27/07/12

Ensino Informática - Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) apresenta sugestões de melhoria depois de analisar proposta de metas curriculares para as TIC!





«Professores devem escolher métodos para atingir metas


Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) apresenta sugestões de melhoria depois de analisar proposta de metas curriculares para as TIC. Na sua opinião, o número de alunos por turma e os computadores disponíveis devem ser tidos em conta.


Há pontos fortes e pontos fracos assinalados e sugestões de melhoria no parecer da Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) sobre a proposta de metas curriculares para a disciplina de Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). O documento ficou fechado a 23 de julho. O presidente da Direção, António Ramos, elogia a equipa que elaborou as metas curriculares da disciplina "pelo excelente trabalho realizado".


A ANPRI começa por destacar o que considera estar bem na proposta do Ministério da Educação e Ciência (MEC). Na sua opinião, os conteúdos referidos são "pertinentes, interessantes, diversificados, necessários e atuais" e vão ao encontro das necessidades dos alunos do 3.º ciclo. A introdução de questões sobre segurança, direitos de autor e direitos conexos é bem-vinda para colocar na agenda assuntos que, muitas vezes, não fazem parte das preocupações dos estudantes.


"A introdução estruturada das questões de comunicação e colaboração em rede constitui, porventura, o ponto mais forte das metas. É uma tendência nas organizações e preparar os alunos nesse sentido será, sem dúvida, uma grande mais-valia nas suas vidas", sublinha a ANPRI. A introdução de algumas ferramentas de grande potencial, como o Stracht e o Alice, no processo de ensino e aprendizagem também é aplaudida. Tal como a flexibilidade de gestão por parte de quem ensina a disciplina. "O abandono de uma filosofia orientada para a aplicação, de que enfermava o programa anterior do 9.º ano, é um dos pontos mais positivos destas metas", lê-se no parecer.


Cumprir as metas no tempo estipulado e com os recursos disponíveis parece complicado. Nos pontos fracos, a ANPRI sustenta que as metas são extensas e que não se pode esquecer que, em muitas escolas, há poucos computadores disponíveis para o elevado número de alunos em cada sala. Para cumprir tudo o que está no programa, alguns conteúdos poderão ser abordados de uma forma transversal. Por outro lado, há matérias que ficaram de fora, mas a ANPRI reconhece que incluí-las tornaria as metas ainda mais extensas do que já são.


"Da forma como as metas estão divididas (7.º e 8.º anos), as direções serão influenciadas a dividir a disciplina em dois anos quando existe a possibilidade da disciplina ficar concentrada num único ano (7.º ano)", repara no final dos pontos fracos. A ANPRI tem vindo a defender que o ensino das TIC não deve assentar apenas nas ferramentas, mas também no desenvolvimento de literacias digitais centradas em quatro áreas fundamentais: informação, comunicação/interação, produção/criação e segurança.


O que fazer? A ANPRI avança com algumas sugestões para melhorar as propostas anunciadas e defende que deveria ser permitido o desdobramento da disciplina experimental. "Nos moldes atuais, o cumprimento de todas as metas é irrealista", reforça. Retirar as metas relativas à folha de cálculo ou sobre os direitos de autor poderia, em seu entender, ser uma solução, bem como colocar algumas metas como optativas, dando assim mais liberdade aos professores e às escolas. Até porque, no entender da ANPRI, deve ser sempre o professor a decidir a melhor forma de atingir as metas. "A inserir sugestões metodológicas estas devem surgir num futuro guião a criar como apoio à consecução das metas", acrescenta.


A divisão entre as metas do 7.º ano e as metas do 8.º ano devia, na sua perspetiva, desaparecer. "Deve ser a própria escola a decidir como fará a distribuição das metas no 3.º ciclo", refere. Por outro lado, recorda que algumas metas implicam políticas de segurança aplicadas aos computadores que, em muitas escolas, impedem os alunos de instalar programas, personalizar ou alterar configurações. "Estas metas deveriam ser redefinidas, tendo em conta estas políticas de segurança", comenta.


A ANPRI insiste na questão da segurança. Na sua opinião, era importante dar mais destaque a temas como cyberbullying e proteção de dados, assuntos que, neste momento, preocupam a sociedade. A associação pormenoriza algumas ideias: "Por motivos de coerência, deveria ser adicionada a meta 'Guardar o documento em diferentes localizações e com diferentes formatos' em 'Produção e edição de folhas de cálculo (8.º ano)', uma vez que está presente em 'Produção e edição de documentos (7.º ano)' e 'Produção e edição de apresentações electrónicas (7.º ano)'".» in http://www.educare.pt/educare/Atualidade.Noticia.aspx?contentid=C30C4034DBE2C7CDE0400A0AB80001B8&opsel=1&channelid


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