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25/08/11

Amarante - Alminhas Recta de Ramos Telões, Estrada Real,escaparam à queda da casa, no resto de parede que ficou intacto!

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O Destino às vezes tem destas coisas, a queda de uma enorme árvore em frente a esta casa, cuja parede frontal tem estas Alminhas, destruiu quase por completo a casa... mas resistiram as Alminhas!


Esta casa que foi Café e Tasca nos áureos tempos da Tabopan, libertava um cheirinho a café muito bom, lembro-me de em pequeno passar neste sítio e apreciar o cheiro a café... o olfacto tem memória!

Mais um pormenor da nossa Estrada Real, Nacional N.º 15, que liga o Porto a Trás-os-Montes!

01/08/11

Amarante Fregim - Alminhas do Boco, Fregim, construídas em 1956!

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Alminhas bem conservadas, em Boco, Fregim, com mais de 50 anos!


Já aqui referi neste blog a minha perplexidade com esta data de 1956, ligada à construção destes micro-monumentos religiosos ligados à disseminação da Fé e Religião Católica, mormente, pelo Conselho de Amarante!
A minha Mãe, com a sua sabedoria ancestral, tem-me dito que quem espalhou estes monumentos pelo Concelho de amarante e não só, foram as Tias solteironas, do Sr. Cardoso da Casa da Laje, e das inquirições verbais que tenho realizado, tudo aponta nesse sentido, dado que eram muito religiosas e dedicadas à Fé. Pena é que nos Muros da Casa da Laje, tenham desaparecido inúmeros azulejos alusivos a esta profissão de Fé e que, lembro-me de me encantar com eles em miúdo, por serem belíssimos e com frases de Fé para os viajantes...

24/06/11

Amarante - Procissão do Corpo e Sangue de Deus, 23 de Junho de 2011!

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A Dona Leonor, figura típica de Amarante, mais concretamente de São Lázaro, levou o estandarte da Senhora da Piedade e onde ela deita as mãos... é dela!


As ruas já não se enchem tanto, as cruzes que oriundas das quarenta Freguesias, já pouco passam de vinte, para a procissão do Corpo de Deus já só se voluntariam idosos. mulheres e crianças... são tradições que juntavam as pessoas de Amarante, mas têm os dias contados!


São outros tempos, os que vivemos, aparentemente melhores, mas não sei se esta lacuna espiritual e de ausência espírito de grupo, não será o principio do fim da nossa civilização...





«Corpo e Sangue de Cristo


Os Católicos realmente acreditam que estão recebendo o Corpo e Sangue de Cristo na comunhão? 
Cristo instituiu a Sagrada Eucaristia na noite anterior à Sua morte, isto é, na primeira Sexta-feira Santa, quando Ele transformou o pão e o vinho em Seu Corpo e Sangue, e ordenou aos Seus Apóstolos que fizessem o que Ele havia feito, em Sua memória: 
"Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, abençoando-o, o partiu e o deu aos discípulos, dizendo: 'Tomai, comei; isto é o Meu Corpo'. E tomando um cálice, rendeu graças e deu-lho, dizendo: 'Bebei dele todos; pois isto é o Meu Sangue, o Sangue do pacto, o qual é derramado por muitos para remissão dos pecados'" (Mateus 26,26.28). 
Nosso Senhor quis literalmente transformar o pão e o vinho em Seu Corpo e Sangue, ao invés de nos deixar um mero símbolo ou memória de Sua Paixão. 
Nós conhecemos isto pelas palavras de Sua promessa que iria fazê-lo, em João 6. As palavras mais importantes deste capítulo são: 
a. João 6,52-53: "Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: 'Como pode este dar-nos a sua carne a comer?'Disse-lhes Jesus: 'Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos'". 
b. João 6,54-55: "'Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida...'". 
c. João 6,56: "'Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele'". 
Estes e outros textos precisam ser levados em conta literalmente porque o contexto completo assim o pede, e porque qualquer outra interpretação iria levar-nos a consequências absurdas. As palavras "Comam Minha carne e bebam Meu sangue", em uma interpretação metafórica poderiam significar: "oprimam ou odeiem amargamente a Mim". Neste sentido, seria o mesmo que dizer que nosso Senhor havia prometido a todos os que o odiassem, a vida eterna e a gloriosa ressurreição. 
A construção gramatical das frases: "Este é Meu Corpo" e "Este é Meu Sangue", não admitem uma interpretação figurativa. Quando o verbo "ser" é utilizado, o antecedente precisa ser explicitamente igual ao consequente, isto é, "Isto" precisa ser idêntico a "Meu corpo" portanto, precisa haver a transformação da substância. 
Os Apóstolos entenderam que Cristo falou literalmente. 
"Porventura o cálice de bênção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos, não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?" (1Coríntios 10,16). 
"Porém, todo aquele que, de forma indigna, comer este pão ou beber o cálice da bênção que nós santificamos, será réu do corpo e do sangue do Senhor" (1Coríntios 11,27). 
Esta foi a convicção contínua da Cristandade até os tempos da Reforma.» in http://micr.sites.uol.com.br/ 

25/04/11

Amarante - Páscoa 2011, em Rampa Alta, Amarante!

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Em Amarante, a Tradição da Páscoa já não é o que era, mas ainda é uma grande manifestação de religiosidade e de união das famílias...



A Banda Musical de Amarante confere sempre mais nobreza ao cortejo Pascal!


20/04/11

Amarante: Paróquias de São Gonçalo e de São Veríssimo levaram a cabo Bênção e Procissão de Ramos!


