A Igreja de S. Domingos em Amarante é um Monumento belíssimo!
«Ordem de São Domingos
A Ordem Dominicana adquiriu especial relevo em Portugal e, nomeadamente, entre nós, em Amarante, com a edificação do Convento de São Gonçalo a partir de 1540. É, muito provavelmente, em face da conjuntura conciliar pós-tridentina, que deve ser compreendida a génese do crescente número de devotos de São Domingos e a consequente romaria que começou a ter cada vez maior dimensão, designadamente em São Gonçalo, à Capela do Populo, onde se encontrava a imagem de Nosso Senhor dos Aflitos. Só assim se explica a importância que a determinada altura extravasou a mera devoção ou a simples espiritualidade, com a edificação (material) da Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos (vulgo, São Domingos), concluída em 1725, para além da constituição da Irmandade da Ordem Terceira de São Domingos da qual possuímos referências documentais balizadas entre 1719 e 1974.
Natureza e percurso histórico
A Irmandade da Ordem Terceira de São Domingos apresenta não só a especificidade de constituir-se enquanto Irmandade, como a particularidade de sê-lo em nome, e no âmbito, de uma Ordem Terceira. Deste modo, aproxima-a da Ordem a sua orgânica, com regra aprovada pela Santa Sé, o noviciado e profissão dos seus membros, podendo usar hábito especial, substituível por insígnias como o escapulário, a medalha ou o cordão e, ainda, a prerrogativa de beneficiar de uma certa isenção e participação de muitas das graças e privilégios da respetiva Ordem.
Nesse sentido, pela sua ambivalência enquanto Irmandade de uma Ordem Terceira, esta instituição acabou por comportar o duplo desgaste de uma evolução histórica (político-social), em nada favorável ao meio eclesial. Enquanto Irmandade (da Ordem Terceira de São Domingos) esta instituição viu, como as outras, a sua existência devidamente controlada e regulamentada pelas autoridades públicas, através de uma legislação específica que visou, concretamente, o seu afastamento da alçada eclesiástica.
De qualquer modo, apesar das dificuldades que se impuseram, a verdade é que muitas destas congregações conseguiram subsistir, essencialmente, à sombra de um carácter mais educativo, assistencial e beneficente, que não substituiu, mas que foi, antes, como que anexado ao rol de procedimentos que as caracterizava e cuja finalidade era, afinal, o fomento e fortalecimento da prática e da vivência católica.
A proclamação da República, no dealbar do século XX, trouxe uma renovada onda anticlerical que acabou, todavia, por esfumar-se sem danos de maior, concluindo-se, com o advento do Estado Novo, a pacificação e o estabelecimento de boas relações entre o Poder Temporal e o Poder Espiritual.
Documentação
É admirável como se conservaram mais ou menos resguardados os arquivos desta Irmandade da Ordem Terceira de São Domingos da villa de Amarante. Nestes arquivos, além de Livros de Actas Eleitorais, de Termos e Deliberações de Mesa, de Entradas e Registos dos Irmãos e da prestação de Contas, Orçamentos e Despesas, constam, ainda, os Livros de Missas pelos falecidos, Livros dos Estatutos e até alguma documentação avulsa a partir da qual se conhecem as vicissitudes internas e externas, pelas quais passaram.
A Festa
O momento alto da vida destas associações e, nomeadamente, desta, de São Domingos, era, sem dúvida, o da festa do respetivo patrono, ao qual guardavam especial veneração. Na globalidade, as festas confraternais consistiram, então, senão na melhor, certamente numa das melhores manifestações da identidade, da força, do dinamismo e da vitalidade destas associações religiosas que viram no século XIX, não obstante as adversidades, o seu melhor momento.
Relativamente à documentação existente no Arquivo Paroquial de São Gonçalo e, comparativamente com as Irmandades de São Pedro e Nossa Senhora do Rosário, é da Irmandade da Ordem Terceira de São Domingos que possuímos menos elementos, sendo a sua diversificação igualmente menor.
