09/11/11

História - Um estudo que envolveu a análise de DNA de fósseis de cavalo com 20 a 22 mil anos, revela que, para além das variedade preta e castanha, existiu também uma variedade pintalgada que não era rara, o que significa que as pinturas rupestres que representavam cavalos eram realistas e não simbólicas!




«Estudo: Os cavalos às pintas desenhados nas cavernas na Pré-história existiram mesmo


Um estudo que envolveu a análise de DNA de fósseis de cavalo com 20 a 22 mil anos, revela que, para além das variedade preta e castanha, existiu também uma variedade pintalgada que não era rara, o que significa que as pinturas rupestres que representavam cavalos eram realistas e não simbólicas.


Foi recentemente publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences um artigo que elucida sobre as pinturas pré-históricas nas cavernas (pinturas rupestres) europeias.


Um aspecto que tem sido muito debatido até à data diz respeito à natureza realística/simbólica dessas pinturas, que embora englobem representações muito fidedignas de rinocerontes, outros animais, e cavalos pretos e castanhos, incluem também desenhos de cavalos exbindo uma pelagem com pintas.


Actualmente existe realmente uma variedade de cavalo pintalgada que resulta da selecção artificial levada a cabo pelos criadores de cavalos. No entanto, desconhecia-se, até agora, a existência, previamente à domesticação dos cavalos pelo Homem, de cavalos com este padrão de pelagem, até porque um estudo genético de 90 cavalos pré-históricos não revelou nenhuma outra variante para além da preta e castanha (cavalo baio).


No entanto, o trabalho de investigação recém-publicado vem alterar este cenário. O estudo, que envolveu a análise de DNA de 31 fósseis de cavalos com 20 a 22 mil anos provenientes da Sibéria, Europa Ocidental e de Leste revelou a existência de uma variedade genética, denominada LP, que corresponde ao padrão pintalgado, que até nem era raro. Com efeito, das 31 amostras de DNA 18 diziam respeito a cavalos baios, 7 a cavalos pretos e 6 a cavalos pintalgados, 4 dos quais eram oriundos da Europa de Leste de onde provinham 10 animais no total.


Estes resultados Arne Ludwig, do Leibniz Institute for Zoo and Wildlife Research e co-autor do artigo, a afirmar “A arte das cavernas é mais realista do que muitas vezes sugerido”.


Outros especialistas em arte das cavernas reconhecem que estes resultados são importantes, indicando que, de facto, havia realismo nas representações do mundo da autoria dos humanos pré-históricos. No entanto, rejeitam que seja totalmente excluída a hipótese de que haja também uma vertente simbólica, já que as pintas nos desenhos aparecem também fora do corpo do animal, à sua volta, o que sugere que os desenhos não são puramente realistas. Uma investigadora de Cambridge, é da mesma opinião, lembrando que os cavalos têm uma significado simbólico em muitas culturas.


*Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico*


Fonte: news.sciencemarg.org» in http://www.naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=45687&bl=1
(O maravilhoso Appaloosa)

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