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13/10/16

Arte Literatura - O músico Bob Dylan é, por enquanto, o único membro do clube dos vencedores do "triplete" de prémios mais desejados da música, cinema e literatura.



«Dylan é o primeiro a ganhar um Nobel, um Grammy e um Óscar 

O músico é, por enquanto, o único membro do clube dos vencedores do "triplete" de prémios mais desejados da música, cinema e literatura. Há quem pense que Al Gore também lá está e Bono anda a bater à porta há muito tempo.

Com o anúncio da Academia Sueca, ao fim desta manhã, Bob Dylan tornou-se a primeira pessoa a vencer um Grammy, um Óscar e um Nobel, respectivamente os prémios mais importantes do ramo da música, do cinema e da literatura, no caso específico do Nobel da Literatura.

O cantor e letrista americano venceu já 12 Grammy pela sua obra musical, o primeiro em 1973, com o Álbum do Ano para “The Concert for Bangladesh”, e o mais recente em 2016, na categoria de álbum histórico.

Quanto ao Óscar, Dylan venceu em 2000 pela música “Things Have Changed”, do filme Wonder Boys, que foi considerada a melhor música original do cinema nesse ano.

Este ano, Bob Dylan torna-se ainda no primeiro músico a vencer um Nobel da Literatura.

A tripla Grammy, Nobel e Óscar é inédita. Mais ou menos…

A verdade é que o político americano Al Gore já venceu um Grammy, pela versão áudio do seu livro “Uma verdade inconveniente” e também o Nobel da Paz em 2007, pelo seu trabalho ambiental.

Faltar-lhe-ia, portanto, um Óscar, mas mesmo esse prémio já o ganhou, de algum modo. Em 2007, “Uma verdade inconveniente” venceu o Óscar de melhor documentário. Todavia, apesar de ter sido o protagonista do filme e de o documentário ter sido baseado na sua obra, o verdadeiro destinatário da estatueta foi o realizador Davis Guggenheim.

Contudo, Al Gore também subiu ao palco, segurou a estatueta e até fez um discurso de agradecimento. Mas, em bom rigor, este galardão não lhe pode ser atribuído.

Bono Vox, o vocalista dos U2, será, talvez, uma das figuras mais bem posicionadas para se juntar a Dylan com o triplete. Grammy não faltam ao músico irlandês, que já foi nomeado para um dois Óscares, embora nunca tenha ganho, e também já foi várias vezes referido como potencial vencedor de um Nobel da Paz, pelo seu trabalho de combate à SIDA em África.» in http://rr.sapo.pt/noticia/65918/dylan_e_o_primeiro_a_ganhar_um_nobel_um_grammy_e_um_oscar_mais_ou_menos?utm_source=rss


Bob Dylan - "Knockin' On Heaven's Door" - (Unplugged)


Bob Dylan - "Not Dark Yet"


Bob Dylan - "Love Sick"


Bob Dylan - "Sweetheart Like You"


Bob Dylan - "Cold Irons Bound"


Bob Dylan - "Things Have Changed"


Bob Dylan - "Tangled Up In Blue"


Bob Dylan - "Thunder On The Mountain"


Bob Dylan - "Forever Young" - (Slow Version)


Bob Dylan - "Emotionally Yours" 


Bob Dylan - "Blood in my eyes"


Bob Dylan - "Beyond Here Lies Nothin'" 


Bob Dylan - "Series of Dreams" 


Bob Dylan - "Little Drummer Boy"


Bob Dylan - "Subterranean Homesick Blues"


Bob Dylan and The Band - "Like A Rolling Stone" - (rare live footage)



"Forever Young
Bob Dylan

May God bless and keep you always,
May your wishes all come true,
May you always do for others
And let others do for you.
May you build a ladder to the stars
And climb on every rung,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.

May you grow up to be righteous,
May you grow up to be true,
May you always know the truth
And see the lights surrounding you.
May you always be courageous,
Stand upright and be strong,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,
May you stay forever young.

May your hands always be busy,
May your feet always be swift,
May you have a strong foundation
When the winds of changes shift.
May your heart always be joyful,
May your song always be sung,
May you stay forever young,
Forever young, forever young,

May you stay forever young."

01/05/16

Amarante Literatura - O Poeta de Amarante Gatão, Teixeira de Pascoaes, interpela-nos com esse sentimento que o inspirou, qual fado de ser Português: "A Tristeza".




"Tristeza


O sol do outono, as folhas a cair,

A minha voz baixinho soluçando,

Os meus olhos, em lagrimas, beijando

A mística paisagem a sorrir…


Assim a minha vida transitando

Vai, à tona da terra… E fico a ouvir

Silencios do outro mundo e o resurgir

De mortos que me foram sepultando…


E fico mudo, extático, parado

E quasi sem sentidos, mergulhado

Na minha viva e funda intimidade…


A mais longínqua estrela em mim actua…

Inunda-me de mágoa a luz da lua,

E sou eu mesmo o corpo da saudade."



