«PENTA SEM IGUAL
Há 19 anos, cumpriu-se a etapa decisiva de um percurso histórico no futebol português.
A história começou a 21 de agosto de 1994, no pé direito do saudoso Rui Filipe, e prolongou-se até 22 de maio de 1999, dia em que se cumpriu a etapa decisiva de um percurso sem igual no futebol português: a conquista do Pentacampeonato. Os Dragões festejaram o quinto título consecutivo em pleno balneário do Estádio de Alvalade, antes de um clássico com o Sporting.
O recorde fixado há 19 anos mantém-se até aos dias de hoje. A decisão chegou na penúltima jornada do campeonato, com um empate do Boavista no Algarve, frente ao Farense, a permitir a celebração antecipada do FC Porto. A equipa orientada por Fernando Santos recebeu a notícia no balneário e entrou para o aquecimento em Alvalade já como campeã nacional. Zahovic garantiu o empate no clássico (1-1).
O FC Porto recebeu o Estrela da Amadora na última jornada (2-0) e festejou num Estádio das Antas pintado a azul e branco. Seria esse o ponto de partida para a derradeira presença na varanda da Câmara Municipal do Porto, antes de um período de afastamento que se arrastou até 2018.
Bobby Robson, António Oliveira e Fernando Santos. Três treinadores e 68 jogadores (lista completa no final do artigo) contribuíram para um ciclo dourado do FC Porto no campeonato nacional. Jorge Costa, Paulinho Santos, Rui Barros, António Folha, Aloísio e Drulovic formaram um grupo especial: disputaram todas as épocas do Penta.
Época 1994/95
A temporada começa com uma vitória frente ao Sporting de Braga (2-0), no Estádio das Antas, com golos de Rui Filipe e Kostadinov. Domingos Paciência garante a conquista do título com um golo em Alvalade, no clássico frente ao Sporting (1-0), resolvendo a questão a três jornadas do final do campeonato. O FC Porto termina a prova com sete pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o melhor ataque (73 golos marcados) e a melhor defesa (15 sofridos). Onze mais utilizado: Vítor Baía, João Pinto, José Carlos, Aloísio, Paulinho Santos, Emerson, Kulkov, Secretário, Rui Barros, Folha e Domingos.
Época 1995/96
O FC Porto orientado por Bobby Robson arranca para o bicampeonato com um triunfo caseiro frente ao Sporting (2-1) e domina a competição: os Dragões juntam a melhor defesa ao melhor ataque, alcançando um recorde de golos marcados na história do clube (84). Domingos Paciência sagrou-se o melhor marcador da prova, contribuindo com 25 golos para a marca coletiva. A equipa portista termina o campeonato com 11 pontos de vantagem sobre o Benfica. Onze mais utilizado: Vítor Baía; Secretário, Jorge Costa, Aloísio, Rui Jorge, Paulinho Santos, Emerson, Lipcsei, Edmilson, Drulovic e Domingos.
Época 1996/97
António Oliveira assume o comando técnico após a saída de Bobby Robson para o Barcelona. A época começa com um empate nas Antas frente o Vitória de Setúbal (2-2), mas já estavam lançadas as bases para mais um título, com as contratações de jogadores como Mário Jardel, Artur, Zahovic ou…Sérgio Conceição. Os Dragões chegam pela primeira vez ao desejado Tri no Campeonato Nacional, completando uma primeira volta avassaladora. 15 vitórias em 17 jogos e 47 pontos somados. No final, o Sporting fica a 13 pontos e o Benfica a 27. Onze mais utilizado: Hilário, Sérgio Conceição, Jorge Costa, Aloísio, Paulinho Santos, Barroso, Zahovic, Edmilson, Artur, Drulovic e Jardel.
Época 1997/98
Sem grandes alterações na estrutura azul e branca, o FC Porto deu o pontapé de saída para o Tetra na Póvoa de Varzim, frente à equipa local, vencendo por 2-0 com golos de Sérgio Conceição e Zahovic. Os Dragões arrancam para mais uma temporada gloriosa e garantem o título à 31.ª jornada, com uma vitória frente ao Boavista em pleno Estádio das Antas. De novo Sérgio Conceição e Zahovic a contribuir para o triunfo, a par de Paulinho Santos (3-2). Onze mais utilizado: Rui Correia; Secretário, João Manuel Pinto, Aloísio, Fernando Mendes, Paulinho Santos, Sérgio Conceição, Capucho, Zahovic, Drulovic e Jardel.
Época 1998/99
Fernando Santos chega ao FC Porto para atacar o inédito Penta e deixa bons sinais na primeira jornada, com uma goleada frente ao Rio Ave: 4-0, golos de Doriva, Capucho e Mielcarski (2). Mário Jardel conquista a Bota de Ouro europeia, com 36 golos em 32 jogos realizados. Os Dragões chegam a um patamar histórico no futebol português, confirmando o Penta durante uma deslocação a Lisboa, na 33ª jornada da prova. O recorde ficou gravado no livro de honra do clube e perpetuou Fernando Santos como o “Engenheiro do Penta”. Onze mais utilizado: Vítor Baía, Secretário, Jorge Costa, Aloísio, Fernando Mendes, Paulinho Santos, Doriva, Zahovic, Capucho, Drulovic e Jardel.
Os 68 jogadores utilizados nos anos do Penta: Vítor Baía, Emerson, Aloísio, João Pinto, Paulinho Santos, Secretário, José Carlos, Domingos, Kulkov, Folha, Rui Barros, Yuran, Drulovic, Rui Jorge, Jorge Costa, Latapy, Jorge Couto, Baroni, Bandeirinha, António André, Kostadinov, Semedo, Cândido, Rui Filipe, Jaime Magalhães, Vítor Nóvoa, Edmilson, Lipcsei, João Manuel Pinto, Bino, Quinzinho, Lars Eriksson, Matias, Mielcarski, Silvino, Jorge Silva, Jardel, Zahovic, Sérgio Conceição, Barroso, Artur, Fernando Mendes, Hilário, Wozniak, Wetl, Lula, Buturovic, Costa, Rui Óscar, Alejandro Díaz, Rui Correia, Capucho, Doriva, Chippo, Gaspar, Kenedy, Neves, Costinha, Peixe, Chainho, Esquerdinha, Kralj, Deco, Panduru, Nélson, Ricardo Carvalho, Féher e Carlos Manuel.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/memoria-do-penta.aspx
(F.C. Porto - A História do Pentacampeonato)
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