«Amarante: Bênção e Procissão de Ramos


As paróquias de São Gonçalo e São Veríssimo encetaram este domingo a dinâmica que compõe a celebração da Páscoa da Ressurreição. Assim, pelas 09:45, no tradicional Domingo de Ramos, a Igreja recordou a entrada de Cristo em Jerusalém para consumar o Mistério Pascal.
O encontro teve lugar no lugar da Torre (Bucas), com as crianças da catequese reunidas nos seus grupos, levando os respectivos ramos de oliveira. Os pais das crianças que realizaram a dinâmica quaresmal levavam um bastão onde semanalmente foram colocadas fitas com uns dizeres denominados de "impossíveis".
Após a benção dos ramos, a procissão rumou pela Rua Sá Carneiro, descendo pela Rua Cândido dos Reis em direcção ao Mosteiro de São Gonçalo onde teve lugar a celebração da Missa dominical.
A semana santa continuará, com destaque para as celebrações na Igreja de São Gonçalo. Do programa consta, na quinta-feira ao final da tarde, a celebração da Ceia do Senhor, que inclui o Rito do Lava-pés; à noite, o concerto de Páscoa. Na sexta-feira santa, a celebração da Paixão do Senhor, pelas 15 horas, altura em que as mães das crianças da catequese que participaram na dinâmica quaresmal entregarão o saco com as realizações para tornar "os impossíveis possíveis". No Sábado à noite, terá lugar a Vigília Pascal, "a noite em que o tempo e a eternidade deram as mãos", com as Liturgias da Luz, da Palavra, Baptismal e Eucarística. Por fim, no Domingo, celebra-se a Páscoa do Senhor, com as celebrações dominicais às 11 e 19 horas.
É também no Domingo e segunda-feira que têm lugar as tradicionais visitas aos domicílios por todas as freguesias da cidade.» in http://www.averdade.com/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czoxMDoiaWRfbm90aWNpYSI7czo0OiIzNDI5IjtzOjk6ImlkX3NlY2NhbyI7czoxOiIzIjt9

13/04/11

Paróquias de Amarante meditaram nas 14 estações da Via Sacra ao longo da ecopista!

«Paróquias de Amarante meditaram nas 14 estações da Via Sacra ao longo da ecopista


“Chegamos ao termo da nossa via-sacra, em oração, com o ânimo recolhido e comovido. Nesta noite percorremos o caminho da cruz, subimos com Jesus ao Calvário e meditamos no seu sofrimento, redescobrindo em cada estação o profundo amor que Ele tem por nós”, proferiu o Pe. José Manuel, pároco de S. Gonçalo, na alocução final da Via-Sacra Inter-paroquial que, no sábado passado, percorreu a ecopista desde a estação de caminho-de-ferro em Amarante até à igreja de Gatão.

“Neste momento, não nos move somente uma compaixão ditada pelo sentimento frágil, aqui e agora sentimo-nos participantes do sofrimento de Jesus, homem justo, fizemos da sua Paixão companheira da nossa vida, da vida da Igreja e do mundo. Hoje temos mais consciência que é na Cruz do Senhor, no amor sem limites que Jesus se doa totalmente a si mesmo, é aí que está a fonte da graça, da libertação, da paz, da salvação”, continuou.

Mais de um milhar de cristãos de 14 paróquias do concelho de Amarante, acompanhados pelos seus párocos, percorreram, na noite do passado sábado, a ecopista, de Amarante até Gatão, meditando nas 14 estações da Via-Sacra.
Partindo da estação de caminho-de-ferro de Amarante a multidão seguiu a Cruz em procissão ao longo da ecopista, meditando em cada uma das estações da Via-Sacra que nos relembra alguns dos mais marcantes momentos da Paixão de Cristo no caminho que percorreu até ao calvário para ser cruxificado.

“Os textos, as meditações e as orações da Via-sacra ajudaram-nos a contemplar este mistério da Paixão a fim de aprender o imenso ensinamento de amor que Deus nos deu na Cruz, para que nasça em nós um renovado desejo de converter o nosso coração, vivendo a cada dia a partir do amor, que é a única força capaz de mudar o mundo”, escutou-se na alocução final da Via-Sacra, em Gatão, considerando que “nesta via-sacra, contemplamos Jesus com o seu rosto cheio de dor, escarnecido, ultrajado, desfigurado pelo pecado do homem”.

“No silêncio desta noite, no silêncio que envolve o túmulo de Jesus, tocados pelo amor de Deus sem limites, vivemos à espera da alvorada da vitória do Amor de Deus, da alvorada da luz que permite aos olhos do coração ver de um modo novo a vida, as dificuldades e o sofrimento. O acto de amor da Cruz é confirmado pelo Pai e a luz fulgente da Ressurreição tudo envolve e transforma: da traição pode nascer a amizade; da negação, o perdão; do ódio, o amor”, concluiu-se na mensagem final da Via Sacra.» in http://www.imprensaregional.com.pt/averdade/index.php?info=YTozOntzOjU6Im9wY2FvIjtzOjExOiJub3RpY2lhX2xlciI7czo5OiJpZF9zZWNjYW8iO3M6MToiMyI7czoxMDoiaWRfbm90aWNpYSI7czo0OiIzMzc3Ijt9

10/01/11

Amarante - Hoje é dia de S.º Gonçalo de Amarante, mas quase ninguém se apercebeu disso em Amarante!


«Santo nascido em Tagilde é festejado hoje em Amarante


São Gonçalo também conhecido como São Gonçalo de Amarante, nasceu em Arriconha, Tagilde, Vizela em 1187 e faleceu em Amarante, 10 de Janeiro de 1259. Gonçalo foi um eclesiástico português considerado santo pela Igreja Católica, gozando de grande devoção popular, sobretudo no Norte do país. Existem, em sua honra, as Festas de São Gonçalo. No concelho de Vizela é venerado em Tagilde onde nasceu e em S. Paio onde foi pároco. A forma correcta de o denominar é "Beato Gonçalo de Amarante". Hoje é dia de festa em Amarante!

Origens

Nasceu Gonçalo de Amarante, da família dos Pereiras, no lugar de Arriconha, freguesia de Tagilde, próximo de Vizela, igualmente concelho de Vizela. Em Arriconha não falta, desde tempos imemoriais, a capela dedicada a S. Gonçalo.

Os seus pais eram pessoas de nobre linhagem e deram ao seu filho uma esmerada educação cristã não só pela palavra como sobretudo pelos exemplos das suas virtudes cristãs.

