18/11/11

Amarante - Freguesia de Santa Maria de Fregim, nas Memórias Ressuscitadas da província de Entre Douro e Minho, no Ano de 1726. (Autor: Francisco Xavier da Serra Craesbeek)!


«Da Freguesia de Santa Maria de Fregim


1. A igreja de Santa Maria de Fregim he vigaria da comenda de São João de Malta; he seo vigario o Padre Manoel Pinto de Babo e seo comendador Martim Velho da Fonceque, Fidalgo da Caza de Sua Magestade, filho de Mathias Velho da Fonseca, fidalgo da Caza de Sua magestade, e da sua mulher D. Ana Barboza de Azevedo, filha de Leonardo de Azevedo e de sua mulher D. Anna Barboza: o qual Bartholomeu Barboza Machado foi filho de Lopo Machado e de sua mulher Joana Brandão; e o dito Lopo Machado foi filho de Alvaro Barboza Aranha); e neto paterno de Martim Velho da Fonsequa, Fidalgo da Casa de Sua magestade, que governou a provincia de Tras os Montes, depois da aclamação e de sua mulher D. Gracia da Rocha, filha de Balthesar Fagundes Peixoto e de sua mulher D. Margarida da Rocha Fagundes, das principais de Vianna.


2. Tem esta igreja 5 capellas filliaes, a saber: Nossa Senhora do Souto; São sebastião; São jorge, que hoje está demoida; São Miguel o Anjo, na quinta de Gonçallo Pinto, homem honrado desta freguesia; e São Miguel, na quinta de D. Catherina. Em hum alto monte estão vestigios de que nele estivera hum castello, que os mouros fizerão, e inda se achão pedras lavradas e algumas pias e no outeiro alguns buracos, a modo de dornas, aonde disem que os mouros deixarão seos thesouros, quando os deitarão fora de Portugal; e he este monte muito aspero e inhabitavel e lhe chamão ao citio o castelo de Santa Crus, donde se derivou o nome deste concelho.


3.  Dentro desta igreja, à porta travessa, está hum arco e, dentro delle, dous tumulos de pedra, sem letreiros, couza antigua e nobre. Estão dentro desta igreja sepulturas com letreiros e huma dellas com armas; e são as que se seguem, segundo a noticia que dellas se nos remeteo:


I) 1.ª S(EPULTUR)A. / DE. / G(ON)Ç(AL)O. / P(IN)TO. / E HERDEIROS
II) 1.ª  S(EPULTUR)A. / DE. AF(ONS)O. FR(ANCIS)CO. / P(IN)TO. / E. SEUS HERDEIROS.
     2.ª  S(EPULTUR)A. / DE. MANOEL / M(ARINH)O.  E. (H)ER(DEI)ROS.
I) 1.ª S(EPULTURA).  DE. AF(ONS)O (...) / SACE(...) / E. (H)ERD(EIR)OS
    2.ª  S(EPULTUR)A. DE ANT(ONI)O / NO. NOG(UEI)RA.  E / (H)ER(DEI)ROS.
II) 1.ª  S(EPULTUR)A. DE. P(EDR)O. FR(ANCIS)CO. / MA(GALHÃ)ES. (H)ER/D(EIR)OS.
     2.ª  Esta campa está gasta.

III) 1.ª  S(EPULTUR). / DE.ANT(ONI)O. PI/RES, CERQUREIRA. / E.  (H)ER/D(EIR)OS (*).
     2.ª  S(EPULTUR)A. / DE.ANT(ONI)O. / MARINHO/ RIVEIRO. E. / (H)ER(DEI)ROS.» in  Memórias Ressuscitadas da província de Entre Douro e Minho, no Ano de 1726. (Autor: Francisco Xavier da Serra Craesbeek)




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(Campas da Antiga igreja de Fregim)
Agradeço mais uma vez, o cuidado do meu colega e amigo, Professor Pedro Gonçalves, que me conseguiu arranjar este precioso material histórico.

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