«Estudo oferece primeiras evidências de que uma estrela poderá ter devorado um planeta
O fenómeno protagonizado pela estrela BD+48 740, a 1800 anos-luz de distância exemplifica o que poderá acontecer aos planetas interiores do nosso Sistema Solar quando o Sol se tornar uma “gigante vermelha”, afirmou o autor principal do estudo agora publicado na revista Astrophysical Journal Letters.
Uma equipa internacional de astrónomos publicou on-line na revista Astrophysical Journal Letters, aquelas que são as primeiras evidências de que um planeta poderá ter sido devorado recentemente por uma estrela.
A descoberta foi feita por uma equipa liderada por Universidade Penn State (EUA), da Universidade Penn State (EUA), enquanto estudava, recorrendo ao Telecópio Hobby-Eberly, a BD+48 740, uma estrela a 1800 anos-luz de distância, de avançada idade e que já tinha evoluído para uma “gigante vermelha”.
No decorrer das observações da BD+48 740, houve dois aspetos que chamaram a atenção dos cientistas – a sua composição química e a órbita elíptica do único planeta associado.
Com efeito, através de análises de espetroscopia, os cientistas envolvidos no estudo detetaram que a estrela em causa era composta por uma elevada quantidade de lítio, algo que não é comum porque este elemento, que foi originado sobretudo durante o Big Bang, é facilmente destruído nas estrelas, pelo que não é invulgar a sua presença numa estrela evoluída.
Por outro lado, os investigadores estranharam encontrar um planeta de grandes dimensões (com 1,6 vezes o tamanho de Júpiter) a descrever uma órbita elíptica em torno da estrela em estudo, algo que apenas se poderia justificar apenas pela interação com outro planeta.
A ingestão, por parte da BD+48 740 de um segundo planeta que a terá orbitado, permite explicar estas duas observações.
Com efeito, Alex Wolszczan afirma “é provável que a produção de lítio [na BD+48740, tenha sido despoletada por uma massa do tamanho de um planeta que, deslocando-se em espiral, entrou na estrela e aqueceu-a enquanto a estrela estava a digeri-lo”.
Por outro lado, a invulgar órbita elíptica será um resultado do próprio processo de consumo do planeta pela estrela, que terá conferido ao planeta que sobreviveu um impulso energético que o fez adquirir uma órbita excêntrica.
Alex Wolszczan justifica o entusiasmo por detrás da potencial comprovação da ingestão de um planeta por parte de uma estrela, afirmando que este pode ser o destino dos planetas interiores do nosso Sistema Solar quando o Sol se tornar uma gigante vermelha e se expandir até à órbita da Terra daqui a 5 mil milhões de anos.» in http://naturlink.sapo.pt/Noticias/Noticias/content/Estudo-oferece-primeiras-evidencias-de-que-uma-estrela-podera-ter-devorado-um-planeta?bl=1
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