A última referência documental existente consiste numa Acta de Eleição de Setembro de 1974, remetendo-nos para o contexto do já extinto Estado Novo e do fervor revolucionário que se seguiu ao 25 de Abril. Afinal, “mudam-se os tempos, mudam-se as «vontades» ”… e o perigo de apropriação da Igreja e de seus bens, no contexto político em questão, terá levado a Irmandade como que a ressuscitar-se, ainda que, pelos vistos, somente no papel.»
Andreia Torresin Varanda dos Reis, n.8, Março de 2003, 5-6.
Fonte: http://ae.no-ip.org/par/10/noticia.asp?jornalid=10¬iciaid=6043
«Igreja de São Domingos
A Igreja do Nosso Senhor dos Aflitos (S. Domingos), foi construída pela Ordem Terceira de S. Domingos, tendo ficado concluída em 1725. A imagem de Nosso Senhor dos Aflitos, que dá nome ao templo, esteve primeiro na capela do Pópulo, no interior da Igreja de S. Gonçalo. Em 1725 foi mudada para a capela homónima da Venerável Ordem Terceira do Patriarca S. Domingos, erigida sobranceira à "Rocha" e em terreiro de S. Gonçalo.
A Igreja de S. Domingos possui uma fachada de estilo barroco, com um campanário na parte posterior. O interior da Igreja é pseudo-centrado.» in Site Câmara Municipal de Amarante.
«Domingos de Gusmão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
São Domingos de Gusmão, O.P. | |
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São Domingos de Gusmão, por Fra Angelico | |
Nascimento | 24 de Junho de 1170 em Caleruega |
Falecimento | 6 de Agosto de 1221 em Bolonha |
Canonização | 1234, Roma por: Papa Gregório IX |
Festa litúrgica | 8 de Agosto |
Padroeiro: | Astrônomos, Tocantins, República Dominicana |
São Domingos de Gusmão, O.P. (Caleruega, Reino de Castela, 24 de Junho de 1170 - Bolonha, 6 de Agosto de 1221). Fundador da Ordem Dominicana.
Filho de Joana de Aza e Félix de Gusmão, Domingos nasceu na zona de fronteira do Reino de Castela. Seus pais pertenciam à pequena nobreza guerreira, encarregue de assegurar as praças militares da fronteira com o sul dominado ainda pelos muçulmanos.
Domingos, que teve desde cedo inclinação para a vida religiosa, vai em 1189 estudar para Palência, tornando-se, após a conclusão dos estudos membro em 1196, do cabido da sua Diocese natal, Osma.
Em 1203, o rei de Castela solicita ao bispo de Osma que este fosse negociar e trazer uma princesa da Dinamarca para se tornar esposa do seu filho, tendo Domingos sido companheiro de viagem do seu bispo, Diogo. Durante a viagem, Domingos ficou para sempre impressionado com o desconhecimento da doutrina cristã dos povos da Europa do norte, tornando-se-lhe evidente que se tornava necessário ir evangelizar aqueles povos, em especial um com que certamente contactou, os cumanos.
Em 1205, Domingos e Diogo, para conclusão do objetivo inicial, realizaram nova missão ao norte da Europa, tendo também efetuado uma peregrinação a Roma e a Cister. No sul de França, junto a Montpellier, encontraram legados do Papa que pregavam contra as heresias dos Albigenses e Cátaros. Estes dois grupos, defendiam uma vida apostólica, baseada na vida de Cristo e dos primeiros apóstolos. Um modo de vida simples, sem hierarquias que em tudo contrastava com o cerimonial, as hierarquias e poder financeiro e político de grande parte das estruturas da Igreja do seu tempo. Tiveram grande adesão popular em virtude do seu carisma e honestidade de vida. No entanto, tornaram-se heréticos, ao defenderem ideias contrárias aos fundamentos da Igreja, razão pela qual o Papa entendeu intervir, enviando delegados seus por forma a catequizar, pregar, converter e denunciar os erros dos heréticos.