O sacerdote

Atingido o uso da razão, foi confiado a um douto e virtuoso sacerdote sob cuja direcção iniciou os seus estudos. Chamava a atenção a sua modéstia, a candura, o esforço em se aperfeiçoar na prática da vida cristã e os progressos que ia fazendo nos estudos. Entre outros foram estes os motivos principais que moveram o Arcebispo de Braga a admiti-lo, como seu familiar, e, sob os auspícios do Prelado, cursou as disciplinas eclesiásticas, vindo a ser ordenado sacerdote e nomeado Pároco da freguesia de São Paio (ou São Pelágio) de Riba-Vizela, apesar da sua humildade e resistência.

No desempenho do seu múnus pastoral começou a brilhar na prática das virtudes, sobressaindo no zelo apostólico, na castidade e na prática das obras de misericórdia para com os pobres, gastando a maior parte dos rendimentos da paróquia em aliviar as suas necessidades materiais, sem esquecer as necessidades espirituais do seu rebanho, prodigalizando a todos amor e consolação.

Alimentava no seu coração um desejo ardente de visitar os túmulos dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo e os Lugares Santos da Palestina a fim de melhor viver as Mistérios da nossa Redenção. Obtida a licença do seu Bispo, deixou os seus paroquianos ao cuidado dum sobrinho sacerdote, peregrinou primeiro a Roma donde passou a Jerusalém e demais terras da Palestina onde se demorou 14 anos. Entretanto, começou a sentir certo remorso por tão longo abandono da sua paróquia, avivaram-se as saudades da Pátria e dos seus filhos espirituais e veio-lhe ao íntimo o pressentimento dos males espirituais de que padeciam, provocados por tão longa ausência e possível falta de zelo de seu sobrinho. Foram motivos mais que suficientes para regressar apesar dos inumeráveis incómodos e perigos que a viagem supunha.

Regressa da Terra Santa

O seu sobrinho, além de o não aceitar e não reconhecer como verdadeiro e legítimo pároco, escorraçou-o de casa e conseguiu, mediante documentos falsos, provar ao Arcebispo D. Silvestre Godinho que Gonçalo morrera e ser nomeado pároco da freguesia.

Resignado com semelhante atitude, deixou S. Paio de Riba-Vizela e foi-se pregando o Evangelho por aquelas terras até à margem do Tâmega, vindo a encontrar o lugar onde hoje é a cidade de Amarante, então sítio inculto e quase despovoado, mas apto para a vida eremítica. Construiu uma pequena ermida que dedicou a Nossa Senhora da Assunção, nela se recolheu, saindo, de vez em quando, a pregar nos arredores e consagrando o tempo que lhe sobrava à oração e à penitência.

Sentia, no entanto, necessidade de encontrar um caminho mais seguro em ordem a alcançar a glória eterna. Jejuou uma Quaresma inteira a pão e água e suplicou fervorosamente a Nossa Senhora lhe alcançasse do Senhor esta graça… Diz-se que a Virgem Maria lhe apareceu e lhe disse procurasse a Ordem em que iniciavam o seu Ofício com a Saudação angélica ou Ave-Maria. Essa Ordem era a dos Pregadores ou Dominicanos.

Abraça a vida dominicana

Encaminhou-se para o Convento de Guimarães da Ordem dos Pregadores, recentemente fundado por S. Pedro González Telmo, grande apóstolo da região de Entre-Douro e Minho o qual lhe deu o hábito e, uma vez feito o noviciado, ao modo daquele tempo, o admitiu à profissão religiosa e, depois de algum tempo lhe deu licença para, com um outro religioso, voltar para o seu eremitério de Amarante, continuando a sua vida evangélica e caritativa.

Com o seu ministério operou muitas conversões, levou o povo à prática duma autêntica vida cristã, sem esquecer de os promover socialmente em muitos aspectos. Sobressai neste particular a construção de uma ponte em granito sobre o rio Tâmega, angariando pessoalmente donativos em terras circunvizinhas e levando os moradores mais abastados a darem ajuda vultosa para assim pagarem aos operários.

O povo atribui-lhe muitos milagres, mesmo de ordem material, desde o começo até terminar a construção da referida ponte.

Concluída a ponte, S. Gonçalo viveu ainda alguns anos dedicado à pregação e à vida de oração, enriquecendo-se de virtudes e merecimentos. Reza a tradição que Nossa Senhora lhe revelou o dia da sua santa morte para a qual se preparou com a recepção dos Sacramentos da Igreja. Descansou santamente no Senhor, a 10 de Janeiro de 1262. O seu venerado corpo, após a celebração das solenes exéquias por sua alma, foi sepultado na referida ermida, continuando a efectuar-se muitos milagres, atribuídos à sua intercessão.

Mais tarde a ermida primitiva construída por S. Gonçalo foi ampliada em igreja. Sobre esta, em 1540, D. João III mandou erguer o sumptuoso templo e convento que ainda hoje existem e que são monumento histórico da cidade de Amarante de que S. Gonçalo pode muito bem ser considerado segundo fundador.

Elevado às honras dos altares

 
Efectuaram-se três Processos canónicos em ordem à Beatificação e Canonização de S. Gonçalo, o último dos quais foi levado a cabo por D. Rodrigo Pinheiro, Bispo do Porto, por comissão do Papa Pio IV (1561). A instâncias de EI-Rei D. Sebastião, do Arcebispo de Braga, da Ordem dos Pregadores, do Cardeal D. Henrique e da população de Amarante, a sentença de Beatificação foi promulgada a 16 de Setembro de 1561 pelo representante da Sé Apostólica, confirmando-se a concessão de lhe tributar culto público permitido antes pelo Papa Júlio III (1551).

Mais tarde o Papa Clemente X, em 10 de Julho de 1671, estendeu a toda a Ordem dos Pregadores e a todo o reino de Portugal a concessão de honrarem este glorioso Santo, um dos santos mais populares de Norte a Sul do País, especialmente no Norte, com Missa e Ofício litúrgicos próprios. O seu culto espalhou-se pelos domínios ultramarinos de Portugal, chegando à Índia e ao Brasil como o confirma um longo e engenhoso sermão do Padre António Vieira sobre S. Gonçalo. É celebrado a 10 de Janeiro.