Teixeira de Pascoaes, in 'Elegias' 

21/04/16

Amarante Literatura - Carta de Fernando Pessoa ao Poeta de Amarante, Gatão, Teixeira de Pascoaes, quando uma epistola era quase uma obra de arte!



«A propósito da morte de meu irmão e de meu Pai, Fernando Pessoa escreveu a Pascoaes uma carta muito bonita, datada de 5 de Janeiro de 1914:


"Meu querido camarada

Há dias, num dos atalhos de uma conversa com Mário Beirão, soube que, já depois da perda de seu sobrinho, sofrera o meu querido Amigo a de seu cunhado. Talvez porque quase nunca leio jornais e porque vivo, sem necessidade de atenção a sensações exteriores, dedicado sem querer a presenciar-me apenas a mim-próprio, essa notícia só assim me chegou. Não sendo assim, já antes lhe haveria escrito para lhe manifestar o quanto a alta e quase religiosa simpatia, que me liga fraternalmente ao seu grande Espírito, faz com que me comova com a sua dor, redobrada agora. Eu creio que o meu Amigo tomará esta carta no sentido da sinceridade que ela tem e não olhará ao seu aspecto de condolência banal, que estas, por sinceras que sejam, inevitavelmente vestem. Os pêsames que esta carta lhe leva vem do mais alto que o social de mim.

Já que me encontro escrevendo-lhe, aproveito-o para lhe pedir desculpa de antes lhe não ter escrito, agradecendo a oferta de «O Doido e a Morte». Logo após receber este poema, comecei uma carta para si, em que cuidadosamente delineava, isto é, começava a delinear – o que para mim se afigurava ser, literáriamente, o valor da sua alma. Circunstâncias exteriores, mínimas salvo na sua repercussão em mim, deixaram-me, há mais que alguns meses, sempre sem acrescentar uma linha às poucas linhas que pensava. Adiei indefinidamente essa carta, que, ainda escrevi, e conto um dia poder terminar e expedir. Perdoe-me o que de indelicado e moroso resultou, perante a delicadeza da sua pronta oferta, do meu constante e desanimador desalento. Nenhuma culpa teve nessa demora o que de mim é consciente e superior a mim-próprio, e é com essa parte da minha alma que admiro e me enterneço com a sua obra. Não que eu julgue «O Doido e a Morte» uma das suas obras melhores. Mas tem, como tudo quanto o meu Amigo escreve, um sabor espiritual e Eterno. Naquelas figuras álgidas, onde o Mistério esfriou em Medalha, tendo de um lado a loucura e do outro a Morte, Deus é presente na sua nocturna forma de Pavor e Silêncio. A sombra de uma esfinge ao luar – eis o que é para mim esse poema. Bem sei que isto é pouco lúcido, mas o meu espírito bambo e desfiado e não suporta já o peso de um raciocínio ou de uma analogia. Digo-lhe tudo por imagens e metáforas, e estas são a moeda falsa da inteligência.

Tenho seguido com atenção o que o meu Amigo tem escrito. Há páginas das «Elegias» em que a Dor é quase divina. E há períodos do «Verbo Escuro» que são estatuetas do Mistério, encontradas em túmulos de réis que num impossível falaram talvez com Deus.

Releve-me que me aproveite de lhe estar escrevendo sobre outro e tão diverso assunto para enfim lhe agradecer «O Doido e a Morte», e lhe falar do que tem escrito. Se não lhe falasse disso agora, quem sabe quando lho diria? Passo a vida a adiar tudo – e para quando?

Ao menos ganho com isso o ser simbólico. O que é cada um de nós, na sua essência absoluta e divina, senão uma perfeição adiada para Deus?

Abraça-o comovidamente o seu sincero Amigo e eterno admirador.”


Fernando Pessoa, 5 de Janeiro de 1914» in Fotobiografia "Na Sombra de Pascoaes" de Maria José Teixeira de Vasconcelos

18/04/16

Arte Literatura - O Meu Colega e Amigo, Professor Guilherme Koehler, interpela-nos com um excerto da "A Alma de uma Raça, do Escritor de Amarante, Teixeira de Pascoaes.



«A Alma de uma Raça.

"Se não existisse uma alma portuguesa, teríamos de evolucionar conforme as almas estranhas, teríamos de nos fundir nessa massa amorfa da Europa; mas a alma portuguesa existe, vem desde a origem da Nacionalidade; de mais longe ainda, da confusão de povos heterogéneos que, em tempos remotos, disputaram a posse da Ibéria. 

