«NASCIDOS PARA VENCER
Campeões no passado, António André e Domingos Paciência viram agora os filhos André e Gonçalo festejar.
O título assegurado no sábado e festejado no domingo, possibilitou um feito nunca antes conseguido nos 124 anos de história do FC Porto. O 28.º Campeonato Nacional dos Dragões consagrou o médio André André e o avançado Gonçalo Paciência como novos campeões nacionais, o que significa que pela primeira vez na história, e logo em dose dupla, há filhos que seguiram as pegadas de sucesso dos pais e herdaram o bom hábito de vencer. Os progenitores, esses dispensam apresentações. Falamos, claro está, de António André e de Domingos Paciência.
Médio filho de médio, avançado filho de avançado. Até aqui a história de pais e filhos se cruza. A grande diferença, porque o tempo assim o dita, é o palmarés. Os mais velhos perdem a conta aos títulos, os mais novos (Gonçalo tem 23 anos e André André tem 28) celebraram o primeiro de Dragão ao peito.
Porque a idade ainda é um posto, começamos por falar de André pai, o mais velho dos quatro protagonistas em causa. Jogou no Rio Ave, Ribeirão e Varzim antes de começar um ciclo de 11 temporadas como jogador do FC Porto que só terminariam com o final da carreira. 385 jogos, 31 golos e muitas conquistas: sete campeonatos, seis Supertaças e três Taças de Portugal só a nível interno, porque ninguém esquece as gigantes conquistas de 1987: Taça dos Campeões, Supertaça Europeia e Taça Intercontinental.
A ligação ao clube continuaria depois, como treinador adjunto, e com igual sucesso. Do banco continuou a somar títulos, com destaque para a Liga dos Campeões conquistada em 2003/04.
Os dois, pai e filho, foram o grande destaque da edição de julho de 2015 da revista Dragões, na qual o filho confessou que o pai sempre foi o seu grande ídolo, enquanto o pai admitia um orgulho enorme por ver o filho vestir a camisola azul e branca. Hoje, após três temporadas, e já com o filho campeão, certamente esse orgulho estará reforçado.
Chegando mais à frente no campo entrámos no domínio dos Paciência, cujo golo é o grande cartão de visita. Na equipa principal dos Dragões, o mais velho, Domingos, conta 380 jogos, 142 golos e um contributo determinante para sete campeonatos, cinco Taças de Portugal e seis Supertaças. As 12 épocas de Dragão ao peito tornaram-no ídolo na caminhada para o penta, que acabou por interromper após uma transferência para o Tenerife.
Dois anos depois acabaria por voltar, para outros dois e para terminar a carreira no clube do coração, mas a herança portista não se ficou por aí. Com um percurso na formação totalmente de azul e branco, Gonçalo integrou pela primeira vez o plantel principal no ano de 2014/15, onde acabaria por regressar na segunda metade da presente temporada para também ele dar o seu contributo para o título depois dos primeiros seis meses ao serviço do Vitória de Setúbal.
No domingo, no momento da grande festa no Estádio do Dragão, Gonçalo confessou aos microfones do Porto Canal que finalmente tinha chegado o momento pelo qual tanto esperava. O sonho de ser campeão, de imitar o pai e de ganhar com o clube do coração. Uma sensação incrível, que disse também ter partilhado com o colega André, que juntamente com ele acabavam de abrir uma porta sem precedentes no clube.» in http://www.fcporto.pt/pt/noticias/Pages/Nascidos-para-vencer.aspx
(Nascidos para vencer)
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