Tornou-se o santo patrono da cidade de Amarante, onde faleceu, e ainda das cidades de São Gonçalo do Amarante nos estados brasileiros do Rio Grande do Norte e do Ceará (nessas cidades homónimas também o padroeiro permaneceu idêntico).

É, no entanto, importante salientar que Gonçalo de Amarante, apesar de chamado "Santo" pelo povo, na verdade, é apenas "Beato", porque o processo de Canonização nunca foi levado a bom termo, ao contrário da sua Beatificação. Deste modo, a forma correcta de o denominar é "Beato Gonçalo de Amarante", o que é atestado pelos calendários litúrgicos portugueses.

(texto extraído do wikipédia)

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Continuo a defender que o Beato São Gonçalo foi e é demasiado importante para a História de Amarante que, queiramos ou não, cresceu apoiada na bengala de São Gonçalo, pelo que hoje deveria ser feriado em Amarante; mas não, o feriado municipal é em oito de Julho...

#amarante
#saogoncalodeamarante

05/11/10

AMARANTE: Obras na igreja de S. Domingos preveem restauro de talha com 300 anos !

AMARANTE: Obras na igreja de S. Domingos preveem restauro de talha com 300 anos (COM VÍDEO)«AMARANTE: Obras na igreja de S. Domingos preveem restauro de talha com 300 anos (COM VÍDEO)

(05-11-2010)


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Segundo José Manuel Ferreira, os trabalhos vão incidir também nas paredes interiores, das quais vai ser retirada a cal para pôr a descoberto as pinturas originais, com motivos florais


Armindo Mendes/Lusa





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Obras na igreja de S. Domingos



Amarante, 05 nov (Lusa) - As obras de restauro da igreja de S. Domingos, em Amarante, vão começar nos próximos dias, recuperando talha dourada com quase 300 anos de existência, revelou à Lusa o pároco local.
Segundo José Manuel Ferreira, os trabalhos vão incidir também nas paredes interiores, das quais vai ser retirada a cal para pôr a descoberto as pinturas originais, com motivos florais.
“Este vai ser um trabalho muito minucioso realizado por técnicos qualificados que reporão o esplendor desta igreja da nossa cidade”, afirmou o pároco.
A igreja de S. Domingos, do princípio do século XVIII, situa-se na margem direita do rio Tâmega e está classificada como Imóvel de Interesse Público. Esta igreja é uma das duas que se observa a partir do largo principal do núcleo urbano, constituindo, conjuntamente com o mosteiro de S. Gonçalo, um elemento arquitetónico apreciado e fotografado pelos muitos turistas que visitam a cidade.
O pároco explicou que a intervenção vai ser apoiada por fundos da União Europeia (UE) e da autarquia local, prevendo-se um investimento de 714 mil euros.
Para José Manuel Ferreira, as obras “são urgentes” face à degradação da igreja, havendo “o risco de algumas perdas serem irreversíveis”.
A recuperação dos altares, nomeadamente as figuras religiosas e a talha dourada, de estilo barroco, é a parte mais complexa da intervenção porque, evidenciou o pároco, "são elementos com maior importância histórica e apresentam sinais de maior degradação".
Os trabalhos incluem também a recuperação das paredes exteriores, coberturas, pavimentos, vãos das portas e janelas, revisão da instalação elétrica e do coro alto.
Também vai ser recuperado o pequeno núcleo museológico que existe no antigo convento de S. Domingos, contíguo à igreja, onde se podem encontrar peças religiosas com quase 300 anos.
Numa fase posterior será restaurado o órgão de tubos da igreja, de estilo gótico, que está muito degradado.
Os trabalhos deverão prolongar-se por cerca de 14 meses. Quando a intervenção estiver concluída a cidade de Amarante acentuará, segundo o pároco, a sua vocação enquanto destino de turismo religioso.
“O estado de degradação do edifício é preocupante. O objetivo da recuperação é tornar a igreja mais acolhedora para os fiéis, mas também valorizá-la de forma a ser mais um ponto de visita obrigatória na cidade de Amarante”, explicou à Lusa.
A cerimónia de apresentação desta intervenção está marcada para hoje com a presença de representantes da Diocese do Porto, da Direção Regional de Cultura do Norte e da Câmara Municipal de Amarante.
APM.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/fim» in http://www.tamegaonline.info/v2/noticia.asp?cod=3593

04/11/10

Amarante - A Igreja de São Domingos merece este restauro, por ser um Monumento de Visita quase Obrigatória em Amarante!

«Recuperação e valorização da Igreja de S. Domingos em Amarante

A apresentação pública do projecto de recuperação e valorização da Igreja de São Domingos, em Amarante, será no dia 5 de Novembro.
O estado de degradação do edifício é preocupante pelo que a Paróquia de São Gonçalo investiu num projecto que permitisse a sua recuperação e valorização. “O objectivo da recuperação é por um lado tornar a Igreja mais acolhedora para os fiéis que a ela acorrem diariamente, e por outro valorizá-la de forma a ser mais um ponto de visita obrigatória na cidade de Amarante” – sublinha um comunicado de imprensa enviado à Agência ECCLESIA.

O Igreja de São Domingos, também designada por Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos, localizada na cidade de Amarante é um belo exemplar da Arquitectura Religiosa Barroca portuguesa, e é classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1978, pelo Decreto 95/78, DR 210, de 12 Setembro.
Ainda que de pequena dimensão trata-se de um belíssimo templo, localizado junto da Igreja de São Gonçalo, sobranceiro ao Rio Tâmega.
Na cerimónia marcarão presença diversas entidades como: Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Amarante S. Gonçalo, a Diocese do Porto, a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte, a Direcção Regional de Cultura do Norte, e a Câmara Municipal de Amarante.» in http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=82357
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O Dr. Luís Coutinho, por todo o empenho e luta pela preservação desta Igreja e da Criação do respectivo Museu de São Domingos, merece bem que esta Obra se concretize, da forma como ele pretendia...

01/11/10

Amarante - Hoje estive dividido entre Fregim e Mancelos, Famílias Paterna e Materna, no Dia de Todos os Santos e a tarde ficou linda!