Houve um momento em que, no meio dessa confusão rumorosa e guerreira, se destacou uma voz proclamando um Povo, gritando a Alma duma Raça: foi a voz de Viriato; foi o Verbo criador que encarnou em Afonso Henriques e se tornou Acção e Vitória. Depois fez-se Verbo novamente, exaltou-se num sonho de imortalidade e foi o Canto eterno d'Os Lusíadas! Depois, cansado das longas terras, dos longos mares, como que adormeceu num sono de tristeza, de olhos postos no Passado 

E por isto tudo, Portugal não morrerá; nem uma Pátria morre, no instante em que encontra o seu espírito. Portugal não morrerá, e criará a sua nova Civilização porque vê que a sua alma é inconfundível que encerra em si um novo sentido da Vida, um novo Canto, um novo Verbo e, portanto, uma nova Acção."

Teixeira de Pascoaes em "A Águia".» in https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10204081585679293&set=gm.999245000129301&type=3&theater


A visão política de Teixeira de Pascoaes:

http://www.iptan.edu.br/publicacoes/saberes_interdisciplinares/pdf/revista09/A_VISAO_POLITICA_DE_TEIXEIRA_DE_PASCOAES.pdf

http://booksnow1.scholarsportal.info/ebooks/oca5/26/obrascompletaspo01pascuoft/obrascompletaspo01pascuoft.pdf

15/03/16

Arte Literatura - O meu Colega e Amigo, Professor Guilherme Koehler, interpela-nos com a atualidade social das "As Farpas" de Eça de Queiroz...



«Hoje tal como ontem!

"Vamos rir pois. O riso é um castigo; o riso é uma filosofia. Muitas vezes o riso é uma salvação. Na política constitucional o riso é uma opinião. (…)

O país perdeu a inteligência e a consciência moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direcção a conveniência. Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida. Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos. 

Ninguém crê na honestidade dos homens públicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia. O povo está na miséria. Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas ideias aumenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indiferença de cima a baixo! Toda a vida espiritual, intelectual, parada. O tédio invadiu todas as almas.

A mocidade arrasta-se envelhecida das mesas das secretarias para as mesas dos cafés. A ruína económica cresce, cresce, cresce. As quebras sucedem-se. O pequeno comércio definha. A indústria enfraquece. A sorte dos operários é lamentável. O salário diminui. A renda também diminui. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo."

Eça de Queiroz em "As Farpas"» in https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10204085591579438&set=a.1536645715457.61633.1814292384&type=3&theater

13/03/16

Literatura - O Meu Colega e Amigo, Professor Guilherme Koehler, interpela-nos com um texto de Lucien Febvre, sobre um sentimento muito Nobre e algo fora de moda nos dias que correm: "A Honra".



«A Honra.

“O verdadeiro sentido da honra é a recusa em pactuar com o que é feio, baixo, vulgar, interesseiro, não gratuito; uma recusa de se vergar perante a força só por ser a força, perante a paz só por ser a paz, perante o bem-estar só por ser o bem-estar. 

A honra implica, naquele que a possui, um sentido altivo e resoluto do risco, do jogo onde se arrisca perder a vida ou ganhar a estima dos pares, um sentido do trágico do destino e também da dignidade do infortúnio.”»

Lucien Febvre

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10204240931022827&set=gm.1016288241758310&type=3&theater

30/12/15

Arte Literatura - O Meu Colega e Amigo, Guilherme Koehler, interpela-nos com o tema da fatalidade nacional, em "As Farpas", do grande escritor Português, Eça de Queiroz.



«Fatalidade.

“Fomos outrora o povo do caldo da portaria, das procissões, da navalha e da taverna. Compreendeu-se que esta situação era um aviltamento da dignidade humana: fizemos muitas revoluções para sair dela. Ficamos exactamente em condições idênticas. 

O caldo da portaria não acabou. Não é já como outrora uma multidão pitoresca de mendigos, beatos, ciganos, ladrões, caceteiros, carrascos, que o vai buscar alegremente, ao meio-dia, cantando o Bendito; é uma classe média inteira que vive dele, de chapéu alto e paletó.

Este caldo é o Estado. A classe média vive do Estado. A velhice conta com ele como condição da sua vida. Logo desde os primeiros exames do liceu, a mocidade vê nele o seu repouso e a garantia da sua tranquilidade. (…)

A própria indústria faz-se proteccionar pelo Estado e trabalha sobretudo em vista do Estado. 

A imprensa até certo ponto vive também do Estado. A ciência depende do Estado. O Estado é a esperança das famílias pobres e das casas arruinadas; é a ocupação natural das mediocridades; é o usufruto da burguesia. 

Ora como o Estado, pobre, paga tão pobremente que ninguém se pode libertar da sua tutela para ir para a indústria ou para o comércio, esta situação perpetua-se de pais a filhos como uma fatalidade.”

Eça de Queiroz em "As Farpas".» in https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10203895264261374&set=gm.978021712251630&type=3&theater


(Eça de Queiroz)


GAL:farpas para um país sem lobbies - (teaser)


(5 Frases de Eça de Queirós)

10/08/15

Arte Literatura - Francis Thackeray e Nicholas van der Merwe, da Universidade da Cidade do Cabo, e o inspetor Tommy van der Merwe são os responsáveis pela investigação e admitem a possibilidade de Shakespeare estar consciente dos efeitos delirantes que a canábis poderia causar.