Diogo e Domingos, perante a evidência das dificuldades sentidas na missão dos legados papais, convencem-nos a adotar uma estratégia de simplicidade ao estilo apostólico e mendicante, pois que os Legados, até aí, deslocavam-se com grande pompa, criados, e riquezas. Os Legados deixam-se convencer, despachando para casa tudo o que fosse supérfluo, na condição que Diogo e Domingos os acompanhassem e os dirigissem na missão. O que estes fizeram. O Papa Inocêncio III, descobrindo virtualidades nesta novo forma de pregação, aprova a mesma e mandata Diogo e Domingo para a “santa pregação”. Diogo, sendo bispo, por razão das suas responsabilidades e não podendo ficar muito mais tempo naquela região e regressou à sua diocese, falecendo pouco tempo depois. Domingos continuou na região, muitas vezes sozinho.
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[editar] A pregação e o início da Ordem
Em 1206, um grupo de mulheres por si convertida do catarismo pedem-lhe apoio e ele encontra uma casa para elas morarem em Prouille, dá-lhes uma regra de vida, simples, de oração e reclusão, no que veio a ser a primeira comunidade religiosa dominicana de monjas de clausura. Domingos encarava esta comunidade como “ponto de apoio à santa pregação”, pois que aquelas religiosas, por intermédio da oração, seriam o apoio dos pregadores. Em 1208 encontra-se completamente sozinho na missão de pregar pelas localidades do sul de França. Em 1210 está na região de Toulouse, palco de violentos combates entre senhores feudais e heréticos cátaros.Em 1214 está em Carcassonne onde assiste a duras batalhas entre as duas partes e onde começa a juntar um pequeno grupo de companheiros que com ele adotam a vida de pregadores itinerantes. No mesmo ano, torna-se pároco de Fanjeaux, localidade junto a Prouille e à sua comunidade feminina.
Em 1215, em Toulouse adota uma regra de vida para a sua comunidade de pregadores, obtendo a aprovação do Bispo local. No entanto, o seu objetivo era criar uma ordem religiosa que não ficasse restrita a uma local, a uma diocese, mas sim que tivesse um mandato geral, por forma a poder atuar em todos os territórios onde fosse necessário a evangelização. Dirige-se nesse mesmo ano a Roma, onde decorria o Concílio de Latrão por forma a obter o reconhecimento da sua Ordem. No entanto, o concílio, perante tantos e diferentes novos movimentos que surgiram um pouco por todo lado, e por forma a evitar a anarquia, decide proibir que sejam aceites novas ordens religiosas.
Aconselhado pelo Papa, e de regresso a Toulouse, Domingos e os seus companheiros estudam as várias Regras de vida religiosa já existentes e optam pela Regra de Santo Agostinho. Entretanto, o Papa Inocêncio III morre e Honório III torna-se Papa, sendo um admirador e amigo de Domingos e dos seus pregadores. Em 1216, Domingos volta a Roma com a sua Regra e a seu pedido, o Papa pede à Universidade de Paris o envio para Toulouse de alguns professores destinados ao ensino e à pregação. Entretanto, o Papa confirma a regra da Ordem dos Pregadores como religiosos “totalmente dedicados ao anúncio da palavra de Deus”. Logo após o reconhecimento da Ordem, Domingos envia os seus primeiros discípulos, dois a dois, a fundar novas comunidades em Paris, Bolonha, Roma e a Espanha. Domingos acreditava que apenas o estudo profundo da sagrada escritura poderia dar os meios necessários para uma pregação eficaz. Assim, envia os seus irmãos para as principais cidades universitárias do seu tempo, por forma a não só adquirem os conhecimentos necessários, como para agirem e recrutarem novos membros entre as camadas estudantis e intelectuais do seu tempo.
