pelas mais variadas funções, desde lanceiros, arqueiros ingleses, «homens de armas» de João I e aias da corte de Leonor Teles.

Os participantes, que recriaram a Batalha de Aljubarrota, na Aldeia de S. Jorge, o exato local onde, há 627 anos, os exércitos de Castela e Portugal, foram enquadrados nas diversas hostes e treinados como guerreiros, para que pudessem viver dia em pleno espírito medieval.

A recriação começou com o enquadramento histórico da morte do rei D. Fernando, em 1383, e o Tratado de Salvaterra de Magos celebrado entre a rainha D. Leonor Teles, o Conde João Andeiro e o Rei de Castela, que estabeleceu que a Coroa de Portugal passaria a pertencer aos descendentes do Rei de Castela, D. Juan I.

Com o receio de perder a independência para Castela, surge descontentamento popular que proclama D. João, Mestre de Avis, como «regedor, governador e defensor do reino».

O ponto alto da recriação foi o momento da batalha entre a esquadra castelhana e o exército português comandado por Nuno Álvares Pereira, que aclamou no final «vitória».

O espetáculo, de cerca de 45 minutos, terminou com os portugueses a agradecerem a S. Jorge a vitória.

Ao longo de toda a recriação alguém deu voz a todo este momento, pormenorizando todos os aspetos deste pedaço da História de Portugal.

Com mais de «30 quilos» cima, Vasco Dias foi o 'chefe das tropas francesas', Geoffroy. Para o figurante da Associação Companhia Livre, a recriação é «uma forma de mostrar às gerações mais novas o orgulho de ser português» e "uma forma de não deixar morrer a nossa tradição".

Sete séculos depois, Vasco Dias considera que é «num momento de crise que os portugueses não se podem esquecer de quem são» e salientou que «esta batalha foi um sinal de superação».

A iniciativa deste ano apresentou «mais mobilidade das tropas», o que permitiu «uma recriação mais alegórica do trajeto que foi feito de Porto de Mós para S. Jorge», referiu João Mareco, acrescentando que o aspeto técnico também foi «melhorado».

João Mareco revelou que a ideia de realizar esta recriação surgiu há cerca de três anos, após ter sido produzido um filme sobre a Batalha de Aljubarrota.

«Construímos os adereços e pensamos porque não aproveitar para fazer uma recriação histórica no dia em que ocorreu esta batalha [14 de agosto]», revelou, justificando a realização do evento hoje «por ser domingo».

A recriação funciona em articulação com a vila medieval de Aljubarrota, que é da responsabilidade da Associação Companhia Livre. Por isso, «o cortejo da vitória de Portugal é feito em Aljubarrota».

Segundo João Mareco, esta batalha foi um «momento crucial para Portugal», pois «a partir daqui houve uma pacificação do território nacional e da Península Ibérica, o que permite aos portugueses avançar para a expansão marítima».» in http://sol.sapo.pt/inicio/Cultura/Interior.aspx?content_id=56693


(Batalha Medieval de Aljubarrota)


(Batalha de Aljubarrota 2010)




(Batalha de Aljubarrota)

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