«Shakespeare apanhado com canábis?

Descoberta de fragmentos de cachimbos no jardim do dramaturgo levanta a suspeita de que Shakespeare estaria sob influência de canábis na altura em que escreveu alguns dos clássicos da literatura mundial

E se "Romeu e Julieta" tivesse sido escrito sob influência de substâncias ilícitas? Ou se "Hamlet" fosse resultado de um dia mais alucinado? Na realidade, isso pode ter acontecido. Segundo um grupo de cientistas sul-africanos, foram descobertos cachimbos com resíduos de canábis no jardim de William Shakespeare. Já lá vão 400 anos, mas nem assim o dramaturgo se livra de uma análise toxicológica.

Foi na terra natal de Shakespeare que 24 fragmentos de cachimbo do século XVII foram encontrados. Alguns dos quais vieram diretamente do jardim da casa do dramaturgo em Stratford-Upon-Avon, em Warwickshire, Reino Unido. Segundo o jornal britânico "The Telegraph", as amostras foram levadas para Pretória, África do Sul, onde foram submetidas a análises sofisticadas e não destrutivas.

Oito fragmentos, dos quais quatro foram retirados do jardim de Shakespeare, continham vestígios de canábis. Foi ainda concluído que havia nicotina em pelo menos um dos cachimbos e outros dois mostravam resíduos de cocaína. Estes últimos, no entanto, não estavam no jardim do dramaturgo.

Francis Thackeray e Nicholas van der Merwe, da Universidade da Cidade do Cabo, e o inspetor Tommy van der Merwe são os responsáveis pela investigação e admitem a possibilidade de Shakespeare estar consciente dos efeitos delirantes que a canábis poderia causar. Aliás, chegam a justificar a teoria com a própria obra do escrito. Por exemplo, num dos seus sonetos - o soneto 76 - o verso "and keep invention in a noted weed" pode significar, segundo os autores, que Shakespeare estaria disposto a usar erva ("weed") para a escrita criativa ("invention").

Entre a comunidade de fãs shakespeariana há muito que se fala na possibilidade do dramaturgo consumir drogas, uma vez que nas obras existem algumas referências ao consumo. No entanto, escreve a revista "Time", nunca existiram provas concretas de que Shakespeare usasse drogas. Agora, esta nova descoberta pode encorajar a reconsiderar essa situação.

"As análises literárias e a ciência química podem ser mutualmente benéficas, unindo as artes e a ciência num esforço para compreender melhor Shakespeare e os seus contemporâneos", lê-se no novo estudo, citado pela "Time".» in http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-08-10-Shakespeare-apanhado-com-canabis-


(William Shakespeare - Um dia você aprende...)


(As 50 melhores Frases de William Shakespeare)

05/02/15

Arte Literatura - O Escritor de Amarante, Alexandre Babo, não esqueceu o Tâmega nas suas "Notas de Viagem".



«Notas de Viagem

Mas isto vem a propósito de que o rio estreita, rejuvenesce, debilita-se e adquire o fascínio romanticamente esverdeado dos choupos e dos salgueiros marginais quando se afasta de Londres em direcção contrária à grande aventura dos oceanos. E é na serenidade dolente das águas dum rio como o Tâmega, com pequenas fragas de onde em onde, que se começa a descortinar ao longe, recortado no céu límpido, em dias solarengos, o grande Castelo de Windsor.», Alexandre Babo, “Notas de Viagem”.


26/12/14

Arte Literatura - José Régio, pseudónimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde em 1901.




"Cântico Negro" - José Régio (interpretado por João Villaret)


Maria Bethânia - "Cântico Negro" - (1982)


"Cântico Negro" - José Régio


Rosa Madeira - "Cântico Negro" - José Régio


Paulo Gracindo - "Cântico Negro" - José Régio

«José Régio

José Régio, pseudónimo literário de José Maria dos Reis Pereira, nasceu em Vila do Conde em 1901. Licenciado em Letras em Coimbra, ensinou durante mais de 30 anos no Liceu de Portalegre. Foi um dos fundadores da revista "Presença", e o seu principal animador. Romancista, dramaturgo, ensaísta e crítico, foi, no entanto, como poeta. que primeiramente se impôs e a mais larga audiência depois atingiu. Com o livro de estréia — "Poemas de Deus e do Diabo" (1925) — apresentou quase todo o elenco dos temas que viria a desenvolver nas obras posteriores: os conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a sociedade, a consciência da frustração de todo o amor humano, o orgulhoso recurso à solidão, a problemática da sinceridade e do logro perante os outros e perante a si mesmos.» in http://www.releituras.com/jregio_cantico.asp

"Cântico Negro
José Régio

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!"

25/12/14

Mundo - Podia ser Natal se os homens quisessem ouvir a palavra de Jesus...



