26/11/11

Música Portuguesa - Com 40 anos nestas andanças e mais de 200 canções de rimas fortes, Sérgio Godinho arrancou o serão de sexta-feira, no Coliseu de Lisboa, com ‘Mão na Música’ e voz a dar o tom à declamação que marca o seu disco mais recente, ‘Mútuo Consentimento’!




«Sérgio Godinho em grande forma no Coliseu dos Recreios


Com 40 anos nestas andanças e mais de 200 canções de rimas fortes, Sérgio Godinho arrancou o serão de sexta-feira, no Coliseu de Lisboa, com ‘Mão na Música’ e voz a dar o tom à declamação que marca o seu disco mais recente, ‘Mútuo Consentimento’. O peso e a serenidade desperta que o move define, hoje como antes, o seu estilo na música portuguesa. “A música é tamanha, cabe em qualquer medida”, começou por entoar.


Acompanhado pelos jovens músicos Os Assessores e vestido de preto, Godinho prosseguiu ao som das batidas possantes de ‘Bomba Relógio’ e ‘Acesso Bloqueado’. “Vou mostrar canções novas e menos novas que reflectem, em parte, o Estado da Nação”, disse do alto dos seus 66 anos.


À semelhança do concerto de há duas semanas no Porto, mostrou-se em grande forma, recorrendo a mensagens fortes de temas como ‘A Vida é Feita de Pequenos Nadas’ e ‘Arranja-me um Emprego’, apresentados em jeito de medley, conquistando desde logo as cerca de três mil pessoas da plateia, incluindo o fadista Camané ou Patrícia Vasconcelos.


Já num registo mais intimista, o músico voltou ao disco mais recente, para de lá extrair o melancólico ‘Em Dias Consecutivos’, composto a meias com o pianista Bernardo Sassetti.


Os aplausos subiram de tom no público, maioritariamente acima dos 30, quando se escutou o mais festivo ‘Liberdade’, antes do famoso ‘Etelvina’, tocado apenas ao som das guitarras. Aqui veio uma explicação: “Cada personagem que crio adquire muito sentidos, dependendo de quem a ouve.”


Sempre que pôde, o músico foi dizendo o que pensa, em breves interlúdios: “Ora vivemos em euforia, ora em depressão. É este o nosso País, reconhecido pelas Nações Unidas.” No entanto, o primeiro plano foi para a música. Depois de ‘Só Neste País’ foi tempo de lembrar ‘Pode Alguém Ser Quem Não É’, numa bela versão acústica, com Sérgio Godinho sozinho à guitarra.


Na pele de contador de histórias erigidas em pautas de música, condensou parte dos mais de 20 discos. A banda deu um toque de modernidade a ‘Cuidado com as Imitações’ e o serão, esse, esforçou-se por ser original.» in
Sérgio Godinho - "O Primeiro Dia"
Sérgio Godinho - "É Terça Feira"

Sergio Godinho - "Com um Brilhozinho nos Olhos"

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