01/02/15

Política Agrícola: As terras regadas com água de Alqueva produzem mais milho, beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, bróculo e luzerna por hectare, que qualquer outra zona agrícola do mundo.



«Alqueva bate recordes mundiais de produtividade por hectare

As terras regadas com água de Alqueva produzem mais milho, beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, bróculo e luzerna por hectare, que qualquer outra zona agrícola do mundo.

Alqueva está a bater recordes mundiais de produtividade por hectare, pelo menos em oito categorias de produtos.

Milho, beterraba, tomate, azeitona, melão, uva de mesa, bróculo e luzerna rendem, em certos casos, três vezes mais que no resto do mundo, em termos médios, se forem produzidos em Alqueva.

O Expresso cruzou dados do INE e da FAO (Nações Unidas) com a informação da EDIA, que gere o regadio de Alqueva - e também com testemunhos de alguns produtores - e o resultado é surpreendente: média de 14 toneladas de milho/hectare contra 5,5 toneladas a nível mundial. 100 toneladas de tomate contra 33,6 toneladas para o resto do mundo ou ainda 30 toneladas de uva de mesa em comparação com 9,6 toneladas a nível global.

A fama de Alqueva ultrapassou há muito fronteiras e há já investimentos de oito nacionalidades, desde a África do Sul a Marrocos, passando pela França, Itália e Escócia. Espanha lidera claramente entre os vários países que estão a investir no Alentejo. Atualmente de Alqueva sai cebola para a Mc Donalds ou amendoim para a PepsiCo, para além de uvas sem grainha com destino a várias cadeias de distribuição britânicas e de outros países do norte da Europa.

Ainda esta semana, numa feira agrícola em Don Benito, na Extremadura espanhola, a EDIA foi abordada por um banco do país vizinho pedindo informações sobre as disponibilidades de terra na área do regadio, com o objetivo de aconselhar clientes seus a investir em Alqueva.

O que diferencia Alqueva de muitas outras zonas agrícolas na Europa, mas também de outras noutros cantos do planeta são sobretudo três fatores: uma terra praticamente virgem, livre de químicos e de fungos, pois durante muitos anos apenas recebeu cereais de sequeiro; abundância de água para regar quando as plantas mais precisam (ou seja, na primavera e no verão) e, não menos importante, uma exposição solar prolongada, o que acaba por ter um efeito multiplicador na fotossíntese das plantas e, consequentemente, na produção de alimentos mais saborosos.

Mas há ainda uma grande vantagem comparativa. É que, mesmo em relação a outras zonas do país, Alqueva permite ter produtos nos mercados abastecedores duas a três semanas antes de toda a concorrência. E se a comparação for feita com outros países europeus a vantagem aumenta à medida que se caminha para norte. De Espanha para cima, muitos dos produtos são obtidos em estufas, com climatização artificial, ou seja, com custos energéticos acrescidos considerados avultadíssimos, o que acaba por se refletir no preço final ao consumidor.» in http://expresso.sapo.pt/alqueva-bate-recordes-mundiais-de-produtividade-por-hectare=f908819



«Regadio de Alqueva pode aumentar 55% para 170 mil hectares

A um ano do fim da obra do regadio de Alqueva, lançado em 1995, está decidido que o projeto pode crescer mais 55% em área, passando dos 110 mil hectares previstos desde o início, para 170 mil.

A área de regadio de Alqueva pode aumentar dos 110 mil hectares programados desde 1995, para 170 mil. Ou seja, um aumento de 55%.

A notícia foi avançada ao Expresso pelo presidente da EDIA - Empresa de Desenvolvimento das Infraestruturas de Alqueva. José Pedro Salema, que completa 12 meses à frente do projeto, garante que estão criadas todas as condições para que o regadio cresça mais 60 mil hectares, nos terrenos vizinhos do atual perímetro dos 110 mil hectares estipulados.

Ou seja, assim haja procura e vontade de investir e a área regada pode não ficar por aqui. A explicação é simples: quando o sistema de rega foi imaginado há 20 anos, as dotações planeadas apontavam para gastos de seis mil metros cúbicos de água por hectare/ano. No entanto, e como explica José Pedro Salema, "o que hoje estamos a constatar é que as dotações de hoje são metade daquele valor". E dá como exemplo a área regada de olival, onde  se consomem apenas dois mil metros cúbicos de água por hectare, "o que faz baixar muito a média previamente estabelecida".» in http://expresso.sapo.pt/regadio-de-alqueva-pode-aumentar-55-para-170-mil-hectares=f908824


(Regadio de Alqueva atrai empresários para novas culturas)


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