«Professores das TIC querem disciplina leccionada no início de cada ciclo
Ministro da Educação quer acabar com aulas de informática no 9.º ano
Os professores de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) defenderam hoje, no Parlamento, que a disciplina devia ser leccionada no início de cada ciclo, ou seja, no 5.º, 7.º e 10º anos.
Durante uma audiência na Comissão de Educação, representantes da Associação Nacional de Professores de Informática (ANPRI) manifestaram receio pelos postos de trabalho docente, por ainda não se saber o que vai acontecer à disciplina. O ministro da Educação, Nuno Crato, admitiu em entrevista a um diário, no fim de Outubro, acabar com a disciplina no 9.º ano por considerar que os alunos naquela faixa etária já dominam os computadores.
Posteriormente foi “aventada”, em reunião do Conselho de Escolas, a possibilidade de passar TIC para o 6.º ano, o que merece a discordância destes professores, disse hoje o presidente da associação, António Ramos. “É um erro porque é em fim de ciclo, tal como no 9.º ano”, afirmou.
Os professores temem que a reforma curricular, que o ministro prometeu apresentar “oportunamente”, coloque na “lista de dispensáveis” da Função Pública a grande maioria dos docentes.
Actualmente, existem 4.500 professores de informática no ensino, um dos maiores grupos, de acordo com os números que apresentaram aos deputados. Alegaram também que o ministro está “mal informado” quando diz que os adolescentes dominam os computadores: “A maioria dos jovens está mais habituado a lidar com aplicações que não são as mais adequadas para crianças e jovens”.
O perigo das redes sociais
Os professores manifestaram-se muito preocupados com a utilização que os alunos fazem das redes sociais. “Colocam tudo no Facebook, até as horas a que saem da escola. Ficam facilmente à mercê de predadores sexuais”, alertou António Ramos, sublinhando que os jovens “não têm consciência” alguma do que estão a colocar na Internet.
Garantiram também que o “ciberbullying” tem aumentado, “desde ameaças a alunos e professores" a alunos que se apoderam de “passwords” de colegas, facilmente detectáveis e usurpam contas para ofensas a familiares e colegas. Os professores atestaram que esclarecem os alunos também sobre estes perigos. Os representantes da associação aproveitaram ainda a audiência para defenderem uma maior flexibilidade na escolha e vigência dos manuais escolares.
“Independentemente da qualidade, temos de adoptar um manual com seis anos e na área da informática, um manual com seis anos é uma relíquia”, denunciou António Ramos.» in http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=51948&op=all
(José Pacheco - TIC's e Educação)
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Mas o Ministério quer é poupar, não nos esqueçamos disso... a preocupação não é pedagógica, mas orçamental... motivo para estarmos muito preocupados!
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