«Podia ser Natal

Cidade de Belém na Palestina, parte central da Cisjordânia, dia 25 de dezembro de 1981, nasce um menino de nome Jesus, filho de um casal humilde, José e Maria, ele bastante mais velho do que ela.

Deus entendeu na sua Infinita sabedoria, que o Mundo estava precisado de uma nova epifania, de uma presença física de Si na terra, uma revelação divina, tal o estado de degradação social, ambiental e política, a que a moderna civilização aportou. O caminho que o homem seguiu de um consumismo exacerbado, de ausência de valores humanos e religiosos, de destruição do meio ambiente de forma acelerada, assim o exigiam.

Deste modo, no inicio de Janeiro de 2014, Jesus saiu de casa de sua Mãe, com seu velho Pai já muito debilitado, partindo numa missão que tinha interiorizada, desde sempre. Estava no Mundo para tentar chamar os homens à razão, dado que à sua volta e contra tudo que foram os ensinamentos de seus pais e que a sua sabedoria Divina preconizava, o ódio, a mentira, a falsidade, tudo o que de pior a condição humana pode intentar, fazem parte da ecologia existencial contemporânea.

Os pais de Jesus aceitaram sem nenhuma condição esta sua partida, reconhecendo nele um enorme esforço de evangelização e de fazer acordar os homens para o Bem. No fundo, eles sentiam que nele habitava um alterego Divino, naquele ser frugal, que muito meditava e orava, um homem que viveu sempre com eles, ajudando ao sustento da casa, carreado de pensamentos positivos de Paz, de perdão e de esperança. 

Jesus partiu com dois amigos de infância que queriam viajar e que também estavam prenhes da sua vontade de Infinito, muito por obra dos ensinamentos e meditações que Jesus lhes foi transmitindo, sempre com enorme alegria e voluntarismo. Um chama-se Paulo, o outro, Pedro.

Seguiram em direção a um ponto de tensão entre os homens, junto da fronteira da Palestina com Israel, nos colonatos. Bem pregou Jesus para os primeiros, que sendo seguidores da religião muçulmana, bem se riram, vilipendiaram e apedrejaram Jesus e seus dois amigos. A corrida foi tal que tentaram passar a fronteira, mas foram detidos pelas tropas de Israel, que os correram a rajadas de metralhadora em direção aos seus pés, não adiantando o facto de Jesus falar em Paz. Para os militares de Israel, aqueles três homens humildemente vestidos, só poderiam ser terroristas suicidas, além disso, queriam pregar o Cristianismo...

Perseguidos e acossados por todos os lados, foram seguindo entre a Jordânia, Egipto e Líbia, até que depois de muitos meses de sofrimentos e de desaires físicos e psicológicos decidiram ir a Roma apelar ao Papa, Francisco I, no sentido de que a sua mensagem fosse ouvida e difundida, também pelo mais alto representante de Deus na terra.

Para isso, a única hipótese que tinham para atravessarem o mediterrâneo, seria a de seguirem a bordo de uma débil embarcação com emigrantes clandestinos que, decidiram, no limite da sua desesperança, fazer a longa e arriscada travessia em condições, verdadeiramente, subumanas. Foram sempre ostracizados pelos companheiros de viagem que, nunca os queriam ouvir, já não queriam mensagens divinas, mas apenas atingir solo europeu em segurança, no sentido de poderem sobreviver à pobreza e miséria em que viviam. Claro está que vencidos pela fome e doenças, foram morrendo alguns dos tripulantes, principalmente crianças e velhos que eram lançados borda fora, de modo a não estorvarem mais...

Chegados a Itália, informaram as autoridades portuárias e serviços de apoios aos refugiados que apenas pretendiam dirigir-se ao Vaticano para falarem com o líder da Igreja Católica, mas todos os apelos foram em vão. Desiludidos, tentaram escapar numa corrida furiosa, foram avisados com tiros para o ar, mas como continuaram a correr, os militares pensando que eram terroristas muçulmanos, abateram-nos pelas costas, desarmados, a 25 de dezembro de 2014, no dia em que Jesus faria 33 anos de vida.

As últimas palavras de Jesus ouvidas pelos militares que os alcançaram foram: «Pai perdoa-lhes porque não sabem o que fazem e a mim que falhei esta missão que me atribuíste, não consegui chegar ao coração dos homens, eles já não acreditam no Natal... nem na Páscoa, andam distraídos a destruir a Tua obra; só mesmo Tu nos poderás salvar meu Pai e Deus do Mundo!”

Helder Barros, 25 de dezembro de 2014.»


UHF - "PODIA SER NATAL"



"Podia ser Natal

Podia haver uma luz em cada mesa
E uma família em cada casa
Jesus em Dezembro, aqui na Terra
Podia ser Natal e não ser farsa.