Apesar de nos dias anteriores as condições atmosféricas terem sido extremamente adversas, o Dia de Todos os Santos trouxe-nos um Final de Tarde fantástico, sendo a minha hora preferida para visitar os meus entes queridos que já partiram deste Mundo!


20/03/08

A Magia da Páscoa nas Aldeias Portuguesas!

«A Páscoa na Aldeia

Volto de novo à terra, Doiro acima de comboio, a carreira à minha espera no largo da estação, para me levar até ao planalto, a fiel carreira da Meda que, às dezasseis e trinta, me deixará nos Pereiros.
À chegada será Primavera clara ou quase e eu seria capaz de reconhece-la em qualquer parte do Mundo, pelo perfume das amendoeiras em flor, pelo chilrear dos pássaros, pelo zumbido das abelhas, pela cheiro a terra lavrada, pela simbiose perfeita entre estes cheiros, sons e cores.
Do forno comunitário já sobe o cheiro do pão e, na mesa, a minha mãe tem prontos todos os seus mimos, bola de carne, folar, biscoitos, com que vou matar saudades e fome, logo ao subir da escada.
- Um beijo à avó, minha filha. Olhe como a sua neta está linda, minha mãe !
Amanhã cedo vou à missa como todos os meus conterrâneos, vestirei uma opa vermelha para pegar no pálio na procissão e, com voz afinada, cantarei aleluia, aleluia, respondendo às invocações do Abade Celestino, no salmo em que anuncia à Mãe a ressurreição do Filho, afinal o mais sublime desejo de qualquer mãe que há três dias tenha perdido o seu.
À tarde sairá o compasso que vou receber em nossa casa, na companhia de quem quiser entrar para partilhar alegrias, trocar mimos, comungar afectos!
Os sinos repicarão toda a tarde e eu, pelo jeito de tocar, vou identificar quem toca e prestarei homenagem a quem consegue transformar em sinfonia duas notas repetidas, dlim dlão, dlim, dlão.
Vem daí, João, homem de Deus. Como pediste, as mimosas que conhecemos por acácias, estarão em flor, terás na mesa uma bola de azeite e uma regueifa fresquinha, e, se prometeres que vais, vou rogar a música de Custóias para dar brilho à nossa Páscoa!»
Joaquim Nascimento

«A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo (Vitória sobre a morte) depois da sua morte por crucificação (ver Sexta-Feira Santa) que teria ocorrido nesta altura do ano em 30 ou 33 d.C. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses a partir desta data até ao Pentecostes.
Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egipto (Portugal, África e Timor) Egito (Brasil).
A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.
A última ceia partilhada por Jesus e pelos discípulos é considerada, geralmente, um “seder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos atermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pesach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta festividade.
Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pesach(páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Eostremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o historiador inglês do século VII, Beda.

Origem dos Símbolos da Páscoa
É sugerido por alguns historiadores que muitos dos atuais símbolos ligados à Páscoa (especialmente os ovos de chocolate, ovos coloridos e o coelhinho da Páscoa) são resquícios culturais da festividade de primavera em honra de Eostre que, depois, foram assimilados às celebrações cristãs do Pessach, depois da cristianização dos pagãos germânicos. Contudo, já os persas, romanos, judeus e armênios tinham o hábito de oferecer e receber ovos coloridos por esta época.
Ishtar tinha alguns rituais de caráter sexual, uma vez que era a deusa da fertilidade, outros rituais tinham a ver com libações e outras ofertas corporais.
Um ritual importante ocorria no equinócio da primavera, onde os participantes pintavam e decoravam ovos (símbolo da fertilidade) e os escondiam e enterravam em tocas nos campos. Este ritual foi adaptado pela Igreja Católica no principio do 1º milênio depois de Cristo, fundindo-a com outra festa popular da altura chamada de Páscoa. Mesmo assim, o ritual da decoração dos ovos de Páscoa mantém-se um pouco por todo o mundo nesta festa, quando ocorre o equinócio da primavera.

Ovo de Páscoa
O hábito de dar ovos de verdade vem da tradição pagã. O hábito de trocar ovos de chocolate surgiu na França. Antes disso, eram usados ovos de galinha para celebrar a data.
A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes de era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza - lá eles têm até nome, pêssanka - em celebração à chegada da primavera.
Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-os com beterrabas.
Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.
Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.
Os cristãos se apropriaram da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorna) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.
Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.
Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a idéia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca. A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole.

A data da Páscoa Cristã
A data da Páscoa foi fixada no primeiro concílio de Nicéia, no ano de 325.
Assim, a Páscoa cristã é comemorada (segundo o costume da Idade Média e da Europa) no primeiro domingo após a primeira Lua cheia da Primavera (no Hemisfério Sul, Outono).: a data ocorre entre os dias 22 de Março e 25 de Abril.
A decisão equalizava todas as correntes cristãs, mas é bem provável que nenhum método de cálculo da data tenha sido explicitamente indicado.
Essa decisão não foi sem discussão. Havia o problema da coincidência da data da Páscoa com as festas pagãs do início da Primavera. As igrejas da Ásia, principalmente, acreditavam que devia ser seguida a data do sacrifício do cordeiro em Pessach (14 de Nissan), que seria a data exata da morte de Cristo.

As festas móveis
Ver artigo principal: Cálculo da Páscoa
Como o calendário judeu é baseado na Lua, a Páscoa cristã passa a ser móvel no calendário cristão, assim como as demais datas referentes a Páscoa, tanto na Igreja Católica como nas Igrejas Protestantes e Igrejas Ortodoxas:
A Páscoa é um feriado móvel que serve de referência para outras datas. É calculado como sendo o primeiro domingo após a lua cheia seguinte à entrada do equinócio de outono no hemisfério sul ou o equinócio de primavera no hemisfério norte, podendo ocorrer entre 22 de março e 25 de abril.

