«©ANABELA BORGES
(Poema de Anabela Borges)
(excerto de conto, a publicar)
Manhã.
Ainda vejo tudo desfocado. As enfermeiras são todas iguais, brancas, com uma aura de luz, como anjos.
Pessoas entram e saem do meu quarto. Falam-me. Sei que uns são médicos, outros serão amigos, outros serão família. Tenho dificuldade em identificá-los. São caras de lua cheia, emolduradas por cabelos disformes, que se perdem no espaço, como os fios claros do tempo a esvoaçar incertos. Parecem sorrir-me, mas não tenho a certeza.
Pareço estar fechado no meu próprio corpo. Tenho dúvidas se estou vivo ou morto.» in https://www.facebook.com/anabela.borges.900?fref=ts
(Poema de Anabela Borges)
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