[editar] A fundação da Ordem
Em 1218 Domingos está em Roma, a visitar as novas casas, dirigindo-se depois para a Península Ibérica onde um dos seus primeiros companheiros, o português Soeiro Gomes tinha fundado algumas casas. No principio de 1219, Domingos vai a Paris e posteriormente volta a Itália.Em 1220 reúne em Bolonha o primeiro Capítulo da Ordem, fazendo-se algumas alteração às respetivas constituições canónicas, estando presentes dezenas de frades vindos de muitos pontos distantes da Europa. É adotado o modelo de governo democrático, pelo qual todos os superiores de casas são eleitos por todos os membros da comunidade. Em 1221 funda em Roma o convento de monjas de São Sisto e realiza o segundo Capítulo da Ordem no qual esta passou a estar organizada em “províncias”. O modelo democrático estende-se a toda a Ordem, mediante o qual para cada Capítulo Geral participam por direito os Priores Provinciais e delegados eleitos por todas as comunidades, sendo que o Mestre Geral da Ordem é também eleito. São enviados irmãos pregadores para Inglaterra, Escandinávia, Polónia, Hungria e Alemanha.
Completamente desgastado pelo esforço, morre a 6 de Agosto, em Bolonha. É canonizado em 1234.
[editar] Igrejas de São Domingos de Gusmão na Bahia
Igreja da Ordem Terceira de São Domingos de Gusmão: construção de 1731, com fachada em estilo rococó. Em Salvador, Bahia, Brasil. Igreja de São Domingos de Gusmão, Niterói, Gragoatá. desde do tempo do império.[editar] Ver também
[editar] Ligações externas
- Ordem dos Pregadores» in Wikipédia.
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Hoje fui com a minha família visitar o Museu de Arte Sacra - Dr. Luís Coutinho, e fiquei bastante impressionado e até emocionado. Conheci o Dr. Luís Coutinho e tive oportunidade de observar todo o seu empenho nesta obra de preservação de Arte, que muito diz a Amarante. O Dr. Luís Coutinho era um colecionador de tudo o que fosse antigo, que tivesse história e estórias para contar, designadamente, moedas, joias, Arte Sacra, mobílias, louça, selos, brinquedos, documentos, livros, etc. A sua importante obra de estudo, pesquisa e inventariação, nos domínios da Arqueologia e Arte Sacra relativa ao Conselho de Amarante ficou por acabar, mas os primeiros e mais difíceis passos foram dados por este amante da História e de Amarante. Oxalá Amarante saiba honrar dignamente a sua memória. Quanto ao Museu, que posso dizer senão que é fantástico. De peças abandonadas, mas de grande valor histórico e monetário, construiu-se um Museu a que podemos aceder para nos extasiarmos e aumentar o nosso conhecimento cultural. Paralelamente estão, durante esta quadra natalícia, expostos lindíssimos presépios, alguns do Dr. Luís Coutinho, que a sua mãe, Dona Luísa Coutinho cedeu para a exposição. Gostei muito e convido os amarantinos a visitarem, até para honrar a memória deste ilustre amarantino, Dr. Luís Coutinho que, infelizmente já não está entre nós! Bem haja, Dr. Luís Coutinho e obrigado pelo legado, que amável e voluntariosamente, nos legou!
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Pode encontrar algumas informações sobre este Museu, nos seguintes links:
http://www.agencia.ecclesia.pt/paroquia/pub/10/noticia.asp?jornalid=10¬iciaid=30935
http://www.center.pt/PT/entevt.php?eventoid=381
http://museudrluiscoutinho.blogs.sapo.pt/1241.html?view=473#t473
eu pressiso fazer um trabalho de sao domingos de gusmao e nao seu como fazer
ResponderEliminaralguem poderia me ajudar
Pode começar por ler a história de são domingos...
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