A história certa é
Natal de porta aberta
A ceia servida é a vida
Do Criador

Podia ser notícia o fim da Amargura
Que divide os homens por trás dos canhões
A fome e a miséria servem a loucura
Que forja profetas e divide as nações.

A história certa é
Natal de porta aberta
A ceia servida é a vida
Do Criador

Podia ser verdade o tom e o discurso
Desse velho actor falando aos fiéis
Mas nada se passa na noite do mundo
Máscaras de dor, pequenos papéis

A história certa é
Natal de porta aberta
A ceia servida é a vida
Do Criador

A história certa é
Natal de porta aberta
Podia ser Natal..."

Letra e música: António Manuel Ribeiro
Intérpretes: António Manuel Ribeiro e Miguel Ângelo (1995)
Musica incluída no álbum "Sierra Maestra" de António Manuel Ribeiro.

(Crónica a publicar no dia 27 de Dezembro de 2014 em: http://birdmagazine.blogspot.pt/2014/12/podia-ser-natal_27.html)

18/11/14

Arte Literatura - Manuel António Pina nasceu neste dia de novembro e já nos deixou... um vazio existencial! A sua Obra não morrerá...



«Para o Pina, que nos nasceu neste dia 

Foi um milagre de 18 de novembro: 1943, Manuel António Pina acontecia-nos no Sabugal. Isto é para ele - e dele para nós. Um poema (um acontecimento). Saudades do Pina.

"Entre a minha vida e a minha morte mete-se subitamente
A Atlética Funerária, Armadores, Casa Fundada em 1888.
A esse sítio acorrem então, aflitíssimos, o teu vago sorriso
e a vaga maneira como dizes os esses;
vêm de muito longe e chegam incompletamente
ao pequeno vulnerável sítio entre
toda a minha vida e toda a minha morte,
quando a minha última recordação atirou já com a porta
e tudo está acabado até a tua respiração
na cama ao meu lado,
e também tu estás morta,
duma forma que já não me importa. 

Vamos então os dois outra vez
ao longo de certas ruas sombrias e de certos dias
e sorris e falas alto; está calor mas tens as mãos frias,
compramos coisas, visitamos
talvez algum último amigo
sem sabermos que eu já não estou vivo. 

Poderia ter sido de outro modo?
Poderiam ter sido outras duas pessoas
vivendo a minha e a tua vida, morrendo a minha e a tua morte?
(Mesmo o armador, poderia ter sido outro?)
Aparentemente foi por pouco;
se fosse um pouco mais tarde ou um pouco mais cedo,
se eu não tivesse chegado a casa cansado,
se a louça não estivesse por lavar
e a janela da sala de jantar
não estivesse fechada, se o mundo não tivesse acabado,
nem tu tivesses ido ao supermercado,
e se eu não estivesse cheio de medo. 

Agora estou voltado para cima,
para onde cantas ainda há muito tempo.
Se calhar isto (alguma coisa) vai demorar mas já não me impaciento.
Voltamos, tu e eu, ao mesmo jardim desflorido
onde eu morro sozinho
e conversamos comigo
como com um desconhecido.
Que diremos agora um ao outro? 

É tarde. Ainda há um momento
me apetecia conversar, agora estou outra vez tão cansado!
Reparaste como o Outono este ano veio por outro lado,
como se fosse pelo lado de dentro?" 

MANUEL ANTÓNIO PINA, in "FAREWELL HAPPY FIELDS"» in http://expresso.sapo.pt/para-o-pina-que-nos-nasceu-neste-dia=f898739


(Quem é Manuel António Pina?)


(MANUEL ANTÓNIO PINA - IN MEMORIAM - 12 POEMAS NO ANO DA SUA MORTE)


(Nuno Miguel Henriques diz poema «O Lado de Fora» de Manuel António Pina)

26/09/14

Arte Literatura - A Serra da Gardunha, no concelho do Fundão (distrito de Castelo Branco), é também conhecida por Guardunha, palavra árabe que significa "refúgio", refúgio que para os de Idanha e refúgio para os que subirem ao Fundão para ouvir falar de literatura de viagem no Festival Literário da Gardunha, primeira edição, que ali decorre durante este fim de semana.

 

«Vamos experimentar a serra, que protege o povo e a literatura com as suas fragas e penhascos

Aviso: o arranque deste texto é inesperado - exige perseverança, é imprevisível e providencia acontecimentos que acabam num festival literário com mais de 30 escritores a partilharem as suas viagens.

Diz a lenda que há muitos anos, em Idanha-a-Velha, vivia um homem viúvo muito rico, com a mulher e uma filha do primeiro casamento. As duas não se davam e vai na volta pegavam-se. Certo dia, depois de a madrasta ter batido no cão da menina com um pau, esta decide fugir de casa. Agarra em algumas fatias de pão, queijo e chouriço, põe um xaile aos ombros e chama o cão, e juntos saem de casa em direção a uma serra que parece o lugar ideal para se abrigarem. Chegados ao cimo, a menina repara nuns grandes penedos onde há uma gruta onde os dois podem ficar.