As datas móveis que dependem da Páscoa são: [1] [2]

Terça-feira de Carnaval - quarenta e sete dias antes da Páscoa
Quaresma - Inicia na quarta-feira de cinzas e termina no domingo de Ramos (uma semana antes da Páscoa)
Domingo de Ramos - Celebra a entrada de Jesus em Jerusalém. Domingo anterior à Páscoa.
Quinta-Feira Santa - Dia em que se celebra a instituição da Eucaristia por Cristo. A quinta-feira anterior à Páscoa. Feriado nacional.
Sexta-feira Santa - Dia que relembra a morte de Cristo. Não há missas, somente uma ação litúrgica às 15:00 hs. A sexta feira anterior à Páscoa. Feriado nacional.
Sábado Santo - Sábado de Aleluia - Sábado da Solene Vigília Pascal - o sábado de véspera. Feriado nacional.
Ascensão do Senhor - o sexto domingo após a Páscoa.
Pentecostes - o sétimo domingo após a Páscoa.
Santíssma Trindade - o domingo após Pentecostes.
Corpus Christi ou Corpo de Deus - a quinta-feira imediatamente após o domingo da Santíssima Trindade.» in Wikipédia.
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Recebi na minha caixa de correio - email - este magnífico Conto de Páscoa enviado pelo meu Primo Costa Barros, texto cuja autoria é de Joaquim Nascimento, e que diz muito, pelo menos para aqueles que como eu passaram muitas Páscoas na Aldeia. O Conto transporta-nos para um imaginário muito confortante e vem trazer à memória muitas e boas recordações do passado. Eram as Páscoas dos cheiros a rosmaninho, das campainhas a tocar, do anho ou cabrito conforme as posses, do folar, das amêndoas, dos doces caseiros, enfim, a Páscoa na Aldeia! Deixo agora um Poema do Grande Poeta Amarantino, Teixeira de Pascoaes, que melhor do que qualquer um, abordou esta temática.

"PÁSCOA NA ALDEIA - TEIXEIRA DE PASCOAES

Minha aldeia na Páscoa...
Infância, mês de Abril!
Manhã primaveril!
A velha igreja.
Entre as árvores alveja,
Alegre e rumorosa
De povo, luzes, flores...
E, na penumbra dos altares cor-de-rosa .
Rasgados pelo sol os negros véus.
Parece até sorrir a Virgem-Mãe das Dores.
Ressurreição de Deus! (...)
Em pleno azul, erguida
Entre a verde folhagem das uveiras.
Rebrilha a cruz de prata florescida...
Na igreja antiga a rir seu branco riso de cal.
Ébrias de cor, tremulam as bandeiras...
Vede! Jesus lá vai, ao sol de Portugal!
Ei-lo que entra contente nos casais;
E, com amor, visita as rústicas choupanas.
É ele, esse que trouxe aos míseros mortais
As grandes alegrias sobre-humanas.
Lá vai, lá vai, por íngremes caminhos!
Linda manhã, canções de passarinhos!
A campainha toca: Aleluia! Aleluia! (...)
Velhos trabalhadores, por quem sofreu Jesus.
E mães, acalentando os filhos no regaço.
Esperam o COMPASSO...
E, ajoelhando com séria devoção.
Beijam os pés da Cruz.

Teixeira de Pascoaes"

26/12/07

Amarante Religião - Igreja de S. Domingos Amarante e Museu de Arte Sacra!


A Igreja de S. Domingos em Amarante é um Monumento belíssimo!


«Ordem de São Domingos

A Ordem Dominicana adquiriu especial relevo em Portugal e, nomeadamente, entre nós, em Amarante, com a edificação do Convento de São Gonçalo a partir de 1540. É, muito provavelmente, em face da conjuntura conciliar pós-tridentina, que deve ser compreendida a génese do crescente número de devotos de São Domingos e a consequente romaria que começou a ter cada vez maior dimensão, designadamente em São Gonçalo, à Capela do Populo, onde se encontrava a imagem de Nosso Senhor dos Aflitos. Só assim se explica a importância que a determinada altura extravasou a mera devoção ou a simples espiritualidade, com a edificação (material) da Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos (vulgo, São Domingos), concluída em 1725, para além da constituição da Irmandade da Ordem Terceira de São Domingos da qual possuímos referências documentais balizadas entre 1719 e 1974.


Natureza e percurso histórico

A Irmandade da Ordem Terceira de São Domingos apresenta não só a especificidade de constituir-se enquanto Irmandade, como a particularidade de sê-lo em nome, e no âmbito, de uma Ordem Terceira. Deste modo, aproxima-a da Ordem a sua orgânica, com regra aprovada pela Santa Sé, o noviciado e profissão dos seus membros, podendo usar hábito especial, substituível por insígnias como o escapulário, a medalha ou o cordão e, ainda, a prerrogativa de beneficiar de uma certa isenção e participação de muitas das graças e privilégios da respetiva Ordem.

Nesse sentido, pela sua ambivalência enquanto Irmandade de uma Ordem Terceira, esta instituição acabou por comportar o duplo desgaste de uma evolução histórica (político-social), em nada favorável ao meio eclesial. Enquanto Irmandade (da Ordem Terceira de São Domingos) esta instituição viu, como as outras, a sua existência devidamente controlada e regulamentada pelas autoridades públicas, através de uma legislação específica que visou, concretamente, o seu afastamento da alçada eclesiástica.

De qualquer modo, apesar das dificuldades que se impuseram, a verdade é que muitas destas congregações conseguiram subsistir, essencialmente, à sombra de um carácter mais educativo, assistencial e beneficente, que não substituiu, mas que foi, antes, como que anexado ao rol de procedimentos que as caracterizava e cuja finalidade era, afinal, o fomento e fortalecimento da prática e da vivência católica.

A proclamação da República, no dealbar do século XX, trouxe uma renovada onda anticlerical que acabou, todavia, por esfumar-se sem danos de maior, concluindo-se, com o advento do Estado Novo, a pacificação e o estabelecimento de boas relações entre o Poder Temporal e o Poder Espiritual.


Documentação

É admirável como se conservaram mais ou menos resguardados os arquivos desta Irmandade da Ordem Terceira de São Domingos da villa de Amarante. Nestes arquivos, além de Livros de Actas Eleitorais, de Termos e Deliberações de Mesa, de Entradas e Registos dos Irmãos e da prestação de Contas, Orçamentos e Despesas, constam, ainda, os Livros de Missas pelos falecidos, Livros dos Estatutos e até alguma documentação avulsa a partir da qual se conhecem as vicissitudes internas e externas, pelas quais passaram.


