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Golo de Ventura decide clássicoUm golo de Reinaldo Ventura, a caminho do intervalo, garantiu o triunfo azul e branco na recepção ao Benfica, 1-0, na primeira partida da meia-final do Nacional da I Divisão. Superiores ao longo de todo o encontro, os Heptacampeões adiantam-se assim na eliminatória, que se decide à melhor de três jogos.
O equilíbrio foi a nota dominante do clássico disputado em Fânzeres, com os pupilos de Franklim Pais a valerem-se da experiência e coesão colectiva para contornarem os obstáculos colocados por um adversário disposto a não correr riscos na partida.
A dois minutos do descanso, Reinaldo Ventura criou o lance que se revelaria decisivo nas contas do encontro, apontando o único golo da tarde e estabelecendo, logo aí, o resultado final do jogo. Os Heptacampeões, no entanto, dispuseram ainda de outras ocasiões soberanas para aumentarem a contagem, mas a superioridade portista acabou por se expressar pela margem mínima. Com vantagem na discussão da eliminatória, que se decide à melhor de três partidas, os Dragões voltam agora as suas atenções para a Liga Europeia, cuja final-eight está marcada para os dias 30 de Abril, 1, 2 e 3 de Maio, na cidade italiana de Bassano del Grappa. O F.C. Porto estreia-se na fase decisiva da competição a 1 de Maio, perante a formação da casa.
Duas pedradas no autocarro
Apostar tudo no imprevisto, no sucesso improvável de um contra-ataque, revelar-se-ia fatal para o Setúbal. Já acontecera com outros, que, em desvantagem, prolongaram, grosseira e obstinadamente, a validade de uma estratégia cujo prazo esgotara ao segundo golpe. O ritmo elevado imposto pelo F.C. Porto encontraria a resposta, a saída de uma arrumação labiríntica a que foi provocando rombos e fissuras, entre a pressão de Fernando, a organização de Meireles e a superactividade nas alas, onde, não raras vezes, os laterais envolviam a dinâmica, acrescentando-lhe variantes e substituindo, nas funções, os extremos.
Cedo se percebeu que, mais do que persistência, a missão exigia perícia, como a revelada por Lisandro, num instinto que cruzou génio e frieza, sentando, no mesmo instante, defesa e guarda-redes. Na conclusão de um gesto, que, como nenhum outro, tanto se assemelhara um passe de tango, fez golo, o primeiro. Pouco depois, num remate cruzado, na ponta final de um lance fantástico, pela simplicidade e composição colectiva, faria o segundo. Antes e depois de os Dragões ameaçarem a goleada, o adversário persistiu no alongamento da estratégia. Para o Setúbal, o jogo terminara há muito, na rigidez do plano sem manobra ou caixa para engrenar outra velocidade, que não a marcha atrás, ao género de autocarro que Carlos Cardoso aparcara com tanto esmero e requinte na sua grande área. Pelo menos, o resultado foi simpático. O F.C. Porto acelera para o título.