De manhã, a menina é acordada por uma senhora vestida de branco - "Eu sou a Nossa Senhora!" - que sorri e lhe diz que desça imediatamente à povoação e diga ao seu pai e a todos os de Idanha para abandonarem as suas casas e subirem à serra, que os mouros estão a chegar. O pai desconfia, o povo acredita, e em pouco tempo rumam à serra. Do alto veem os mouros chegar, entrar nas suas casas e ninguém encontrar. Procuram os de Idanha, batem-se contra eles, saem derrotados, porque a serra, com as suas fragas e penhascos, protege o povo. Depois deste episódio, começou a chamar-se à serra "Gardunha", que significa: "Guardou os de Idanha".

A Serra da Gardunha, no concelho do Fundão (distrito de Castelo Branco), é também conhecida por Guardunha, palavra árabe que significa "refúgio". Refúgio para os de Idanha e refúgio para os que subirem ao Fundão para ouvir falar de literatura de viagem no Festival Literário da Gardunha, primeira edição, que ali decorre durante este fim de semana.

Hélia Correia, Teolinda Gersão, Luandino Vieira, Miguel Real, Carlos Vaz Marques, Fernando Alvim, José Mário Silva, Pedro Mexia são alguns dos nomes confirmados para este festival. Vão falar sobre as suas viagens literárias. Primeiro no Auditório da Moagem (cidade do Fundão), e depois em Alpedrinha e depois em Castelo Novo, lugares que a literatura entretanto imortalizou (Saramago um dia escreveu: "Castelo Novo é uma das mais comovedoras lembranças do viajante"), num movimento que faz jus ao tema do festival, e tem como cenário a Serra da Gardunha.

Além da participação dos escritores Alexandra Lucas e Coelho e Tiago Salazar, e do fotógrafo Pedro Loureiro, que estão desde segunda-feira passada em residência artística em vários locais do Fundão, o festival recebe ainda Cristina Branco e João Paulo Esteves da Silva para um concerto esta sexta-feira.

A iniciativa é promovida pela Câmara Municipal do Fundão em parceria com a A23 Edições e a Grande Turismo.

A pedido do Expresso, e porque o grande tema do festival é a viagem, Catarina Nunes de Almeida, autora de livros de poesia e vencedora, em 2006, do Prémio Internacional de Poesia Castello di Duino, partilha cinco itinerários especiais: Praça da Alegria - Castelo de São Jorge, Serra de Sintra - Serra do Açor, Ocidente - Oriente, e o itinerário que se faz dum poema a outro poema, e do "Lugar Filha" ao "Lugar Mãe". O texto pode ser lido aqui.» in http://expresso.sapo.pt/vamos-experimentar-a-serra-que-protege-o-povo-e-a-literatura-com-as-suas-fragas-e-penhascos=f890849#ixzz3EQ2qFJe6


(IDANHA A VELHA - ALDEIA HISTÓRICA)


(Idanha-a-Velha - a Egitânia doutrora)


(IDANHA-A-VELHA)


16/05/14

VILA REAL – Conto infantil – Admirável história de uma rara borboleta que sobrevive graças à ajuda de uma formiga, estas borboletas vivem num lameiro na serra do Alvão, bem perto de Vila Real.



«Apresentação do livro “sou uma linda borboleta azul”

VILA REAL – Conto infantil – Admirável história de uma rara borboleta que sobrevive graças à ajuda de uma formiga. Vivem num lameiro na serra do Alvão, bem perto de Vila Real.

Ao longo deste conto vivenciamos sentimentos de partilha e alegria da bicharada que se une para que a magia da natureza aconteça…

«Este conto relata a vivência real do ciclo da borboleta azul, Maculinea alcon, em perigo de extinção em Portugal desde 1994. Pretende sensibilizar os mais pequenos para a importância da preservação da natureza e do planeta terra.

A população de borboleta azul floresce bem perto de Vila Real, no Parque Natural do Alvão e está há anos no livro vermelho das espécies ameaçadas. Extremamente exigente com o habitat, a borboleta azul desaparece quase sem deixar rasto se não estiverem reunidas todas as condições ideais para viver e reproduzir-se. Muito delicada esta borboleta começa a voar em inícios de julho e desaparece em finais de agosto e sobrevive graças à existência de uma flor e à ajuda de uma formiga.

Ao longo desta história vivenciamos sentimentos de partilha da bicharada que se une para preservar esta rara espécie emblemática do Programa de Preservação da Biodiversidade do Município de Vila Real.»