A Festa

O momento alto da vida destas associações e, nomeadamente, desta, de São Domingos, era, sem dúvida, o da festa do respetivo patrono, ao qual guardavam especial veneração. Na globalidade, as festas confraternais consistiram, então, senão na melhor, certamente numa das melhores manifestações da identidade, da força, do dinamismo e da vitalidade destas associações religiosas que viram no século XIX, não obstante as adversidades, o seu melhor momento.

Relativamente à documentação existente no Arquivo Paroquial de São Gonçalo e, comparativamente com as Irmandades de São Pedro e Nossa Senhora do Rosário, é da Irmandade da Ordem Terceira de São Domingos que possuímos menos elementos, sendo a sua diversificação igualmente menor.

A última referência documental existente consiste numa Acta de Eleição de Setembro de 1974, remetendo-nos para o contexto do já extinto Estado Novo e do fervor revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril. Afinal, “mudam-se os tempos, mudam-se as «vontades» ”… e o perigo de apropriação da Igreja e de seus bens, no contexto político em questão, terá levado a Irmandade como que a ressuscitar-se, ainda que, pelos vistos, somente no papel.»
Andreia Torresin Varanda dos Reis, n.8, Março de 2003, 5-6.
Fonte: http://ae.no-ip.org/par/10/noticia.asp?jornalid=10&noticiaid=6043


«Igreja de São Domingos

A Igreja do Nosso Senhor dos Aflitos (S. Domingos), foi construída pela Ordem Terceira de S. Domingos, tendo ficado concluída em 1725. A imagem de Nosso Senhor dos Aflitos, que dá nome ao templo, esteve primeiro na capela do Pópulo, no interior da Igreja de S. Gonçalo. Em 1725 foi mudada para a capela homónima da Venerável Ordem Terceira do Patriarca S. Domingos, erigida sobranceira à "Rocha" e em terreiro de S. Gonçalo.
A Igreja de S. Domingos possui uma fachada de estilo barroco, com um campanário na parte posterior. O interior da Igreja é pseudo-centrado.» in Site Câmara Municipal de Amarante.


«Domingos de Gusmão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São Domingos de Gusmão, O.P.
Fra Angelico 052.jpg
São Domingos de Gusmão, por Fra Angelico
Nascimento 24 de Junho de 1170 em Caleruega
Falecimento 6 de Agosto de 1221 em Bolonha
Canonização 1234, Roma por: Papa Gregório IX
Festa litúrgica 8 de Agosto
Padroeiro: Astrônomos, Tocantins, República Dominicana
Portal dos Santos
Fundador da Ordem dos Pregadores, cujos membros são também conhecidos por dominicanos.
São Domingos de Gusmão, O.P. (Caleruega, Reino de Castela, 24 de Junho de 1170 - Bolonha, 6 de Agosto de 1221). Fundador da Ordem Dominicana.
Filho de Joana de Aza e Félix de Gusmão, Domingos nasceu na zona de fronteira do Reino de Castela. Seus pais pertenciam à pequena nobreza guerreira, encarregue de assegurar as praças militares da fronteira com o sul dominado ainda pelos muçulmanos.
Domingos, que teve desde cedo inclinação para a vida religiosa, vai em 1189 estudar para Palência, tornando-se, após a conclusão dos estudos membro em 1196, do cabido da sua Diocese natal, Osma.
Em 1203, o rei de Castela solicita ao bispo de Osma que este fosse negociar e trazer uma princesa da Dinamarca para se tornar esposa do seu filho, tendo Domingos sido companheiro de viagem do seu bispo, Diogo. Durante a viagem, Domingos ficou para sempre impressionado com o desconhecimento da doutrina cristã dos povos da Europa do norte, tornando-se-lhe evidente que se tornava necessário ir evangelizar aqueles povos, em especial um com que certamente contactou, os cumanos.
Em 1205, Domingos e Diogo, para conclusão do objetivo inicial, realizaram nova missão ao norte da Europa, tendo também efetuado uma peregrinação a Roma e a Cister. No sul de França, junto a Montpellier, encontraram legados do Papa que pregavam contra as heresias dos Albigenses e Cátaros. Estes dois grupos, defendiam uma vida apostólica, baseada na vida de Cristo e dos primeiros apóstolos. Um modo de vida simples, sem hierarquias que em tudo contrastava com o cerimonial, as hierarquias e poder financeiro e político de grande parte das estruturas da Igreja do seu tempo. Tiveram grande adesão popular em virtude do seu carisma e honestidade de vida. No entanto, tornaram-se heréticos, ao defenderem ideias contrárias aos fundamentos da Igreja, razão pela qual o Papa entendeu intervir, enviando delegados seus por forma a catequizar, pregar, converter e denunciar os erros dos heréticos.
Diogo e Domingos, perante a evidência das dificuldades sentidas na missão dos legados papais, convencem-nos a adotar uma estratégia de simplicidade ao estilo apostólico e mendicante, pois que os Legados, até aí, deslocavam-se com grande pompa, criados, e riquezas. Os Legados deixam-se convencer, despachando para casa tudo o que fosse supérfluo, na condição que Diogo e Domingos os acompanhassem e os dirigissem na missão. O que estes fizeram. O Papa Inocêncio III, descobrindo virtualidades nesta novo forma de pregação, aprova a mesma e mandata Diogo e Domingo para a “santa pregação”. Diogo, sendo bispo, por razão das suas responsabilidades e não podendo ficar muito mais tempo naquela região e regressou à sua diocese, falecendo pouco tempo depois. Domingos continuou na região, muitas vezes sozinho.

Índice

[esconder]

[editar] A pregação e o início da Ordem

Em 1206, um grupo de mulheres por si convertida do catarismo pedem-lhe apoio e ele encontra uma casa para elas morarem em Prouille, dá-lhes uma regra de vida, simples, de oração e reclusão, no que veio a ser a primeira comunidade religiosa dominicana de monjas de clausura. Domingos encarava esta comunidade como “ponto de apoio à santa pregação”, pois que aquelas religiosas, por intermédio da oração, seriam o apoio dos pregadores. Em 1208 encontra-se completamente sozinho na missão de pregar pelas localidades do sul de França. Em 1210 está na região de Toulouse, palco de violentos combates entre senhores feudais e heréticos cátaros.
Em 1214 está em Carcassonne onde assiste a duras batalhas entre as duas partes e onde começa a juntar um pequeno grupo de companheiros que com ele adotam a vida de pregadores itinerantes. No mesmo ano, torna-se pároco de Fanjeaux, localidade junto a Prouille e à sua comunidade feminina.
Em 1215, em Toulouse adota uma regra de vida para a sua comunidade de pregadores, obtendo a aprovação do Bispo local. No entanto, o seu objetivo era criar uma ordem religiosa que não ficasse restrita a uma local, a uma diocese, mas sim que tivesse um mandato geral, por forma a poder atuar em todos os territórios onde fosse necessário a evangelização. Dirige-se nesse mesmo ano a Roma, onde decorria o Concílio de Latrão por forma a obter o reconhecimento da sua Ordem. No entanto, o concílio, perante tantos e diferentes novos movimentos que surgiram um pouco por todo lado, e por forma a evitar a anarquia, decide proibir que sejam aceites novas ordens religiosas.
Aconselhado pelo Papa, e de regresso a Toulouse, Domingos e os seus companheiros estudam as várias Regras de vida religiosa já existentes e optam pela Regra de Santo Agostinho. Entretanto, o Papa Inocêncio III morre e Honório III torna-se Papa, sendo um admirador e amigo de Domingos e dos seus pregadores. Em 1216, Domingos volta a Roma com a sua Regra e a seu pedido, o Papa pede à Universidade de Paris o envio para Toulouse de alguns professores destinados ao ensino e à pregação. Entretanto, o Papa confirma a regra da Ordem dos Pregadores como religiosos “totalmente dedicados ao anúncio da palavra de Deus”. Logo após o reconhecimento da Ordem, Domingos envia os seus primeiros discípulos, dois a dois, a fundar novas comunidades em Paris, Bolonha, Roma e a Espanha. Domingos acreditava que apenas o estudo profundo da sagrada escritura poderia dar os meios necessários para uma pregação eficaz. Assim, envia os seus irmãos para as principais cidades universitárias do seu tempo, por forma a não só adquirem os conhecimentos necessários, como para agirem e recrutarem novos membros entre as camadas estudantis e intelectuais do seu tempo.

[editar] A fundação da Ordem


Domingos de Gusmão fresco em Cantarana, Denise Schenardi, 2007

Em 1218 Domingos está em Roma, a visitar as novas casas, dirigindo-se depois para a Península Ibérica onde um dos seus primeiros companheiros, o português Soeiro Gomes tinha fundado algumas casas. No principio de 1219, Domingos vai a Paris e posteriormente volta a Itália.

Em 1220 reúne em Bolonha o primeiro Capítulo da Ordem, fazendo-se algumas alteração às respetivas constituições canónicas, estando presentes dezenas de frades vindos de muitos pontos distantes da Europa. É adotado o modelo de governo democrático, pelo qual todos os superiores de casas são eleitos por todos os membros da comunidade. Em 1221 funda em Roma o convento de monjas de São Sisto e realiza o segundo Capítulo da Ordem no qual esta passou a estar organizada em “províncias”. O modelo democrático estende-se a toda a Ordem, mediante o qual para cada Capítulo Geral participam por direito os Priores Provinciais e delegados eleitos por todas as comunidades, sendo que o Mestre Geral da Ordem é também eleito. São enviados irmãos pregadores para Inglaterra, Escandinávia, Polónia, Hungria e Alemanha.

Completamente desgastado pelo esforço, morre a 6 de Agosto, em Bolonha. É canonizado em 1234.

[editar] Igrejas de São Domingos de Gusmão na Bahia

Igreja da Ordem Terceira de São Domingos de Gusmão: construção de 1731, com fachada em estilo rococó. Em Salvador, Bahia, Brasil. Igreja de São Domingos de Gusmão, Niterói, Gragoatá. desde do tempo do império.

[editar] Ver também

[editar] Ligações externas



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Hoje fui com a minha família visitar o Museu de Arte Sacra - Dr. Luís Coutinho, e fiquei bastante impressionado e até emocionado. Conheci o Dr. Luís Coutinho e tive oportunidade de observar todo o seu empenho nesta obra de preservação de Arte, que muito diz a Amarante. O Dr. Luís Coutinho era um colecionador de tudo o que fosse antigo, que tivesse história e estórias para contar, designadamente, moedas, joias, Arte Sacra, mobílias, louça, selos, brinquedos, documentos, livros, etc. A sua importante obra de estudo, pesquisa e inventariação, nos domínios da Arqueologia e Arte Sacra relativa ao Conselho de Amarante ficou por acabar, mas os primeiros e mais difíceis passos foram dados por este amante da História e de Amarante. Oxalá Amarante saiba honrar dignamente a sua memória. Quanto ao Museu, que posso dizer senão que é fantástico. De peças abandonadas, mas de grande valor histórico e monetário, construiu-se um Museu a que podemos aceder para nos extasiarmos e aumentar o nosso conhecimento cultural. Paralelamente estão, durante esta quadra natalícia, expostos lindíssimos presépios, alguns do Dr. Luís Coutinho, que a sua mãe, Dona Luísa Coutinho cedeu para a exposição. Gostei muito e convido os amarantinos a visitarem, até para honrar a memória deste ilustre amarantino, Dr. Luís Coutinho que, infelizmente já não está entre nós! Bem haja, Dr. Luís Coutinho e obrigado pelo legado, que amável e voluntariosamente, nos legou!
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Pode encontrar algumas informações sobre este Museu, nos seguintes links:
http://www.agencia.ecclesia.pt/paroquia/pub/10/noticia.asp?jornalid=10&noticiaid=30935
http://www.center.pt/PT/entevt.php?eventoid=381
http://museudrluiscoutinho.blogs.sapo.pt/1241.html?view=473#t473

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