António Alberto Alves

Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro

Rua Miguel Bombarda, 24 – 26 – 28 em Vila Real

2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, Sáb. das 10h00 às 20h00 e 4.ª feira das 14h00 às 23h00

259 103 113 | 935 157 323 | traga.mundos1@gmail.com

Próximos eventos:

- de 5 a 31 de Maio de 2014: exposição “O Prazer de Fotografar” fotografias a preto-e-branco de Eduardo Teixeira Pinto;

- dia 16 de Maio de 2014 (sexta-feira); pelas 11h00: apresentação e inauguração do “Bicho Palheiro” por tornadouro – cultura anónima portuguesa, à porta da Traga-Mundos;

- dia 16 de Maio de 2014 (sexta-feira); pelas 21h00: apresentação do livro “Raúl Rêgo – o Jornalista e o Político” pela autora: Natália Neves dos Santos;

- dia 18 de Maio de 2014, 3.º domingo do mês, pelas 7h30: passeio pedestre pelo Trilho de Miguel Torga.

Nos meses de Maio, Junho e Julho a Traga-Mundos irá acolher três diversas exposições de fotografias a preto-e-branco de Eduardo Teixeira Pinto (1933-2009), insigne fotógrafo nascido em Amarante e detentor de diversos «prémios em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente o Grande Prémio de Camões (1960), na época, uma das mais altas distinções a nível nacional».» in http://local.pt/portugal/norte/apresentacao-do-livro-sou-uma-linda-borboleta-azul/

(UTAD, investigadores encontraram novas populações da borboleta azul)


17/04/14

Óbitos - O escritor e jornalista colombiano, Gabriel Garcia Marquez, morreu esta quinta-feira; o Prémio Nobel da Literatura em 1982 tinha 87 anos e sofria de problemas respiratórios há vários anos



«Morreu Gabriel Garcia Marquez

O Prémio Nobel da Literatura em 1982, autor de "Cem Anos de Solidão", tinha 87 anos.

O escritor e jornalista colombiano, Gabriel Garcia Marquez, morreu esta quinta-feira. O Prémio Nobel da Literatura em 1982 tinha 87 anos e sofria de problemas respiratórios há vários anos. A informação foi avançada por vários órgãos de informação internacionais e confirmada pela família.

O autor de "Cem anos de solidão", que os amigos tratavam por "Gabo", tinha anunciado em 2009 que se retirava, e o livro publicado no ano seguinte, "Eu não venho dizer um discurso", reuniu apenas material disperso das suas alocuções em público, as quais iniciava invariavelmente com a frase "Eu não venho dizer [fazer] um discurso", informou na altura a editora Mondadori.

Em 2012, o seu irmão Jaime García Marquez dava conta de que lhe tinha sido diagnosticada uma demência, que perdera a memória e que não voltaria a escrever.

"Gabo", no verão de 1975, visitou Lisboa, para ver de perto a revolução que se desenrolava, e sobre a qual escreveu três reportagens para a revista "Alternativa", por si fundada. 

A sua bibliografia é de pouco mais de 30 títulos, entre romances, novelas, crónicas, material jornalístico e uma autobiografia, "Vivir para contarla" ("Viver para contar"), de 2002, tendo sido também argumentista com o seu amigo, o escritor mexicano Carlos Fuentes.

"O amor em tempos de cólera", "Notícia de um sequestro", "O outono do patriarca", "Ninguém escreve ao coronel" são alguns dos seus títulos na área de ficção, tendo García Marquez sido distinguido com vários prémios, entre os quais o Romulo Gallegos, Neustadt de Literatura e o Nobel.

O discurso que leu em Estocolmo quando recebeu o Nobel de Literatura, em 1982, "A solidão da América Latina", tornou-se um texto de referência da sua obra literária.

Em 2010, quando editou "Yo no vengo a decir un discurso", em comunicado afirmou: "Lendo estes discursos, redescubro como mudei e fui evoluindo como escritor".

Natural de Aracataca, na Colômbia, onde nasceu no dia 6 de Março de 1927, ficou a viver nesta cidade com os avós, quando os pais se mudaram para Barranquilla. Ultrapassou um cancro linfático diagnosticado em 1999.» in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=30&did=145785


(Dicas Literárias - 16 - Gabriel Garcia Márquez - Cem Anos de Solidão)


('Caderno 2' faz homenagem a Gabriel García Márquez)


Entrevista a Gabriel García Márquez (1982)


(Gabriel García Márquez: Discurso por el recibimiento del Premio Nobel)

07/10/13

Arte Literatura - "A Desumanização" de Valter Hugo Mãe apresentada no Teatro Maria Matos, em Lisboa.



«"A Desumanização" de Valter Hugo Mãe apresentada no Teatro Maria Matos, em Lisboa

O sexto romance de Valter Hugo Mãe leva o leitor até à Islândia pela mão de uma menina que perdeu a irmã gémea. "A Desumanização" foi apresentada este domingo no Teatro Maria Matos, em Lisboa.» in http://sicnoticias.sapo.pt/cultura/2013/10/07/a-desumanizacao-de-valter-hugo-mae-apresentada-no-teatro-maria-matos-em-lisboa



("A Desumanização" de Valter Hugo Mãe)
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